Millena chegou ao seu quarto, ele estava do jeitinho que ela deixou quando saiu pela manhã: cama bagunçada, janela fechada e desenhos em cima da escrivaninha, ela sempre gostara de desenhar qualquer tipo de desenhos, desde os mais assustadores aos arco-íris de vinte e cinco cores.
O cheiro era agradável também, cheiro de rosas, mas rosas vermelhas, brancas ou rosas?Ela não sabia e nem iria saber, só gostava daquele cheiro que tinha o seu quarto, talvez fosse anjos que sem querer deixaram cair pétalas de rosas coloridas, mas, invisível para ela, talvez fosse assim com todo mundo.Por mais que ela se sentia solitária, ela tinha sua irmã. Brenna.
*- O mesmo nome da mamãe! - Mel me interrompeu. Assinto e continuo.*
Ela acabara de chegar do hospital, estava com hematomas por todo o corpo, em tons de roxo e amarelo. A mãe e sua irmã a ajudavam a trocar de roupa e a ajeitá-la na cama para que repousasse.
- Vamos deixar você sozinha, quero que repouse e qualquer coisa que for fazer me chame! - A Sra. Eliza falou.
A mãe saiu do quarto mas Brenna continuou vagando seus olhos por todo o corpo da irmã.
- Quem... foi que... me achou?- Millena falou com certa dificuldade.
- Não sei - Ela ficou pensativa por um momento - Ele ligou para a ambulância, e foi ai que eu vi você na secretaria. Depois disso não vi mais ele. - Brenna virou-se e saiu do quarto.
Millena estava com dor em alguns pontos do corpo, por causa da bordoada após tentar se suicidar pulando da janela da escola.
*- Porque ela fez isso papai? - Melinda me perguntou*
*- Ela sofria, e ela queria acabar com seu sofrimento- Lhe dou um sorriso fraco*
O dia seguinte não foi diferente como os outros. Já era rotina.
Ela acordou, com dificuldade. Mesmo sabendo que precisava pedir ajuda a alguém para que fizesse algumas coisas. Tomou seu banho se segurando na parede, colocou sua roupa e foi tomar café com sua mãe e sua irmã, já que seu pai saia cedo de casa.
- Se sente melhor? - Sua mãe perguntou.
- Pouco - Sua voz saiu seca.
- Hoje vai ser diferente - Brenna pôs sua mão sobre a dela - Ninguém irá fazer mal a você!
Millena sorriu fraco, mas sabia que aquilo não iria acontecer, era a mesma frase todos os dias. Os mesmos gestos, e as mesmas consequências.
As duas terminaram seus cafés e foram para a escola de carro com a mãe, Sra. Eliza estava preocupa que pudessem fazer algo a ela enquanto iria para a escola, já que sabia dos problemas que a filha sofria.
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Baby Don't Cut
Teen FictionA Maior dor é dormir pedindo para nunca mais acordar, e no outro dia acordar e perceber que nada mudou, que ainda vai ter que estampar um sorriso no rosto e fingir que esta tudo bem, mas só você e sua alma, sabem como você está por dentro ... Eu sou...