5 de janeiro de 1962
Eu me lembro bem desse dia, era um dia com muita neve, eu havia ganhando minhas primeiras galochas de natal, meu pai me levará para brincar na neve na rua de nossa casa. Era uma vizinhança tranquila na medida do possível, todos se conheciam, e se tratavam como familiares.
Meu pai sempre foi meu porto seguro, sempre podia contar com ele, e eu era a garotinha dos seus olhos, o seu anjo, minha mãe nunca foi muito próxima, mas não é como se ela não me amasse, só existe a preferência da mais velha a mais nova, não é como se eu me importasse, apesar de eu ter 4 anos e minha irmã 2 eu sei que ela precisa de mais atenção.
16 de março de 1973
Hoje era meu aniversário, e eu realmente estava animada por estar ansiosa pelo meu presente, não tenho costume de ficar ansiosa, já que eu não via graça em comemorar menos um dia de vida. Meus pais disseram que eu teria uma ótima surpresa, e eu realmente teria... estava sentindo isso.
-Querida! Feliz Aniversário!- Minha mãe, Mia Jones entra em meu quarto me dando um abraço, eu realmente estranho tal ato já que a mesma diz "Espaço pessoal é muito bom, não gosto desse tipo de contato". Ela era uma mulher estranha.
-Obrigada mãe- Me separo dela e a olho, ela tinha um sorriso meio estranho no rosto... eu diria perturbado? Não, coisas da minha cabeça.
-Onde está o papai?- Pergunto me levantando e calçando meus chinelos.
-Ele saiu com o Evan e a Erin, foram buscar seu presente- Ela diz e eu viro para ela e sorrio grande, estava ansiosa por isso.
Vou correndo para o banheiro escovar os dentes e trocar de roupa. Ouço a voz do meu pai e meus irmãos no andar de baixo, desço literalmente correndo pelas escadas da minha casa, meu pai se vira e abre os braços para me receber, era o melhor lugar do mundo para mim.
-Sunshine, tampe seus olhinhos- meu pai fala se virando e pegando uma caixa atrás de si.
-Pai, eu não tenho mais 7 anos, essa apelido não combina mais- digo torcendo os lábios, e colocando as mãos sobre meus olhos.
-Você sempre será meu brilhinho querida, agora abrir seus olhos- ele termina de falar e eu abro os meus olhos.
Era a coisa que eu mais queria, uma câmera, tá, é uma coisa que nem todas as garotas que fazem a minha idade iriam querer ter, mas eu me sentia tão especial quando eu tinha uma câmera em minhas mãos, era algo mágico você poder ter o mundo através das lentes, te garanto que ele pode ser mil vezes menos sangrento, menos doloroso, já vi muitas pessoas se doparem de remédios, etc, mas eu realmente prefiro me dopar de cultura e conhecimento, vale mais apena, o mundo já está podre o suficiente para você se igualar a ele, seja única, seja autoritária, você não é uma argila para te moldarem, tenha personalidade para que ninguém pense que pode vir e te de deixar mal, tenha sua própria armadura contra essas bocas, bocas imbecis que não sabem o que falam.
20 de junho de 1973
Estava caminhando com minha irmã Erin, estávamos inda para o colégio, lá era de longe meu lugar preferido, pessoas imbecis cercando um lugar onde era para ser um lugar de formação capacitada e não um ninho de imbecilidade, de bullying, de canalhice... ok, iria ficar muito tempo descrevendo coisas insuportáveis de lá, mas eu não tenho a escolha de ir ou não, basta entrar de cabeça erguida e sair de cabeça erguida como se não estivesse acontecendo um turbilhão de sentimentos dentro de si.
Assim que entro por aqueles portões, já dou de cara com as vadias, meio clichê isso, mas eu não me importo.
Amy, Katherine e London, as vadias de bundas tristes que se acham as bucetudas.
Eu nunca soube o porque delas terem raiva de mim, e também pouco me importa, sou mais eu.
Todos passam por mim despercebidos, já que ninguém me chamava a atenção, menos ele, toda vez que eu passo por ele meu coração palpita, sempre tive uma quedinha por ele ou melhor um precipício por ele, e está ficando cada vez mais difícil de controlar, ele era o meu sonho.
Ai Jasper Hall se você soubesse o tamanho do precipício que eu tenho por você.
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Olá pessoas, essa será uma história com no máximo uns 20 capítulos, ela será inteira narrada pela nossa protagonista.
Ela será levemente inspirada no filme Lovely Bones e no caso Natascha Kampusch (se vocês não conhecem o caso Natascha e o filme Lovely Bones eu super recomendo, é uma coisa que realmente te prende ao assunto).
Eu espero muito que vocês gostem pois estou me esforçando muito nesse projeto.
Beijos com pluminhas.
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A Stolen Life
Mystère / ThrillerA vida passa muito rápido para se lamentar, viva o agora, e que se ferre o amanhã, eu só quero viver ou melhor, queria viver. Tudo se baseia em limitações tolas que nos impedem de ter poder, ter voz em meio a tudo que somos expostas. O que resta par...