2 - A Vida Nunca É Justa

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O jovem estava com a luz do quarto apagada, seus olhos ainda se acostumavam com o breu...

" Nossa esses sonhos me confundem demais " — Benjamin reflite já com seus olhos oceânicos acostumados com a escuridão

Ele vai tateando a parede até encontrar um interruptor, ele o liga e literalmente na velocidade da luz a própria invade expulsando o escuro...

" Na vida a luz sempre vence? Não, ela nem sempre vence " — Benjamin questiona ao observar a ação da energia elétrica

Ele estende suas pernas para encostar os pés ao chão, levantando olha na sua estante a procura de algo, enfia a mão debaixo do travesseiro, retira um livro escrito em japonês, provavelmente um mangá...

No título do mangá estava escrito: Aimane Akuma Na Kanojo O Produce

Ele volta novamente seus olhos a sua estante, entendo sua mão pega um óculos de uma cor carmesim, posiciona o óculos nos seus olhos e abre a porta que o leva para um corredor que por sua vez, tem quatro portas, a do seu quarto, a de um banheiro, a do quarto de seu pais e por fim uma que leva para sala de estar, ao passar pela porta do quarto de seus pais ouve um gemido

— Eu te odeio — A voz vinha de dentro do quarto de seus pais

" Não acredito, já estam brigando de novo " — Benjamin imagina

Ele ignora o gemido e vai em direção a sala de estar, ao chegar lá olha para um antigo relógio de paredes, que marcava 06:23 hs...

— Não é verdade que Mário Quintana estava certo? " O Mais Perigoso Animal Doméstico É O Relógio De Paredes, Já Devorou Três Gerações Da Minha Família " — Benjamin recita a frase do poeta

Ao recitar foi em direção a uma outra porta que o levaria a cozinha... Pegou sua xícara, a sacola de pães, onde estavam misturados pães franceses com pães de banha

Depois de tomar um café da manhã voltou para seu quarto

Iria agora se arrumar para a tortura diária

Entrou no seu quarto, nem percebeu que no quarto de seus pais não havia mais ruídos ou até mesmo gemidos

Abriu seu guarda-roupas vestiu o uniforme, sentou-se na cama para calçar o sapato quando se perdeu do planeta terra...

— Ai minha cabeça, não acredito de novo não — Benjamin levou as mãos a cabeça...

Ele estava em uma casa, parecia européia, ele nunca tinha saído do Brasil, então a casa não fazia sentido algum, era grande com dois andares, o primeiro o térreo e a parte de cima o primeiro andar... Ele se levantou e foi andando tentando entender o que ele fazia ali...

— Jenny por favor cuide da Samantha para mim? — Um homem que tinha por volta de 23 anos avisou do andar de cima
— Tudo bem senhor — Uma mulher de longos cabelos negros estatura pequena, porém aparentava uns 30 anos respondeu com um espanador em mãos

Um homem provavelmente o dono da primeira voz desceu, ele tinha cabelos bem loirinhos, que alguém até poderia dizer que era tinta, e os olhos azuis como o céu do meio-dia, nos braços ele trazia uma pasta negra de um lado e uma pequena do outro, a pequenina também tinha cabelos loiros, e bem longos, os olhos da menina entravam em contradiçãos aos olhos do homem, eram verdes, ela vestia um vestidinho de princesa de cor azul celeste, o homem estava de terno, provavelmente seria alguém importante...

— Papai, olha você — A menina apontou para Benjamin
— Filha ali não tem nada — O homem diz
— Tem papai, você está lá... — A menina olha confusa
— NÃO SAMANTHA NÃO TEM NINGUÉM ALI, APENAS A PORCARIA DA PAREDE! — O homem exclama bravo

Neste momento Benjamin pareceu ter levado uma apunhalada, ele caiu bateu a cabeça e começou a sangrar...

— M...mas pai, você caiu — Samantha diz com cara de choro
— Sam me desculpa mas é que eu estou atrasado — Ele explica mais calmo
— Sr. Benjamin, o seu taxi chegou — Um voz indagou no andar térreo

O homem acelerou o passo com a menina em seus braços, ao chegar no andar térreo entregou a menina para jenny

— Jenny por favor cuide da minha princesa
—  Sim senhor — Jenny falou calma
— Tchau papai — Sam falou jogando um beijo para o pai
— Tchau minha querida, até mais

Sr. Benjamin saiu e fechou a porta atrás de si... Quando Samantha viu seu pai sair avisou Jenny

— Tia, não é justo, papai gritou comigo — Samantha indagou em tom inocente
— Sam, aprenda uma coisa: A Vida Nunca É Justa — Jenny enfatizou a última frase

Enquanto isso Benjamin se contorcia nem ele mesmo sabendo o porque

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