Capítulo 4

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Saí de casa rapidamente, peguei um táxi, e dei ao motorista o endereço da casa da Annie. De primeira ele recusou a ir, mas consegui fazê-lo ceder e dirigir até lá.
No caminho, tento entrar em contato com ela, mas ela não atende. Minha preocupação só aumenta. Como se não bastasse a Mel no hospital, Annie agora está com problemas.

Sinto o motorista diminuir a velocidade e a casa, onde mora a garota, fica a vista. Desço do carro, pago, e saio o mais rápido possível, ouvindo o homem me chamar. Ignoro-o.

Subo o pequeno lance de escada e bato na porta chamando por ela. Sem resposta.
Vou até uma das janelas laterais e procuro algum sinal de minha amiga.

Eu — Annie, por favor, me diz que está tudo bem.

Volto para porta e bato novamente. Aguardo. Nada. Desço os poucos degraus e olho para cima.
A casa da Annie é com dois andares, sendo o primeiro, o térreo, onde fica a cozinha, salas, banheiro e área de serviço; e no segundo fica os quartos e banheiros.
Eu consegui abrir a porta dos fundos, que dava a área de serviço. Vou para a cozinha e nem faço questão de procurá-la por aqui.

Subi no segundo andar, fui no banheiro e ela não estava; quando entrei no quarto ela estava lá, deitada no chão com seu braço direito todo cortado, tinha muito sangue espalhado no chão, e ela provavelmente perdeu muito sangue. Peguei ela no chão e coloquei no meu colo.

Eu desci as escadas correndo com ela no colo, poderia usar meu poder mas não sei muito usar ele, se eu soubesse mais, usaria e poderia nos teleportar pro hospital.

Então peguei um taxi e mandei o motorista ir o mais rápido possível, ela estava muito gelada; quando chegamos no hospital, atenderam ela muito rápido por ser muito grave.
Fiquei do lado de fora da sala no corredor do hospital. Esperando a resposta da Annie.

Então um médico saiu de uma sala e, espero eu, com alguma resposta.

Eu — Oi doutor! Como está a Annie?

Doutor — Ela está bem. Os cortes foram muito profundos, e ela perdeu sangue suficiente para ter uma hemorragia, mas não aconteceu isso. Ela se recuperará rápido.

Eu — Que bom, doutor. Obrigado pelo o que você fez pela Annie.

Doutor — É apenas o meu trabalho. Bem, enfim, com licença.

Fiquei muito aliviada e alegre com a notícia de que a Annie está viva. Após isso, liguei para minha prima para me buscar no hospital.

Em ligação: para prima.

Prima — Oi Sel, o que foi ? E onde você está? Já esta tarde!

Eu — Desculpa prima, é que aconteceu uma coisa com a Annie, e tive que levar ela pro hospital, então te liguei pra vim me buscar no hospital. Quando você vier me buscar te conto o que aconteceu.

Prima — Ok. Vou te buscar. 

Eu — Ok, e cuidado.

Prima — Certo.

Ligação encerrada.

Fiquei esperando minha prima na frente do hospital, onde tinha uns bancos. Sentei em um deles enquanto esperava. Ela chegou com seu carro e buzinou em minha frente.
Abri a porta do carro, coloquei o cinto e fomos direto pra casa, enquanto eu contava tudo que aconteceu.


Depois coloquei meus fones de ouvido e comecei ouvir músicas; acabei cochilando no carro.
Quando acordei, já estava na cama com a mesma roupa de ontem a noite. Levantei da cama, coloquei minhas pantufas, abrir a porta, olhei para os dois lados, fechei a porta e desci as escadas de fininho pra não acordar minha prima.

Cheguei na cozinha, abrir a geladeira, peguei leite e coloquei no copo, abri o armário que estava cheio de besteiras, peguei um pacote de cookies, coloquei no prato e fui assisti tv, deixando o som no mínimo possível.
Comi tudo, coloquei o prato e copo na pia, desliguei a tv, subi pra o meu quarto e fui dormir.

Não conseguir dormir direito essa noite, acordei varias vezes preocupada com minhas duas amigas no hospital e isso me deixa bastante triste.

Levanto da cama e vou direto para minha mesa, que é de frente para uma janela, abro a cortina da janela; sento na cadeira da mesa; abro o notebook; entro no youtube e procuro por minhas músicas que escuto no meu dia a dia. Coloco no meus fones, em uma altura muito alta para eu não escutar nada além das músicas, e apenas pensar na minha vida que está uma merda.

Queria conhecer minha mãe, ela me ajudaria nesse caso que está acontecendo, mas sou apenas uma garota solitária, estou com bastante saudades dos meus amigos Nick, Yoham, Lukas, etc...

Começo a olhar intensamente para a janela em minha frente e passa uma breve memória em minha mente, de quando tudo começou, nossa amizade, nossa união, nossas zoeiras. Aquilo era muito legal, me divertia demais; começo a chorar e a rir ao mesmo tempo, e em minha mente um peso começava a sumir, coisas ruins.

Já eram 3:00 horas da manhã, enxuguei minhas lágrimas, mas quanto mais enxugava, mais lágrimas rolava em meus rosto; comecei a soluçar e não queria parar de chorar: sinto que meu peso está indo embora.
Depois de um tempo eu parei de chorar, desci para pegar café para mim, e subi para o meu quarto de novo; tranquei a porta e voltei pro notebook; então entrei no wattpad, e comecei a ler meus livros

7:00 horas da manhã minha prima já tinha acordado, então fui para o banheiro, fiz minhas necessidades, vesti uma calça jeans preta, uma blusa quadriculada, meus tênis preto, e no meu cabelo, um lenço. Desci as escada e fui para a cozinha e a minha prima estava lá na sentada, na mesa tomando seu cafe então fui na direção dela.

Eu — Bom dia!

Prima — Bom dia... vai tomar seu café para não se atrasar!

Eu — Prima, eu queria te fala uma coisa, eu não vou pro colégio hoje.

Prima — Por que?

Eu — Ah... é que eu vou ficar no hospital com a Mel e a Annie, e tenho que avisar para meus amigos que ela teve esse acidente.

Prima — Não estou nem um pouco bem com isso, sabe que eu odeio que falte aula, né?

Eu — Sei, me desculpa, mas eu preciso ficar do lado delas, desculpa.

Saio de casa antes que a minha prima falasse alguma coisa de mim e as meninas. Acho que a minha prima dever ter um pouquinho de ciúmes de mim, mas quer saber? Nem ligo!
Pego um ônibus direto para o hospital, e chegando lá, entro direto na sala da Mel.

Ela estava com os olhos abertos e estava sentada na cama, comendo uma sopa que a enfermeira estava dando. Paro na porta do quarto onde ela estava, e lágrimas brotaram em meus olhos, meu coração começou a pulsar mais rápido; ela percebe que eu estava ali parada na porta do quarto e, então...

Melissa — Selena!

Amo Você: De Enderman E Creeper MinecraftOnde histórias criam vida. Descubra agora