Cap 13

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Era de manhã e todos estavam se arrumando pra escola.
Uns conversavam no pátio, outros ainda no quarto, na sala estavam Pata e Vivi.
- E aí Vivi? Quando você vai falar com o Samuca?
- Daqui a pouco, só vou arrumar minha mochila e pronto!
...
* Samuca sentado no pátio pensando *
Quer saber? Eu não vou ficar me humilhando por ela. A Vivi nunca fez questão de estar perto de mim, não vai ser agora que ela vai pensar diferente. Além do mais, eu vou fazer o mesmo que ela. Se ela ficou com o Duda só pra me atingir eu vou pagar na mesma moeda!
Foi em direção à cozinha, quando esbarrou com Cris pelo caminho.
- CRIS! - Gritou assim que a viu.
- Ai que foi Samuca? - Riu.
- É que... - Tentou enrolar sobre suas reais intenções.
- É que? - Fez com as mãos perguntando sobre o assunto.
- É que... - Vivi estava prestes a entrar no corredor, procurando Samuca para conversarem.
Sem pensar duas vezes ele aproximou Cris com as mãos em seu rosto e a tascou um beijo.
Vivi entrou no corredor e saiu correndo assim que assistiu a cena.
Cris ficou sem entender mais nada.
Ela se soltou dele e disse um pouco brava, mas confusa:
- Samuca? O que deu em você?
- Olha Cris eu sinto muito por isso. - Saiu.
Ela ficou parada no corredor continuando sem entender nada.

Vivi está na cama chorando. Mili, Pata, Bia e Tati entram no quarto das meninas.
M: - Vivi? O que aconteceu?
Ela não respondeu e continuou chorando.
T: - Pode contar pra mim! - Sentou na cama dela e colocou a mão em Vivi.
B: - Vai Vivi, fala o que aconteceu com você!
Cris entra no quarto.
- Você é uma falsa! - Se levantou rapidamente da cama ficando de frente para Cris, que estava totalmente perdida diante de toda aquela confusão.
- Quem? Eu?
- Não se faz de tonta Cris, você sabe bem o que fez!
Mili: - Do que ela tá falando Cris?
- Eu não sei, só pode ser... Ah, só pode ser isso.
Bia: - Isso o que?
- Ela beijou o Samuca! Na minha frente! Até ontem ela gostava do André, mas aí percebeu que não tinha chance com ele e decidiu investir no Samuca.
M: - Isso é verdade, Cris?
- Claro que não! Eu nunca faria isso! Olha Vivi se você me deixar explicar você vai ver que...
- Eu não quero ouvir nada que sai da sua boca. Eu não confio mais em você. - Saiu e bateu a porta com força.
Cris explicou a situação pras meninas, que acreditaram nela.

Na sala...

Dani entra correndo e diz:
- Ana, a Carol tá te chamando lá na sala dela!
- ME chamando? - Apontou pra ela mesma.
- Sim, vai lá.

* Na sala da Carol *
- Licença... Você mandou me chamar?
Carol fez que sim com a cabeça.
- Entra Aninha!
Ana entrou e ficou de pé ao lado da mesa da Carol, com vergonha de sentar ao lado da moça misteriosa.
- Bom, você deve estar se perguntando porque eu te chamei aqui. Mas calma que eu vou explicar. Ana... Tá vendo essa moça aqui? - Apontou com a mão para Lydia e Ana fez que sim com a cabeça.
- Então, ela é... Ela é sua irmã, Ana.
- Minha... Minha irmã?
- É! - Sorriu.
Lydia se levantou um pouco assustada e disse:
- Olha, eu sei que a gente tem muito o que conversar, mas saiba que eu quero ficar com a sua guarda. Eu quero que sejamos uma família, só eu e você!
- Mas... mas porque você não veio antes? Depois de tanto tempo esperando, já tinha perdido a esperança.
- Olha eu sinto muito que tenha te deixado aqui mas eu ainda era muito nova pra cuidar de você.
- E os nossos pais? Porque eles não vieram antes?
- Porque eles... eles... - Arrumou os cabelos pra trás da orelha e respirou fundo, então continuou - Eles estão mortos!
- O que? - Seus olhos se encheram de lágrimas que Ana se esforçava para não correrem pelo seu rosto.
- Eu preciso de um tempo. - Saiu da sala devagar e fechou a porta.
Lydia olhou pra Carol que explicou que seria melhor assim, indo aos poucos para que Ana não se assustasse com tudo isso.

Samuca está andando pelo corredor, quando Cris corre até ele e o joga contra a porta do quarto dos meninos, com as mãos segurando a gola de sua camisa.
- O que foi Cris?
- O que você acha? Aquela sua linda cena de amor por mim lá na cozinha. A Vivi acreditou!
- Ah, que bom que deu certo! - Sorriu.
- Como é? - O jogou de novo contra a porta.
- Calma Cris! Olha - Tirou suas mãos da camisa dele e se afastou no corredor. - Eu só quis deixar ela com ciúme, não queria que vocês brigassem.
- É, acontece que ela não acredita em mim quando eu digo que não sinto nada por você. Então eu acho bom que você vá até lá e conte tudo pra ela!
- O que? Não, não vou botar tudo a perder com a Vivi.
- Ah, então você vai deixar que eu pague por algo que não fiz? Além de perder minha amiga!
- Tá, tudo bem. Eu falo com ela!
- Ótimo! - Virou as costas e saiu sem demonstrar gratidão.

- Ana? Tá tudo bem? - Maria pergunta se aproximando de Ana que está sentada em um banco próximo à rua do orfanato.
- Não sei.
- O que aconteceu? - Sentou ao seu lado e enrolou a coleira de Pipoca em sua mão.
- Aquela moça lá do orfanato. Ela é minha irmã!
- Sério? - Falou sorrindo.
Olhou pra Ana que não sorria como ela.
- Você não parece tá muito feliz com isso!
- Eu estou! Ou melhor, já nem sei mais. - Quer dizer, eu estou feliz de ter encontrado alguém da minha família de novo, é o que eu sempre quis.
- Mas então, qual o problema?
- O problema Maria, é que meus pais morreram. Por isso nunca vieram atrás de mim.
- Nossa. - Entendeu o porque da tristeza de Ana. - Mas olha pelo lado bom, agora você tem uma irmã, que é sua família também. E ela quer te adotar, Ana, você não está mais sozinha!
- É, eu sei. Só achei que seria diferente. Que meus pais entrariam pela porta e estenderiam seus braços pra me abraçar, e na mesma hora eu saberia, eu saberia que eles eram minha família.
- É, esse é o sonho de todos nós!
- Pode não ter sido da maneira que eu esperava, mas vou dar uma chance pra ela!

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