Invasão

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Sem revisão!

Bom dia princesas! Aqui estou colocando mais um capítulo da Desastrada Medeiros.
Espero que gostem.

Eu fui de voando com o vento,
Só volto de carona com o tempo!

As luzes começaram a brotar na minha cara e eu virei na cama para parar todo o incômodo, foi então que senti a pontada na minha cabeça.

Abri os olhos lentamente, eu estava no meu quarto, ótimo!

— Valentina?

A voz doce e meiga me despertou de vez.
Minha cabeça doeu.

— Você está bem?

A pequena garotinha estava debruçada sobre a beirada da cama como ficava sempre que queria um pouco de cafuné para dormir.

— Só um pouco de dor de cabeça! E você como passou a noite Antônia?

Vamos à história de Antônia.

Ela não é minha filha!

É minha irmã, assim como eu fui largada no orfanato pela mamãe.

No começo do ano recebi uma ligação inesperada informando que uma criança de 6 anos foi deixada no orfanato, foi um susto enorme, pois foi o mesmo no qual eu também fui largada aos 6 anos, ela foi deixada pela mesma mulher, segundo ela as alegações para não cuidar da própria filha e que não têm vocação para maternidade.

Para que qui faz biscate? Eu me pergunto.

Quando ela me deixou eu tinha a mesma idade que a Antônia, e estava em situações piores, eu era espancada, e passava fome, segundo as mulheres que lá trabalhavam eu não iria resistir nem mais 15 dias. Pelo menos e isso até onde eu sei. Antônia teve sorte e estava sendo criada pela vizinha, a qual eu fui atrás e ficou muito contente em rever a Antônia, e me contou como a garota vivia.

Eu jurei que se topasse com essa mulher um dia provavelmente arrancaria o fígado dela na unha. Mas alguém lá em cima foi generoso e não deixou que eu nunca a encontrasse.

Eu, entretanto, quase cai pra trás quando falaram da existência de uma irmã!
Uma irmã, eu mal me cuidava dirá de uma criança.

Claro que não me neguei a ficar com ela, fiz todos os documentos de praxe e ela é oficialmente minha filha, e desde então ela mora comigo.

A dona Ester fica com ela durante o dia sem cobrar nada, claro quando faço compras sempre compro dobrado para abastecer a dispensa dela mesmo que ela negue horrores é o mínimo que posso fazer.

— Tia Ester já foi embora, e disse que é pra mim, deixar o moço dormir sossegado!

Moço? Que moço? De onde saiu o moço?

— Têm moço a onde Antônia? Meu Deus! Invadiram a casa?

Antônia me olhou assustada.

— Ele tá dormindo no sofá! Só de cueca. Tia Ester disse que ele te trouxe para casa!

Antônia disse lentamente.

E a noite passada me atingiu como um soco na cara!

Meu Deus! Meu deus, meu deus!

Eu falei merda!

Eu fiz merda!

Eu vomitei nele!

EU VOMITEI NELE!

Pulei da cama esquecendo a dor de cabeça filha da Puta, e corri para sala, e lá estava ele deitado no meu sofá dormindo tranquilamente.

Sr Masson (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora