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- Você promete que vai me contar detalhe por detalhe desse tal encontro de casais assim que voltar para casa? Você precisa prometer, Mackenzie. - Marcus falava sério comigo por Skype, enquanto eu terminava de me arrumar para sair dali a poucos minutos.

- Quantas vezes eu preciso dizer que sim? - ele deu os ombros e eu revirei os olhos, forçando um sorriso exagerado em seguida - Prometo que assim que eu chegar do encontro eu vou te chamar por aqui e vou te detalhar tudo, tudinho, absolutamente tudo. Vou passar reto pelas perguntas da mamãe só por garantia de que você será o primeiro. - Dei tanta ênfase nas minhas palavra que pensei que Marcus fosse se assustar, mas na realidade ele abriu um sorriso satisfeito.

- É isso que eu gosto de ouvir.

- Eu preciso desligar agora, Marcus. Ben não pode vir me buscar porque já vai levar todos os outros garotos para o restaurante, então a Bea vai passar aqui para irmos juntas. - Expliquei a ele.

- Você está ok com a Bea e o britânico saindo ultimamente? - Meu irmão perguntou e eu apenas dei os ombros.

- Bem, eu estou com o Ben, não estou? E digo mais, depois de passar os últimos dias vendo Blake e Bea sufocando um ao outro com suas línguas em público, talvez eu tenha me acostumado com a ideia. - Sorri fraco para a tela do computador, mas Marcus continuou sério.

- Não vou opinar sobre. Apenas vá para esse encontro de casais brega que seu namorado caipira inventou.

- A ideia foi do Blake. - Corrigi.

- Então vá para esse encontro de casais que seu não-namorado britânico inventou. - Ele rolou os olhos e suspirou. - Tenho que ir. Aproveite a noite irmãzinha, e se cuide, sabe? Use camisinha. Não quero ter um sobrinho britânico, muito menos um caipira. - Dito isso ele se despediu e nós encerramos a chamada.

Mandei uma mensagem para Louisa dizendo que já estava pronta e ela me respondeu de imediato, dizendo que estava a caminho. Lou acabou de tirar sua habilitação e se ofereceu para nos levar até o restaurante hoje, e apesar de estar com um pouco de medo de andar de carro com ela, eu aceitei a carona por já ter estado no lugar dela antes.

Sai do meu quarto e desci as escadas até nasalada estar, onde minha mãe estava jogada no sofá com os pés para cima enquanto assistia um debate na televisão. Ela sorriu ao me ver e ajeitou sua postura para analisar melhor, parecendo satisfeita.

- Você está se tornando uma grande mulher, filha.  Tenho certeza que vai alcançar todos os seus objetivos se continuar assim, tão... Tão você.

- Obrigada, cherri.

- Não me agradeça por isso. - Ela sorriu. - Ah, estava quase me esquecendo, isso aqui estava na caixa de correio hoje e é para você. - Ela me entregou um envelope grande que estava em cima da mesinha de centro. - Provavelmente deve ter sido o Ben que deixou aqui, porque só tem o seu nome e está assinado com a letra B.

Peguei o envelope e me sentei no sofá para ver do que se tratava, curiosa. Assim que abri o envelope e olhei dentro do mesmo percebi que havia ali apenas uma única folha de papel. Puxei com delicadeza a mesma e me surpreendi ao ver que se tratava da minha pessoa. Alguém me desenhara.

No desenho eu apareço de perfil e cabisbaixa, escrevendo em um caderninho que tem a mesma capa do meu diário de rabiscos que carrego sempre comigo.

De início conclui que fosse realmente Ben o artista por trás daqueles belos traços, já que ele desenha muito bem. Porém ao analisar mais de perto, notei que era uma aquarela. Ben não gosta de trabalhar com aquarelas porque diz que nunca consegue chegar a perfeição que tanto almeja. Mas eu sei exatamente quem ama trabalhar com aquarelas.

Cherish + nhcOnde histórias criam vida. Descubra agora