Capitulo I: A Beira da Realidade

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Corro a toda velocidade, a noite escura atrapalha minha visão não tem lua, não tem estrela no céu, não consigo enxergar nada! porem continuo correndo.., batimentos a mais de 100, um ataque do coração pude presenciar , minha mente não acredita no que acabei de ver, minhas pernas tremem, minhas mãos suam frio, é um sentimento que entra em um estado de alerta demonstrado, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo tudo junto, tenho reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor, atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico. Oque estou sentindo e demais para qualquer pessoa, mais continuo a correr, em linha reta, "ele" esta atrás de mim, começo a chorar, minhas lagrimas caem no chão, à noite fria parece não acabar, o medo distorce meu corpo inteiro, vejo uma saída, entro em uma viela escura e suja, um cheiro horrível encontro ao entrar quase insuportável, encosto-me e então "ele" aparece, atrás de um latão enorme de lixo ninguém nas ruas, parece tão deserto, me sinto tão sozinho, penso por um instante em tudo que me aconteceu até chegar aqui.., será esse meu fim? Morrerei assim tão novo, por que minha vida tem que ser desce jeito? Não quero mais enfrentar meu medo, sei que essas são minhas ultimas respirações, respiro fundo, fecho meus olhos, não param de cair lagrimas de meus olhos, sinto um pouco de raiva de mim mesmo, por estar naquele estado, sento e começo chorar de canto, suspirando frio e baixo para não ser descoberto, tendo rezar todas as orações que posso imaginar.

Você acredita que espíritos possam pedir ajuda? Então... Eu caminhava em uma estrada de terra com pouca iluminação, quase ninguém passava por ali, meu carro estava quebrado, havia uma pensão uma casa velha, um pouco afastada da cidade, mais era oque eu poderia pagar com o pouco de dinheiro que me restava das férias, entrei nessa pensão logo encontrei a dona uma velha senhora que se chamava Esmeralda, que vivia triste, me disse que era por que perdeu o marido e mais tarde o filho, ficou com uma casa grande, porém vazia, apenas um quarto além do que escolhi estava fechado, era simples; uma cama, um pequeno abajur, uma escrivaninha, apenas uma janela pequena permitia a pouca entrada da luz do sol, na primeira noite não consegui dormir, talvez por ser um lugar muito estranho e atrapalhava meu sono, mais foi na segunda noite que na verdade era isso mesmo que perturbava meu sono, escutei varias martelada, que parecia vir de um lugar próximo, talvez uma reforma que esmeralda estaria fazendo na casa dos fundos, mais era um horário muito estranho para isso, nas duas noites seguintes não pude parar de perceber que o som ficava cada vez mais próximo, e certa hora em um momento de curiosidade decidi ir lá verificar para ver oque era esse estranho barulho, fui perguntar a esmeralda, se ela chegou a escutar essas batidas, mais a velha senhora me disse que sua adição não a permitia perceber oque pode acontecer a sua volta, eu mesmo achando muito estranho oque acontecia por ali , decidi ter uma noite completa de sono, mais dessa vez o som parecia estar muito perto e vindo de diversas direções, era se como alguém caminhasse e martelasse as paredes, se aproximando sempre o som parecia que agora vinha do quarto ao lado, o único que estava fechado, não era possível que só eu escutasse, assustado eu levantei no meio da noite e fui até o quarto de esmeralda, ela era apenas uma senhora e talvez estivesse até mais assustada que eu, e na porta escuto uma batida ainda mais forte, então a luz se apaga e a escuridão toma conta de tudo, mesmo sem Abrir a porta e não enxergando nada eu chamei por esmeralda, perguntei se estava tudo bem, perguntei sobre aquele estranho barulho, ela me respondeu que sim, porem uma casa velha assim tem sempre seus rangidos, ainda muito assustado eu não voltei ao quarto, me sentei e adormeci ali mesmo no escuro, na manha seguinte acordei com muitas dores no corpo, ao primeiro suspiro, senti um cheiro forte de café que vinha do andar de baixo, após descer as escadas ocupei um sofá de couro que estava muito rasgado, e falei para esmeralda que iria partir a senhora com um olhar triste me pediu que ficasse pelo menos até o fim de semana, pois há tempos ela não tinha ninguém para conversar, eu perguntei então sobre o quarto que estava fechado, e então ela me fala que era de seu falecido filho, e que após a sua morte ela não teve coragem de abri-lo novamente, na noite seguinte resolvi investigar o quarto do filho de esmeralda, caminhei bem silenciosamente, mais ouvindo sempre aquelas mesmas batidas, conforme eu caminhava o som das marteladas, ficava mais próximo, a porta estava destrancada, e a porta abriu facilmente, bastante escuro mais ao lado da cama havia um abajur, o som das batidas estava cada vez mais próximo e perturbador, quando de repente a luz do abajur se acendeu, e na cama havia manchas de sangue, ao mesmo tempo que notava que as marteladas vinham do corredor, senti um cheiro forte vindo do corredor, eu abri e pude perceber que algo estava enrolado em sacos de lixo, um cheiro muito forte vinha de dentro destes sacos e muitas moscas ocupavam o seu superior, e mesmo assustado resolvi abrir a sacola, enquanto ouvia as marteladas cada vez mais alto, como se estivessem vindo até mim, foi quando vi uma coisa assustadora, um corpo morto já podre com o crânio amaçado, vermes saindo das cavidades dos olhos e da boca, no susto acabei jogando tudo no chão, no mesmo momento que me deparo com esmeralda, na porta gritando e chorando, realmente não era para mim ter visto aquilo, com medo, corri descendo as escadas, e ao passar pela recepção percebi que o barulho das marteladas parou, só escutava o choro muito forte de esmeralda , e suas lamentações para o filho por tendo mata-lo cruelmente ela repedia isso constantemente, ainda correndo no jardim, tropeço em um martelo cheio de sangue , levanto e continuo correndo em direção ao meu carro, ao chegar no local em que tudo começou, outro susto meu carro não estava quebrado, mais sim estava normal sem nenhum tipo de aranhão, e no local onde havia vidros pude ver um corpo me olhando friamente, meio que dizendo que não iria me deixar em paz, desesperado e com o corpo ofegante e coração acelerado corri de volta a pensão, e percebi que estava tudo diferente, já não havia mais vida, já não havia mais grama, já não havia mais flores, já não havia nem mesmo um jardim, já não havia placa de "boas vindas", era apenas uma casa abandonada, tomada pelo silencio, subindo as escadas novamente, pude rever o corpo podre do filho da senhora, e no quarto de esmeralda a senhora estendida na cama, como sempre esteve ali, com o corpo já em composição, ao correr para o banheiro, tentei lavar meu rosto, mais já não havia agua, e então me olhei no espelho e percebi, um tipo de espectro atrás de mim, apenas mais um espirito preso aquela casa, assim como esmeralda que aceitava novos viajantes que não aceitara sua morte, olhei para trás podem não vi ninguém, mais uma vez corri naquele corredor sombrio e escuro, a casa parecia estar maior, e quando finalmente voltei ao meu carro, ninguém estava lá, peguei minha mochila, joguei no porta malas, e dirigi o mais rápido que pude, logo a frente depois de algumas horas, cheguei a uma cidade, estava tão deserta quanto a casa que havida passado duas noites, e quando olho pelo retrovisor, mais uma vez pude ver aquele espectro atrás de mim, então sai do carro e corri, durante as ruas e vielas, e não pude deixar de notar um grande pedido de socorro vindo de longe, e me seguindo Perturbada mente, e você? Ouve barulhos estranhos pelas paredes a noite? Você ajudaria um espirito que pede ajuda? Eu estou desesperado nessa viela atrás desse latão de lixo e assim que me encontro neste momento, com frio e com medo a visto mais adiante um homem, me escondo ainda mais na escuridão, Um grande relâmpago iluminou aquela viela, revelando a face assustada de um homem que avançava com rapidez a passos largos. Sem alguma proteção contra as grandes gotas frias que atingiam seu rosto cansado, o homem grisalho, alto e de terno preto, tentava proteger um pequeno enrolado de trapos que levava consigo. Foi quando nos fundos de um armazém, o homem parou com estrépito. Eles chegaram. A chuva continuava a castigar sua face, e descia cada vez mais torrencial. Um balançar de algum tipo de tecido se é ouvido a poucos metros a sua frente. Como se saído das sombras, uma figura negra surge revelando uma imensa capa escura, não pode ver seu rosto, tamanha era o negrume, mas já sabia quem era e o que queria aquela estranha figura. A sombra era alta, e de ombros largos. Saia um leve vapor de onde parecia ser sua face. Mais um relâmpago cortava o céu, e por um momento parecia que a noite tinha se tornado dia, e o homem ali imóvel, podem ver mais daquelas figuras, um pouco menores, que se esgueiravam pelas paredes e eles começaram um tipo de discussão.

- Slogan, onde está a sua cordialidade, não vai cumprimentar seu velho amigo. A voz que saia daquela imensa massa cinzenta, era de uma ressonância estranha, havia um leve sotaque sombrio e perturbador.

- Você! Horn, não posso acreditar, poderia ser qualquer um do nosso antigo escalão, mas você Horn, e o nosso juramento...

- Chega de tolices Logan, eu somente jurei lealdade ao Império, e quem quer que esteja no comando e sou fiel a isso!

- Você bem sabe Horn, que o império está consumido pelas forças da escuridão, nós dois lutamos contra isso, não está lembrado?

A grande figura negra chamada Horn, deu uma risada grotesca, seguida dos outras figuras que agora se postavam atrás do mesmo.

- Velho amigo, você sempre foi patético, e agora esta velho e cansado, pouparei sua vida, se me entregar essa ameaça que leva consigo!

Logan olhou para o embrulho que estava em seus braços e em seguida para seu velho companheiro, que um dia foi um homem digno e leal, mas por causa da ganância pelo poder, acabou deixando que sua alma fosse consumida pela escuridão.

- Então Horn, mate - me, mas não deixarei que leve essa criança, jamais.

No instante em que Logan dissera aquelas palavras, um relâmpago cortou os céus novamente, mais forte do que os outros, e pareceu atingir Logan que voou contra a parede logo atrás e caiu de costas imóvel. Horn aproximou-se lentamente do corpo inerte, e com a mão em forma de garra agarrou o embrulho, logo em seguida jogou-o contra a parede.

- Eu já devia suspeitar... - disse ele baixinho - Dêmons! Gritou ele, como se chamasse alguém.

Imediatamente varias figuras negras se espalharam pela calçada do beco, e uma delas, surgiu em frente à Horn.

- Sim general! Disse a figura com uma capa negra e encapuçada, sua voz era pestilento.

- Logan estava apenas ganhando tempo, nunca esteve com a ameaça, ela deve estar com outro dos guardiões, aqueles traidores, quero que os encontres e os matem, a todos!

O Dêmons hesitou.

- Mas general, as ordens vieram direto da...

- Você está questionando uma ordem minha, faça o que eu estou mandando. Agora! Seu corpo todo acendeu como um fogo vermelho intenso.

Todos os outros Dêmons recuaram, amedrontados.

- Agora mesmo senhor! Disse ele, e junto com os outros mergulhou na escuridão.

Horn ficou parado imóvel, em frente ao corpo inerte e sem vida de Logan deu uma olhada para o lado, quase que me viu, coloquei as duas mãos na boca, pois não pude acreditar no que presenciava aquela noite, deu para perceber que outrora fora seu companheiro de muitas guerras para defender seus princípios. Mas Horn de nada daquilo lembrava no momento, tamanho era a escuridão do seu coração. Pra ele, Logan era somente mais um traidor, como todos os outros que ele estava determinado a eliminar, e um tipo de ameaça.

 A chuva e os relâmpagos ainda rasgavam o céu escuro, quando a grande sombra escura mergulhou na escuridão daquela noite, muito assustado eu acabei desmaiando naquele mesmo lugar, atrás de uma lata de lixo numa viela qualquer e com o meu carro abandonado no meio da estrada, aquela é a mais arrepiante noite de minha vida, apesar de que fatos assim são comuns comigo, eu nunca superei meus medos, nunca consegui mudar nada disso, e a cada noite vivo uma historia de terror.

Vida Macabra Origins: O inicio do Horror,sangue e medoOnde histórias criam vida. Descubra agora