REPOSTADO
ALEX
Passado
— Porque vocês devem ir, meus amores. — minha mãe beija a minha testa, depois, a de Allan. — Aqui tem dinheiro. — ela nos entrega à pequena sacola com o dinheiro. — Vão para onde falei.
— Para onde? — Allan pergunta. — Vem com a gente.
— Eu vou, mais tarde eu vou ao encontro de vocês. Me esperem a frente do museu. O dinheiro é para que comprem um lanche e me esperem, eu aparecerei por volta das cinco da tarde.
— Por que não podemos esperar aqui? — pergunto. — Vai demorar muito e não temos nada para fazer.
— Visita o museu, é de graça. — beija a nossa testa mais uma vez. — Até daqui a pouco. Amo vocês.
— Também te amamos. — dizemos.
Atualmente
Relembro minhas últimas palavras para a minha mãe. Ela não apareceu naquele dia, nem em qualquer dia após aquele. Na verdade, ela apareceu morta, enterrada...
— Minha vez! — um deles grita.
Desvio meu olhar. É sempre dolorido ver algo assim.
A garota tem uma mordaça e um capuz na cabeça, escuto seu choro, suas intenções de gritar.
Dois homens a seguram, enquanto outro a estupra. Seis armas contra meu punho, apenas.
Aqui tem seis seguranças armados de Yoshida, quem estupra não tem a arma. Eu não tenho arma porque tenho que supervisionar, sim, tem supervisionamento de estupro. Ao que tudo indica, alguns estupradores pegavam tão pesado — como se o estupro já não fosse pesado — que a vítima tinha vários ferimentos, anais e vaginais, também tinham na garganta, então, eu e mais outro cara temos que conter a ferocidade desses... Demônios, não tenho como chama-los de outro modo.
Já tentei impedir o estupro, o que me levou a uma reunião com Benjamin, só que, aparentemente, ele entendeu que eu era novo no assunto. Algumas meninas precisam ser testadas, moldadas conforme o gosto do cliente. Aprender a satisfazê-lo.
Aprender a satisfazê-los...
Prostitutas e prostitutos existem, alguns, porque gostam. Eles aprendem porque querem, essas meninas e meninos aqui do complexo? Eles são forçados, não dá para aprender algo que eles não querem.
Isso não é entendido aqui dentro e nem será.
Eu poderia morrer para salvar essa pobre garota, mas, e aí? Eu morro e mais estupros ocorrerão. Eu preciso de mais informações, quem compra as meninas, quem é o chefe, onde vivem...
— Já chega! — o cara ao meu lado diz, olhando no relógio. — Tempo esgotado.
Sobre reclamações, soltam a garota e o outro retira o seu... Sangue. A menina era virgem.
Fecho os olhos mais uma vez.
— Cara, você está bem? — o garoto ao meu lado pergunta. — O calor está demais, pode ser desidratação.
Olho para o garoto ao meu lado, encarando seus olhos que realmente, parecem preocupados. Seu nome é Gregory.
O conheci quando cheguei aqui e, devo dizer, ele é irmão de Jesse, pois são idênticos um ao outro. Quando vi Jesse pela primeira vez, fiquei impressionado com a semelhança, agora, posso entender que ambos foram treinados para isso. E, possivelmente, Gregory é como Jesse.
Gregory não parece gostar do que faz, ele é sempre o que para imediatamente o estupro, já trabalhei com um que mesmo quando as coisas pioravam, ele mandava continuar. Foi morto porque a vítima teve ferimentos graves...
Gregory não parece gostar nada desse lugar, mas ele também não fala nada sobre a própria vida.
— É, acho que deve ser isso. — respondo, sem dar muita importância ao assunto.
— Vá dormir, levarei a menina para se limpar. — ele aperta o meu ombro, saindo de perto de mim, indo até a garota e a ajudando a levantar.
Saio do local e subo as escadas, passando pela cozinha e indo até o quarto onde durmo.
Entro no quarto e deito na cama, fechando os olhos e apenas pensando que minha mãe morreu e sofreu tudo isso, agora, eu trabalho quase praticando o crime que a assassinou... Com o criminoso que a assassinou? Já pensei muito nessa hipótese. Yoshida é o cara que pratica os crimes iguais ao que minha mãe foi assassinada. Ela não era envolvida em coisas boas, pode ter conhecido o Yoshida nesse meio.
Fecho os olhos e penso em Karen.
É isso que querem fazer com ela. Estupra-la, vendê-la... Pensam que Karen é uma garotinha indefesa, eles não sabem do que ela é capaz.
Eu preciso sair daqui.
Mas, antes disso, eu tenho que fazer nesse lugar. Tenho que matar, pelo menos, todos que estão aqui dentro, para que, assim, eu tenha a certeza que meus tempos nesse complexo serviram para algo.
Não tenho previsão para o início oficial das postagens!
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(COMPLETO NA AMAZON) Por toda a nossa história - Série Os mafiosos (Livro 6)
ChickLit⚠ É necessário ler os livros anteriores ⚠ Sexto livro da série Os mafiosos. Esse livro conta a história de Karen Bertollini e Alex Castillo. Essa história contém: Violência psicológica e física (incluindo tortura, estupro e mutilação), consumo de dr...