Vendetta

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Havia dormindo no chão frio daquele quarto, meu corpo doía por causa da posição que estava deitada. Olhei envolta mas não tinha muitas lembranças da noite passada. Estava despida, meu antebraço esquerdo estava dolorido por conta dos cortes, e o chão, o chão havia sangue seco. E foi daí onde comecei a me recordar. Levantei-me do chão e comecei a caminhar em passos lentos indo em direção a porta, sai do cômodo e subi as escadas indo para a sala. A casa havia 5 cômodos, a sala, o pequeno quarto, o banheiro, a cozinha, e o quarto de torturas, onde estava momentos atrás. Pois é, essa casa é meu refúgio de quando estou prestes a fazer algo.

Meus pais morreram a muito tempo e por conta dos oficiais não encontrarem o suspeito ou a causa da morte, fecharam o caso e esqueceram completamente, já eu não, não ia deixar impune a pessoa que fez isso com eles. Estava me achando a detetive, mas até que estava indo bem, acabei descobrindo coisas sobre meu pai que nem mesmo a minha mãe deveria saber. Meu pai tinha alguns rivais, mas a maioria já foram descobertos e detidos pelos oficiais só que ainda restava um, Rogger Castelhano. Esse homem cujo suspeito pela minha descoberta, odiava meu pai, não entendo o porque, por isso resolvi ir fazer uma visitinha a ele e perguntar pessoalmente.

Fui até o pequeno quarto, sorte que havia algumas roupas minhas incluindo peças íntimas, tive uma ideia para hoje a noite e envolve uma noite maravilhosa de prazer cheia de surpresas. Mas estava muito cansada pelo que aconteceu a noite passada, então me joguei na cama e acabei adormecendo de qualquer jeito.


***

"Horas depois..."

Já era noite, fazia algum tempo que tinha acordado. Meus pensamentos me atormentavam, não conseguia pensar em outra coisa só em vingar a morte dos meus pais. Mas a hora certa esta para chegar. Estava escolhendo uma roupa para usar para poder me encontrar com o Rogger mas ia bem preparada...

Na minha coxa direita tinha amarrado uma bainha onde guardei meu punhal e estava vestida num vestido preto curto com mangas longas, o bom era que ele cobria o punhal. Me encarava ao espelho, analisando minha feição para não deixar minha emoção acabar estragando o momento me fazendo perder o controle. Mas qual graça teria ter de se controlar ao torturar um ser inoportuno?

Já estava na hora, descia as escadas em passos lentos. Esboçava um sorriso sádico enquanto pensava em formas de como mata-lo, mas teria de ser algo rápido, certamente após o ato iriam sentir falta dele e logo seu corpo séria encontrado, e nesta hora pretendo estar bem longe o possível. Mal percebia, mas já estava de frente a porta ao lado de fora. Então adentrei em meu carro, cujo foi herdado pelos meus pais mas só o usava em ocasiões importantes. Dei partida no mesmo e sai devagar mas aos poucos iria acelerando até chegar numa velocidade instável.


Depois de alguns minutos dirigindo, havia chegado a mansão do Rogger. Porém, antes de sair do carro, comecei a fazer vistoria do lugar, me certificando de quantos guardas havia fora da mansão.

"- Um, dois, três... 8 guardas. Não vai ser tão difícil!" Falava comigo mesma enquanto saia do carro e me direcionava a guarita.

O guarda que estava na guarita, ficou me analisando até deixar eu entrar, pois, sabia que eu seria a mulher que faria a noite do seu chefe "feliz". Dando passos curtos até a entrada, memorizei as posições onde os demais guardas se encontravam, então, percebendo que eles não estavam prestando a atenção, adentrei na guarita.

"- Hey, você não pode entrar aqui!" O guarda assustado levantava da cadeira e vinha em minha direção.

"- Calma, não se preocupe, apenas quero diverti-lo um pouco. Deve esta cansado não é? Fica o dia todo aqui deve ser estressante!" Já próximos um ao outro, coloquei minhas mãos sobre os ombros deste e comecei a alisa-lo. Ele sorrindo não pensou muito e, dando passos para trás, sentou-se sobre a cadeira que estava e bateu sobre sua coxa para que eu senta-se. Dei um largo sorriso malicioso e sentei-me, ele começou a alisar minhas coxas, subindo até a extensão da minha virilha. Não nego que era tentador mas não vim para diversões.

"- Que tal uma massagem antes, para relaxar mais?!" Aproximei meus lábios ao dele e sussurrei sugerindo pela massagem, ele todo abobalhado, sorriu assentindo para que fizesse. Logo, levantei-me e fiquei atrás do mesmo que permanecia sentado de olhos fechados, então, comecei a massagear seus ombros delicadamente, deixando-o relaxado, mas fui subindo minhas mãos até a face dele, que por ele esta distraído não ligou para a movimentação peculiar. Com minhas mãos fazendo pressão no rosto dele, num rápido movimento girei-o para o lado, pude ouvir um estalo me dando a afirmação que o pescoço dele havia quebrado, assim como planejei.

"- Me desculpe meu bem, você era tão lindo e tentador, mas não poderia arriscar, preciso desligar essas câmeras de vigilância!" Afastei a cadeira com o corpo do guarda e, comecei a mexer nos computadores para desligar todos as cameras. "- Nossa, a casa toda esta em alerta, mas, não esta mais!" Olhei bem para os monitores, analisando se havia desligado mesmo todas as câmeras, então, logo após, olhando pela janelinha da guarita, percebi que os guardas ainda estavam distraídos o que me deu a chance de sair da guarita sem eles me ver.

"- Patéticos!" Comecei a caminhar em passos lentos tentando não levantar suspeitas, enquanto ia em direção a porta principal da mansão.

Ao saberem que eu seria a suposta mulher que Rogger havia contratado, os guardas liberaram a minha entrada e, logo, fui guiada até o quarto do mesmo.

"- Olá Sr. Rogger, sou a Scarlett!" Sorri enquanto entrava no quarto e logo em seguida tranquei a porta. "- Irei dar-lhe uma noite prazerosa!" Ele sorri largo enquanto fazia gestos com as mãos me chamando para a cama.

E como esta noite seria prazerosa, mas não para ele.

A Noiva Da Meia NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora