Capítulo 15

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Harry segura meu rosto e deixa um beijo demorado na minha boca. Quando afasta o rosto, o sorriso que dá enche meu peito de alegria e faz com que eu implore mentalmente que nada disso acabe mal. Sei que preciso parar de pensar de forma tão negativa mas eu vejo como as pessoas parecem ter cuidado em relação à ele e ainda não consigo entender o que aconteceu. Se é que algo aconteceu.

-Eu sei que você quer mas não vamos transar hoje - diz e eu fecho os olhos balançando a cabeça.

-Você é doente com essas coisas, sabia? - ele ri e nega - E transar é muito forte.

-Quer que eu diga o que? - diz se afastando e deitando na minha cama - Fazer amor?

Eu franzo o cenho e tenho certeza de que não é exatamente isso que quero ouvir também. Assim que estou prestes a abrir a boca ele me interrompe:

-Se você me ama ou vice-versa, fazemos amor mas acho que não é o caso, é? - pergunta sem dar muita atenção - Você não me ama - ele me olha e segura o riso - Ou ama?

Eu ri antes de responder, pensando em como as coisas são claras e simples na cabeça de Harry. Sua testa enrugou, seus olhos fixos em mim. Eu me aproximei e abaixei meu rosto até a altura do seu e sussurrei:

-Você não tem essa sorte toda.

Eu vi sua mandíbula apertar e depois relaxar, seu peito subiu e desceu lentamente na camiseta preta. Seus grandes olhos verdes olharam para mim, eu senti seu hálito quente perto do meu rosto.

-Eu tenho sorte o bastante - diz e eu afirmo, prendendo a respiração - Deita aqui... na sua cama - riu e eu fiz o mesmo, respirando por fim.

Harry se ajeitou mais à direita e eu me encaixei no espaço que sobrou ao seu lado. Estávamos olhando para o teto enquanto eu ouvia uma chuva fina começar do lado de fora. Ele segurou minha mão e levou lentamente minha mão à sua boca, beijando os nós dos meus dedos. Neste ponto isso parecia algo que Harry gostava de fazer com frequência, beijar e brincar com meus dedos ou simplesmente entrelaçar aos seus.

-Sua mãe bate para entrar? - perguntou baixo, olhando para a porta.

-Ela certamente vai subir batendo os pés e fazendo muito barulho - respondo sabendo que ela faria de tudo para evitar ver algo.

-Vem cá.

Harry se sentou na cama, encostando as costas na cabeceira branca de estofado e me puxou para o seu colo. Minhas pernas se encaixaram lado a lado em seu corpo e eu podia sentir que, neste momento, nosso contato era muito próximo. Seus olhos grudaram nos meus por um segundo e então se dispersaram, o que criou em mim um extinto gigantesco de me aproximar. Minhas mãos passearam por seu peito ainda por cima da camiseta e depositei um beijo suave em seu maxilar. Suas mãos desceram até o meu quadril e eu podia sentir seu polegar me acariciar devagar.

Eu fechei os olhos e deixei meu nariz passar devagar no de Harry, bem sutilmente. Eu sabia que ele estava sorrindo mesmo estando de olhos fechados. Ele correspondeu à minha brincadeira, passando o nariz no meu devagar e se afastando só para se aproximar novamente. Harry mordiscou meu lábio inferior e eu me afastei enquanto trilhei um caminho em silêncio até o seu pescoço. Meus músculos já estavam claramente mais relaxados.

Eu voltei ao seu rosto e segurei-o em minhas mãos, olhando-o nos olhos. Eu amo quando Harry sorri mas nada chega perto da intensidade em que seus olhos ficam quando ele está sério. Passei a língua nos meus lábios e ele entreabriu os seus, como em resposta. Me mexi em seu colo inquieta e a mão de Harry apertou meu quadril como se alardeasse sobre meus movimentos. De repente meus batimentos aceleraram e o clima ficou ainda mais denso. Eu mal sabia se conseguiria respirar.

RAY | H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora