Deixe- me ir

Capítulo 2

Ás 8 horas da noite Sophia andava pela rua em direção a festa. Seus pensamentos iam longe, não estava com a mínima vontade de ir, porém precisava ajudar a amiga. Quando chegou ao local Jessica a esperava do lado de fora da mansão dos Anderson.
–Achei que você nunca viria!- Jessica a pega pelo braço e a leva até o salão principal.
–Desculpa, eu tive que ajudar minha avó a achar a droga da garrafa de Vodka dela.
–O importante é que você está aqui- Jessica suspira- Meu irmão chegará logo, ele contava com sua presença, tenho certeza que ficará muito feliz de ter ver- Ela dá um sorriso malicioso.
Sophia não consegue tirar os olhos do lustre, ele dava o toque principal a decoração da festa. Enquanto o admirava escutou alguém gritando: -Ele chegou! Ao virar para trás dá de cara com Fernando entrando pela porta principal. Jessica olhou para a amiga novamente, desta vez ela parecia preocupada, nenhum sorriso malicioso dessa vez, ela realmente estava estranha, talvez ela tenha percebido que Sophia odiava ficar perto de seu irmão.
Todos começaram a cantar parabéns e alguns funcionários da casa carregavam um grande bolo na escada. Ao terminar a cantoria Fernando assoprou todas as velas e levou seu olhar até Sophia. Não era um olhar maliciador, era um olhar encantado. Não é de se esperar, ela estava deslumbrante, parecia uma princesa de contos de fadas, mas é bem nítido que Fernando estava longe de ser seu príncipe. 5 minutos depois ele foi em direção a menina, que não ficou nada feliz.
–Obrigada por ter vindo, a festa não seria a mesma sem você- Fernando pega a mão de Sophia e a beija.
–De nada- Disse ela sem graça.
–Eu estava pensando, quando a festa acabar você quer dar uma passada no meu quarto? Tem algo que quero muito te mostrar- Desta vez ele dá um sorriso maliciador
–Não obrigado, eu já estava de saída...- Sophia vai caminhando até a porta da frente.
–Por favor, fique mais um pouco- Ele a segura pelo braço.
–Me deixe em paz! -Sophia grita e todos os convidados olham para ela.
Fernando estava sem jeito, totalmente corado, acabou de ser humilhado em público. Todas as grandes pessoas da cidade, ou melhor do país tinham visto ele assediando uma pessoa. Jessica corre em direção a amiga, e acaba chegando a tempo de ainda falar com ela.
–Desculpa por ele, eu não deveria ter insistido para você vir.- Jessica cobre o rosto, realmente estava chateada.
–Não foi sua culpa, ele que é um babaca- Sophia abraça a amiga.
–Se você quiser eu posso te acompanhar até sua casa.
–Não precisa, você deve ir para a festa, sorrir, e fingir que nada aconteceu.
–Sei fazer isso muito bem, acho que qualquer pessoa que tivesse uma família assim estaria acostumada a agir assim.
Sophia ficou calada, não sabia o que falar no momento, ela apenas assentiu com a cabeça a foi andando para casa.
–Vovó, cheguei! Ninguém a respondeu- Vovó?
Sophia começou a procurar pela avó, quando de repente a vê jogada no chão do banheiro. Ela tentou acordar a avó, mas não conseguiu. Por sorte o celular estava em seu bolso, ela ligou imediatamente para a ambulância. Sophia não sabia o que fazer, ela gritava e chorava. Por impulso ela pegou a avó no colo e levou até o quintal. Nem ela sabia que tinha tanta força. Enquanto a ambulância não chegava ela tentava acordar a avó, chegou até jogar água em seu rosto. Será que estava morta? Sophia começou a checar os batimentos cardíacos da avó, e por sorte estava viva. Dentro de alguns minutos a ambulância finalmente chegou, os homens colocaram a avó na maca e levaram o corpo diretamente para dentro do veículo. Sophia entrou disparadamente dentro da van e a fechou. O caminho até o hospital era longo, cada segundo era tenso, quanto mais perto chegava mais sua respiração ficava acelerada.
[...]
Finalmente chegaram no hospital, colocam a avó na cama, ainda inconsciente, e aguardaram o médico. Após meia hora de análise ele chegou a uma conclusão.
–Sua avó teve overdose- O médico disse enquanto olhava para a avó.
–Não quero parecer chata, mas o senhor sabe que bebida alcoólica não causa overdose?
–Quem disse que foi bebida alcoólica?
–Minha avó não usa drogas.
–Isso é o que você pensa.
–Impossível! Eu fico 24 horas por dia perto dela. Ela só bebe, posso te garantir.
–Sophia, estou falando sério, eu sou médico, acredite em mim. Sua avó pode estar usando drogas escondido de você.
–Eu não consigo acreditar...- Sophia dá um suspiro.

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Espero que tenham gostado desse capítulo, deixem suas opniões nos comentários. Beijos! Até a próxima.