Cap 11

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Mili e André estavam no sofá, de mãos dadas. Lá também estavam Bia, Pata, Rafa, Tati, Thiago e Binho. Todos estavam conversando.
Vivi desce as escadas e pergunta:
- Alguém viu o Samuca?
Rafa: - Ele tá no laboratório.
Vivi bate na porta e entra.
- Samuca? Posso falar com você?
Ele estava usando jaleco e óculos protetores.
Não respondeu nada e ela perguntou novamente:
- Samuca? ... SAMUCA!
- Olha Vivi, eu to ocupado agora, não dá pra ser outra hora?
- Não, tem que ser agora!
- Tá bom! - Tira os óculos e os larga em cima da mesa. - O que você quer?
- Bom, eu... Olha Samuca,
eu sei que eu errei com você tá, eu fui um pouco grossa e...
- Um pouco? - A interrompe.
- Tá, tá bom! Muito grossa!
Mas não foi por mal, e não pense que eu não gosto de você, porque eu gosto. É só que... A minha imagem também é importante sabe, e eu...
- A interrompe de novo - CHEGA!
Eu não quero mais ouvir nada! Você só sabe falar disso ultimamente! Da sua imagem, seus seguidores, suas curtidas. Já deu Vivi! Se isso era pra ser um pedido de desculpas eu acho que você não foi muito convincente.
Você diz que gosta de mim não é? Você pode até gostar. Mas sua popularidade é mais importante pra você!
Vivi estava com os olhos cheios de lágrimas, que não caiam sobre seu rosto.
- Agora se você me der licença, eu estou bem ocupado. - Colocou seus óculos e sentou virado de costas pra Vivi.
Ela passou a mão em seu olho e saiu.

Tati, Ana, Teca e Maria estavam brincando no jardim, quando uma garota ruiva e bonita apareceu no portão.
Ela estava olhando para a porta, como se quisesse falar com alguém, quando Teca a viu e falou para as meninas.
- Gente, alguém sabe quem é aquela?
Todas responderam que não, quando elas foram correndo em direção a ela.
- Oi, esse é o orfanato Raio de Luz?
- É, é sim moça! - Ana respondeu.
Ela ficou olhando para Ana com um olhar emocionado e feliz. Mas as meninas não entenderam nada, nem Ana.
- Será que vocês podem chamar alguém, eu preciso falar com a diretora.
Tati: - Ah, claro. Eu vou chamar!
Lá dentro...
Carol: - Bom, o que eu posso fazer por você, é...? - Falou perguntando seu nome.
- Lydia.
- É, então Lydia, no que posso te ajudar?
- Bem, eu sou irmã de uma das meninas aqui do orfanato. É... A Ana!
- Ah, que maravilha!
- Eu só não vim antes porque, bom... Nossos pais morreram a muitos anos num acidente de carro. Meus avós já tinham uma certa idade, e não tinham como cuidar de um bebê. Já eu era maiorzinha, podia me virar melhor sem precisar de muita ajuda. Então eles resolveram colocá-la aqui, no orfanato.
Aí eu esperei, esperei muito até ter estrutura pra cuidar da minha irmã. Eu tenho 21 anos, antes eu era muito imatura para cuidar de uma criança. Mas agora não, agora é diferente. Eu quero adotar minha irmã.
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Enquanto isso, na sala...
Tati: - Quem será aquela moça?
Teca: - Ela era bem bonita!
Maria: - Era mesmo!
Tati: - E você Ana, não achou ela bonita?
Ana estava vidrada com o olhar em direção ao corredor.
Tati: - Ana! - Falou passando a mão em frente ao seu rosto. - Ana! ANA!
- Ai, que foi Tati?
Teca: - Porque você tá assim, toda estranha?
- Eu tive a impressão de que eu já vi ela antes.
As meninas ficaram em silêncio, apenas esperando que elas saíssem da diretoria logo.
Mili tinha ido pro quarto, e André estava na cozinha bebendo água.
Cris chega e disfarça que tinha visto ele.
- Oi Cris!
- Ah, oi André! Não tinha visto você aí!
- Quer sentar?
- CLARO! Ãhn, quer dizer... É, pode ser! - Falou tentando disfarçar sua empolgação com o convite.
Sentou na frente dele.
- E aí, curtiu a festa ontem?
- Ah, mais ou menos na verdade. - Falou desanimada.
- Ué, porque?
- Ah, por nada.
- Eu sei que você gosta de mim!
- O QUE? - Falou assustada, enquanto se levantava da cadeira.
- Calma Cris! Tá tudo bem, não precisa ter vergonha!
- Quem foi que te falou?
- Ninguém Cris. Ninguém me falou nada!
- Ué, mas se ninguém te falou então como você sabe? - Falou confusa.
- Ah, eu percebi o seu jeito comigo. Sabe, às vezes você fica me olhando e quando falo com você, você fica meio nervosa! * Risos *
- Nossa, tá tão óbvio assim? - Perguntou curiosa mas rindo.
- Ah, mais ou menos! - Riu também e depois de um tempo continuou:
- Mas sabe Cris, você até que é bem legal. Bom, eu gosto da Mili, você sabe, mas o Samuca é um cara de sorte!
- O que? Porque? - Bebeu um gole de água.
- Por ter você como namorada.
- Cuspiu a água toda em cima de André e respondeu sem pensar duas vezes:
- Você tá doido? Não, nós não namoramos!
Ele ficou que nem uma estátua parado, e encharcado com... Bem, com o cuspe da Cris.
- Ai, ai meu Deus! - Falou nervosa quando percebeu o que tinha feito. - Vem comigo, vamos pegar uma toalha pra você.
Mili ouviu barulho de conversa no corredor então abriu a porta do quarto e saiu, quando deu de cara com Cris secando o rosto de André e os dois estarem rindo.
Mili: - O que aconteceu com você? - Chegou mais perto dos dois.
André: - Ah é que...
Cris o interrompeu e disse:
- Ele acabou tropeçando e caiu no chafariz lá no pátio! Foi isso! Né André?! - Cutucou ele com o cotovelo o forçando a concordar com ela.
- É, é, foi isso que aconteceu!
Mili: - Ah, entendi. - Falou um pouco enciumada.

