Metal Against​ The Clouds (Camren)

Waiting

Início de semana é um saco né? Mas que tal alegrar isso um pouco com mais um capítulo lindíneo? 😘😘😘
______________________________________

Camila

“Lauren...” chamei, mas ela continuava esmurrando um boneco de palha que usavam para treinamento “Amor, para um pouco.” Pedi um tanto aflita.

“Não dá, eu tenho que... Porra!” ela caiu sentada no chão exausta e deitou cobrindo o rosto, já havia treinado o dia inteiro e estava escurecendo.

“Lo.” Agachei ao lado dela, coloquei a bandeja com seu jantar no chão e tirei suas mãos do rosto, ela respirava fundo com os olhos fechados. “Pare um pouco, você tem que descansar.”

“Eu não consigo Camila, eu não consigo!” ela sentou irritada e eu suspirei com pesar.

“Meu amor, você não come, não dorme direito, mal fala alguma coisa.” Acariciei seu rosto, minha voz saiu um pouco trêmula, mesmo eu tentando disfarçar.

“E o que você queria que eu fizesse? Já faz três dias que os rapazes foram buscar ajuda dos Condados e Ducados vizinhos a até agora nada, já devia ter alguma notícia!” foi a frase mais comprida que eu a ouvi dizer em três dias. Escrevi uma carta para Lo e ela assinou com o selo de sua família e enviou Merryn, Duncan e Sam às cidades vizinhas em busca de ajuda para conter os Templários, pelo que Sir Zayn falou depois que melhorou um pouco, foi que os Templários chegaram no meio da madrugada, muito bem preparados e capturaram o máximo de pessoas que conseguiram, então rumaram para um castelo abandonado ao norte, perto das minas de prata do Ducado de Jauregui, e chegando lá fizeram seus prisioneiros de escravos, os que não quiseram trabalhar nas minas foram mortos e uma grande quantidade de prisioneiros foi levada para outro lugar que ele não soube dizer, Lauren tinha esperanças de que sua família estivesse entre eles. Lo até cogitou ir com os rapazes, mas pensou melhor e ficou, pois a presença dela ali trazia um pouco mais de conforto e confiança aos cidadãos do Ducado, além disso, poderia aparecer alguma notícia da família dela, então o jeito era esperar. Esperar. Essa era a nossa palavra de ordem, pelo menos por enquanto.

“Quero que me deixe cuidar de você, assim vai acabar ficando doente!” me aproximei um pouco mais.

“Eu não consigo comer nada Camz, não me desce...” ela juntou as mãos entre as pernas, encostou a testa no meu ombro e soltou o ar com leves espasmos, estava tentando conter o choro. Tive vontade de chorar, eu não aguentava ver a mulher que eu amo nesse estado, era doloroso demais, mesmo assim me contive e engoli seco, se eu fosse forte ela também seria.

“Vem aqui.” A puxei para um abraço e ela não resistiu, precisava disso “Eu sei que está desesperada por notícias da sua família, sei que toda essa situação é muito difícil, mas não vai ajudar se ficar sem comer e exausta, tem que estar preparada para quando os rapazes chegarem com a ajuda.”

“E se eles não chegarem com essa ajuda? Se ninguém quiser nos ajudar Camz?” ela dizia com o rosto na curva do meu pescoço e eu senti a vibração da sua voz trêmula. “E Verônica que não chega com esses recursos!” Vero tinha ido com Lucy levar uma carta que escrevi para Lauren, também com o selo de sua família, para o gerente das minas de ouro, afim de que ele liberasse uma boa quantidade e elas pudessem trazer provisões para os cidadãos do Ducado, os guardas de papai foram as escoltando.

“Eles trarão a ajuda sim, seu Ducado sempre os ajudou quando eles precisaram, você mesma disse isso, deter os Templários é pelo bem de todos, não só de Jauregui. E Vero e Lu chegarão em breve.”

“Isso é tão estranho.” Ela me olhou com as sobrancelhas franzidas.

“O que é estranho?”