Espera o inesperado.

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Capítulo 1.

Acordo com a minha cadela, Judy, a lamber-me a cara, "Bom dia também para ti"- digo a ela. Hoje é dia 03 de Fevereiro, mais um dia normal, levanto-me, tomo um duche rápido, e preparo-me para sair de casa com a judy para ir tomar o pequeno-almoço.

Eu moro num pequeno prédio, de 3 andares numa pequena cidade, toda a gente sabe da vida uns dos outros, acredita mesmo toda a gente, ai como eu odeio isso.

Ao sair de casa, a D.Emily, que está sempre na sua cadeira na varanda do seu apartamento, diz-me:

-" Bom dia Beatrice", eu gosto da D.Emily, ela é muito simpática e faz uns biscoitos mesmo bons, começo a ficar com água na boca quando me lembro que não à respondi.

-"Bom dia D.Emily, estava mesmo agora a lembrar-me dos seus maravilhosos biscoitos", digo eu à simpática mulher à minha frente, com um enorme sorriso na cara.

-"Se a menina quiser, eu posso fazer alguns para o lanche", ela diz-me.

-" Não se dê ao trabalho D.Emily", a judy estava muito irrequieta por isso disse um "Até logo D.Emily" e comecei a ir do direção ao café do costume "A Portuguesa", amo muito este café, também é o único que pode entrar cães, e eu não gosto de deixar a judy em casa.

Chegando ao café, a judy puxa-me para a nossa messa do costume em frente à janela, e senta-se no sofá ao meu lado. "Tu estas muito confortável não é?", dizendo isto ela sai do sofá e deita-se no chão. Entretanto, a menina Sara, traz-me o que costumo pedir, um sumo de morango e um pão misto. Contudo, não consigo parar de olhar lá para fora, tudo branco, os passeios cheios de neve, cobertores ambulantes com olhos e cabelo, pessoas a escorregar no gelo, por algum motivo a estrada está fechada, e como hoje é sábado as crianças estão a atirar bolas de neve umas às outras, e reparo que a judy está a olhar lá para fora e a abanar o rabo, pago digo um "Até logo Sara" e saio para a rua.

Solto a judy para ela ir brincar com eles e encosto-me à parede do café, são 11h47, às 14h tenho de ir ter com a Katie à biblioteca, derepente olho para a judy que está a ser bombardeada de bolas de neve, e ela sendo completamente preta, a neve torna-a cômica com aquele narizinho todo branco.

-"Judy", chamo por ela e a minha cadela vem a todo vapor na minha direção, quase me atropelando "Ei, calma tola", resolvi meter-lhe a trela e continuar a andar. A judy está a puxar-me para o parque, para onde eu não quero ir, tem sempre lá rapazes a mandar piropos às raparigas, pode haver raparigas que gostam mas eu não. Odeio isso, é por isso que nunca tive um namorado, nenhum rapaz no seu prefeito juízo aos 17 anos gosta de alguém como eu, apaixonada por livros, viciada em séries de televisão, ninguém quer uma rapariga tímida, que gosta mais de animais do que pessoas e que tem um transtorno emocional quando uma personagem num livro morre. Os rapazes da minha idade só querem raparigas, raparigas, raparigas, se me faço entender, e odeio isso nos rapazes, pelo menos é essa a idéia que tenho.

Contudo, começa a nevar de levezinho , mas começo a ficar gelada num instante e a judy convence-me a dar uma volta ao parque. Quando reparo já é quase 13h e não tinha almoçado, e comecei a andar de volta a casa.

Ao chegar à curva da rua do meu prédio, vejo que uma carrinha das mudanças está mesmo em frente à entrada do prédio "Boa mais um vizinho para saber o que faço durante o dia" penso eu, e começo a andar para dentro do meu prédio que por dentro é revestido do chão ao teto de madeira de diferentes tons e com uma trepadeira na entrada do elevador. Nunca usei o elevador, tenho um certo medo e nunca pus nem sequer a unha mais pequena do pé num elevador. Enquanto subo as escadas de madeira até ao meu andar, reparo na porta aberta do apartamento à minha frente "o novo vizinho vai-se mudar para o mesmo andar que eu" penso eu, ninguém gosta de morar no último andar , bem pelo menos eu e o meu novo vizinho gostamos.

Quando meto as chaves na fechadura, reparo te a judy não está ao meu lado. Este meu maldito vício de a largar mal chego ao fundo do corredor, "JUDY"- grito por ela e a única coisa que ouço é a voz masculina a dizer:

-"Ola coisa fofa, que andas por aqui a fazer?"

Judy, minha querida amiga, tinhas mesmo de ir para ai não era?, bato de levezinho na porta de madeira do meu novo vizinho, e ouço uma voz por detrás de caixas empelhadas "Estou aqui", entro no apartamento, e deparo-me com um rapaz alto, magro mas musculado, com cabelos escuros como carvão e olhos verdes água a brincar com a minha cadela. Ele olha para mim, e consigo sentir as minhas bochechas a ficarem vermelhas, não, fico sempre assim quando um rapaz olha para mim.

Fico hipnotisada naquele olhar misterioso e naquele sorriso que me faz nascer borboletas na barriga, quando noto que ele disse qualquer coisa, mas eu tava tão encantada com aquela perfeição que não o ouvi.

-"Desculpa, não te ouvi, estava hipnotisada no teu olh.. ai desculpa, não devia ver dito aquilo", levo as mãos à cara, devo parecer tão estúpida agora. Um riso tímido saí-lhe pelos dentes e eu não consigo evitar senão sorrir.

-"Suponho que ela é tua, ola eu sou o John", ele diz isto com um sorriso na casa e estende-me a mão para me dar um aperto de mão.

-"É, sim, sou a Beatrice, moro aqui mesmo em frente", digo com um sorriso na cara, e ele olha-me nos olhos como se estive a estudar cada milímetro deles e não consigo evitar em corar, e tenho de desviar o olhar, e em fazê-lo, os meus olhos acabam por vasculhar uma caixa meia aberta, e vejo que naquela caixa tem a última coisa que esperava que um  rapaz como o John tivesse.

Livros.

( ola pessoal, eu sou a Bruna, e alguns dias atrás comecei a ter esta idéia de criar um livro, esta é a minha tentativa "Espera o Inesperado" , espero que gostem, eu acho que ainda vou tentar traduzi-la para inglês, mas não sei ainda.. É tudo, obrigada por lerem a minha história, espero que gostem e não se esqueçam de votar!! xoxo)

Espera o inesperado.Onde histórias criam vida. Descubra agora