Já se passará 2 semanas que a avó de Sophia estava internada. Ela teve algumas melhoras, mas não o suficiente para ir para casa. A menina ia todo fim de semana visita- la, mesmo que a avó sempre tenha a tratado mal, ela a deu abrigo, comida, e pelo incrível que pareça um pouco de amor, era o mínimo que ela podia fazer.
[...]
Sophia entrou no ônibus e sentou no último assento, um cara estava sentado do seu lado, impaciente, pois toda hora olhava para o relógio, provavelmente estava atrasado para o trabalho, ou sei lá o que ele tivesse para fazer. A menina colocou os fones de ouvido e começou a escutar: The Great Unknown, sua música favorita. A chuva começará a cair, e as pequenas gotas de água já preenchiam a janela velha e enferrujada daquele ônibus. O trânsito estava ruim, Sophia já estava com medo de perder a hora da visita, não queria fazer sua avó esperar. Por algum milagre divido, o trânsito começou a andar, e logo eles chegariam no hospital.
[...]
–Achei que você não viria hoje.- A avó dizia enquanto se esforçava para levantar o corpo da cama.
–O trânsito estava ruim, mas consegui chegar a tempo. Como a senhora está? Alguma melhora?
–Aquele médico idiota não aparece aqui a dias. Os únicos que entram nessa sala são os enfermeiros, que todos os dias me dão aquela droga de injeção.
–As injeções são pro seu bem, a senhora sabe. Sobre a questão do médico, vou resolver isso hoje na recepção.
–E você acha que vai adiantar alguma coisa? Ele não vem aqui porque não tem nada para me dizer.
–Não custa tentar...
–Vovó, posso te fazer uma pergunta?
–Por quê perguntou? Diga logo!
–Você lembra o que aconteceu antes da senhora ter esse ataque?
–Já te disse mil vezes que não! Só lembro de acordar nessa cama.
–Tudo bem...
–Mas por que quer saber isso?
–O médico disse que você tinha consumido drogas, e sei que a senhora só bebe.
–Não consumi. Talvez ele tenha dado o diagnóstico errado. Ou ele não sabe o que eu tenho, e falou isso como desculpa.
–Pode ser isso também... Tenho que ir, vou tentar vir amanhã- Sophia diz enquanto beija a cabeça da avó.
[...]
No dia seguinte Sophia acorda com uma mensagem de Jessica.
*Mensagem on*
–Sua avó está melhor?
–Sim, a fui ver ontem.
–Então, além disse queria te perguntar mais uma coisa.
–Diga.
–Meu irmão queria se desculpar com você, e então ele queria saber se vocês podem ir jantar hoje a noite.
–Você sabe minha resposta...
–Por favor Sophia, você sabe que ele está tentando mudar. Dá uma última chance pra ele.
–Tudo bem. Mas se ele começar a fazer gracinhas eu vou embora e nunca mais vou ver a cara dele.
–Okay, vou falar com ele. Fico feliz que a senhorita esquentadinha tenha concordado.
–Se me chamar assim de novo eu juro que quebro sua cara rs.
O telefone começou a tocar, era do hospital.*Ligação on*
–Senhorita Park?
–Eu mesma.
–Estamos ligando para avistar sobre o falecimento de Maria Park Souza.
–Como assim?! Ela estava bem ontem- Sophia não consegue conter as lágrimas.
–Hoje de manhã, as enfermeiras foram no quadro dela aplicar as injeções, e quando chegaram lá ela já estava morta. Não podemos fazer nada para impedir. Nos sentimos muito pela sua perda. O corpo irá ser levado para o enterro amanhã. Já entramos em contato com a funerária que ela pagava durante esses anos todos.
–Obri...- Sophia não conseguia falar. Obrigada por avisar- Finalmente conseguiu completar.Em uma fração de segundos ela se joga no chão e começa a chorar. Pela segunda vez na vida desde que seus pais morreram ela sentirá um vazio tão grande. O coração doía, a cabeça latejava, e as lágrimas caíam sem parar. Sua vontade era sair pela rua gritando, mas a única coisa que conseguia fazer no momento era chorar. Sophia abriu a porta da casa e começou a correr em direção a casa da amiga, quando chegou lá Fernando abriu a porta.
–Oi Soph... Por que está chorando?- Fernando disse.- Sem pensar ela o empurrou e subiu as escadas correndo, começou a procurar o quarto e amiga e finalmente chegou.
–Jessica, ela morreu! Ela morreu!- Sophia se jogou no chão novamente, e dessa vez conseguiu gritar.
–O que?! Sophia, eu sinto muito! Eu sinto muito! - A amiga se sentou no chão e a abraçou.
–Eu quero justiça! Ninguém estava na porra do quarto, ninguém ajudou ela, ela poderia estar viva! Ela merecia ter uma chance.
–O hospital não tem culpa
–Não? Jessica a função deles é cuidar do paciente.
–E eles não estavam?
–Isso inclui ter vigilância no quarto 24 horas por dia. Eu não acredito que isso está acontecendo, eu não acredito, por favor me diz que é um pesadelo. Me diz!– Sophia grita novamente, e coloca as mãos no rosto.——————————————————————
Pessoal, esse capítulo foi bem tenso. Espero que tenham gostado, logo postarei novamente.
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Deixe- me ir
RomanceSophia Park acabara de entrar para a faculdade dos seus sonhos, o que ela não esperava era que conheceria Adam Jones, o vocalista de uma banda local de Nova York. Após uma noite juntos os problemas começaram aparecer e ambos terão que lidar com as c...