Bia e Pata estavam andando no corredor quando ouviram um som de choro vindo do quarto das meninas.
Elas entraram e viram Vivi deitada em sua cama chorando.
Pata: - O que aconteceu Vivi?
Vivi: - Não é nada Pata, me deixa! - Falou tentando não engasgar com suas lágrimas.
Bia: - Conta pra gente vai! A gente só quer te ajudar com seus problemas!
- Sabe o que é o meu problema? Sou eu Bia, eu sou o problema!
Pata: - Perai, eu acho que não entendi bem!
Bia revirou os olhos ironicamente.
Vivi: - Eu gosto do Samuca! De verdade! Mas eu sempre acabo estragando tudo por me preocupar com o que vão dizer ou com o que vão pensar de mim. E agora ele tá lá, bravo comigo e com razão.
Pata: - Calma Vivi, também não é assim. Ele gosta de você não gosta?
- Agora eu já nem sei mais! Eu fui até o laboratório me desculpar mas ele me tratou com indiferença.
Bia: - Perai, você tá me dizendo que você, Viviane, pediu desculpa pra alguém? * Riu *
Pata: - Agora não é hora disso Bia!
- Se bem que...
Pata: - O que?
- Se bem que eu acho que isso piorou tudo! Pensando agora, eu não me desculpei de verdade, eu só tentei justificar o que eu fiz.
Bia: - Então vai até lá e fala a verdade pra ele. Fala tudo o que você sente. Ele vai entender.
- Não sei não.
Pata: - Você não tem nada a perder, Vivi!
- Tá bom, eu vou. Só preciso de um pouco de coragem. Além do mais, foi tudo muito recente. Amanhã eu falo com ele.
As duas olharam pra ela dando pressão.
- Eu prometo!


Oii gente!!! O que vcs tão achando? vou tentar postar mais aqui!
Bjos <3

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