Desce do salto!

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Sem revisão!

Então vamos ver o que temos pra hoje?
Qual a surpresa que sr ° Masson nos reservou?

Desce do salto!


Um mês. Já tinha um mês que eu vinha aguentando o “senhor Trevvis Masson” chegar e sair da empresa debochando da minha cara. Todo dia ele saia do elevador e abria o mais lindo e sexy sorriso de deboche que já vi na vida, sem falar nas piadas de mal gosto. E hoje não iria ser diferente. Tirando o detalhe que eu estava muito atrasada. Eu detesto usar salto, e como estar andando na corda bamba com aquelas coisa e justamente hoje que resolvi usar, o salto quebrou, mas você deve pensar: e só voltar em casa trocar por outro. Mas Não comigo nada é fácil, eu estava em cima da hora, chegaria atrasada de qualquer maneira, não daria pra esperar o ônibus pra minha casa, esperar as paradas e depois fazer todo o caminho de volta, eu iria chegar umas 9:30 no escritório, e eu não queria um contato maior que o necessário com meu chefe pecado-perfeição, muito menos uma advertência da minha querida amiga diretora do RH que após a chegada do novo presidente e a recusa dele com a ideia de nova secretaria, a mulher salto 15 passou a me odiar, eu iria chegar atrasada, mas tinha meu tempo limite de 30 minutos antes que ela soubesse do meu atraso. Pulei do ônibus em frente a INTERPRAIZ, esse é o bom de ser amigo do motorista. Sai mancando, mas me dei conta que seria mais humilhante ainda, então me abaixei para desfazer os laços da sandália.

-Problemas com o calçado?

A voz do meu amável chefe entrou na minha cabeça. Olhei por cima do ombro, e tive a mesma reação que tenho todas as manhãs.
—Nada que eu não possa resolver.

As mãos dele estavam por dentro do bolso do terno bem-passado, e a beleza estava melhorando a cada dia.

—Porque não foi na sua casa trocar?
—Já estou atrasada e se voltasse demoraria ainda mas.

Retirei a sandália dos pés e indo em direção a lixeira.

—Você vai ficar descalça? Olhei novamente pra aquela coisa que ele chama de cara, mas eu chamo de escultura grega, só faltava estar nu em pelo.

— E o que parece senhor Masson. Me lançou um olhar confuso, mas não me detetive e coloquei as pragas das sandálias idiotas na lixeira que provavelmente era mais cara que meu salário durante o ano. Me virei em direção ao prédio, mas deparei com um peito firme bem na minha cara.

— Você não vai ficar descalça baby.

—Eu não tenho tempo pra voltar. 15c… A senhora Tomppson já está no meu encalço, uma bola fora significa minha demissão, ela não é muito amável comigo.

Novamente ele estava com aquela cara de homem confuso.

—Onde você mora?

— Como?

Ele deu um passo a frente me deixando mais cercada. Olhei para os lados, estávamos um pouco fora da vista da entrada do prédio.
—Onde, você, mora?
Falou pausadamente. Senti minhas pernas ficarem fracas, que droga, isso era péssimo.

— E longe, eu teria que esperar dois ônibus e cada…

—Jesus, e só falar onde você mora! É tão complicado?

Fiquei estática.

—Bairro Paraná. Na parte leste da cidade. Satisfeito?

Mas o idiota mau se limitou a dizer MUITO, e me pegou pelo braço me levando com ele em direção aos carros parados próximos a rua.

Sr Masson (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora