chapter fifty one

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Ao abrir meu olhos senti uma luz branca muito forte, logo tudo melhorou e eu consegui ver o teto branco.

-Filha - mamãe tocou meu braço e eu a encarei.

-Acordou? Dorminhoca - era a voz da doutora Tsunade - Tenho novas notícias para você, felizmente a queda não causou nenhum dano a você e nem ao bebê.

-Bebê? Que bebê? Mãe do que ela tá falando? - me virei confusa pra mamãe que não estava melhor do que eu.

-Deve haver algum engano doutora - disse minha mãe.

-Não há nenhum engano, você não sabia Sakura? - ela me perguntou - Está com um pouco mais de três semanas.

Minha respiração estava lenta, e meu coração parecia que ia saltar do peito. Três semanas? O dia em que Sasuke e eu não usamos camisinha, eu tomei a pílula mas a Quimeo deve ter anulado o efeito da pílula.

-E-eu achei que não fosse possível engravidar a esse ponto - falei.

-Existe uma chance bem pequena mas não é impossível - ela respondeu.

Mamãe e eu estávamos boquiabertas com a possibilidade.

-Mãe - chamei - Eu quero ficar sozinha por favor.

Ela me encarou confusa, mas obedeceu, nós duas sabíamos que a chance daquele bebê nascer eram quase nulas.

Assim que ela saiu, avistei meu celular na cabeceira. Eu o peguei, selecionei um contato, fiquei encarando aquele número, eu deveria falar que estava no hospital? Deveria falar sobre o bebê?.
Parei de pensar e toquei em chamar.

Estava chamando, chamando, chamando. O que ele estaria fazendo?.

Demorou um pouco mas ele atendeu.

-Ahn, oi rosada? - ele disse assim que atendeu, eu ouvi uma risada atrás da linha. Uma risada de mulher, ouvi ele fazer um "Shh". - Aconteceu alguma coisa?

Não podia ser, meus ouvidos estavam me traindo? Era coisa dá minha cabeça.

-Eu preciso que venha até o hospital - falei.

-O quê? Seus pais estão bem? Sua avó? - ele disse um tanto alterado.

-Sasuke só vem por favor - falei - Hospital Central da Cidade.

-Eu tô indo - ele disse e desligou.

Soltei o celular. Ainda processando o que havia acontecido.

...

Levou um tempo até ele chegar. Ouvi batidas na minha porta, e a porta se abriu.

-Saky? - ele disse surpreso - O que significa isso? Por que você tá...- ele se aproximoume encarando mas não terminou a frase.

Eu conseguia sentir o cheiro, o cheiro de perfume feminino.

-Eu tenho câncer - falei.

-Sakura - ele começou a chorar - ME...ME ..ME PERDOA - me abraçou e depois ficou de joelhos.

-Você estava com outra - disse.

-Foi um erro, eu juro não vai mais acontecer - ele disse.

Então era verdade, ele estava com outra mulher. Eu conseguia sentir o gosto das minhas lágrimas.

As máquinas começaram a apitar, a minha visão a embaçar. E eu só conseguia ouvir ele dizendo as mesmas palavras. "Me perdoe, me perdoe, me perdoe".

E então eu apaguei.

[uoıʇɔnpoɹʇuı ɐp ɯıɟ]

[fim da introduction]

betrayed | SasuSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora