Prometida

O fim (Parte I)

Os melhores momentos da vida os vivemos com quem amamos. - Alguém aí no mundo.

 
     O tempo é campeão em corridas. Em apenas seis meses muita coisa importante aconteceu. Para começo de conversa, dizer minha escolha e  decidi ficar no viralejo e morar com meu pai não agradou em nada minha mãe, que criou um caso e dramatizou tudo, alegando que meu pai queria me tomar dela, amecou vir atras de mim e me levar a força sem falar que ficou três dias inteiros me ligando e tagarelando o quanto eu iria perder em trocar a cidade grande por aquele lugar. Não gostei do tom de despreso que ela usou para falar e por fim, ficou semanas sem falar comigo.
Minha cabeça naqueles dias estava estourando pouco a pouco. Como uma bomba louca pra explodir sem se importar com o alvo.
Se com minha mãe as coisas estavam me deixando nervosa e triste, com meu pai estava pior. Markus parecia até ter aceitado a ideia de que Stevon não era como o pai, Edward. Porém, a ideia de ter ele como genro, já era outro coisa. Atormentar meu namoro era seu melhor passa tempo. E quando soube que eu e minha mãe estávamos brigadas e descobriu o motivo, não deixou a oportunidade passar e tive que ouvi-lo dizer o quanto eu estava sendo má influenciada por Stevon que não ligava pro fato de estar separando mãe e filha, fazendo-a brigar com os pais etc etc...Stevon, que só por Deus me ouviu e não falou nada. Aguentou quieto e até estava evitando ir me ver quando estava na casa de Markus.
Então, só  estávamos nos encontrando no casarão de Kontos, que era outro problema.
Com tudo que havia acontecido, todos até as próprias irmãs ruivas haviam se esquecido que já não tinham mais um guardião legal. Kiel e Anne são órfãs, que tinham como guardião Tio Benjamim, que já não estava mais entre nos.
Kontos então se pôs na frente para obter a guarda de ambas, mesmo que Kiel já estivesse muito perto para completar 18. Isso consumia tempo e estava deixando o pobre Kontos louco, com tantos papéis e sessões para verificar se ele tinha capacidade para cuidar das meninas.
Cassia tentava ajudar,  porém, acabava deixando tudo pior. Não sei o motivo, mais ela e Kontos pareciam se odiar ainda mais. Cass decidiu partir assim que os dois tiveram uma briga feia. Anne que se apegou a Cassia bateu o pé e também brigou com Kontos.
Praticamente estávamos numa onda de brigas. Por toda parte.
Kiel e Maxon eram quase os únicos a estarem em paz e claro, mal paravam em casa. Ambos saiam de dia e voltavam ao escurecer sem dizer nada a ninguém, mas de longe se via que ambos estavam felizes.
  Aínda tinha meus problemas com Stevon...
Nos primeiros dias de namoro, tudo parecia mágico e encantador. Stevon me levava para acampar, fazer piqueniques, íamos comer fora e nossas conversar eram fáceis e divertidas, como se o resto do mundo não importasse. Não existisse.
Mas as coisas começaram a mudar por volta do nosso terceiro mês, com as implicância do meu pai e o resto em nosso volta. Olhe bem, havia decidido ficar pois amava minha nova vida, amava as pessoas que por ali estavam e ve-las brigando por tudo, partindo, com segredinhos, discussões idiotas e problemáticas me deixa louca, queria ajudar! Porém Stevon insistia que eu não deveria me meter e apenas ignorar. Que tudo iria se resolver.

Mas eu não conseguia. Quando cheguei a casa de Kontos, vi Anne e Kiel discutindo, gritavam alto e Kontos que parecia perdido em meio a briga das duas que  se encaravam tanto que  mal notaram minha chegada.

_ Sério Anne! Esperava muito mais compreensão de você. - Kiel dizia andando de um lado pro outro na sala enquanto Anne segurava as lágrimas.

_ E eu, Kiel, esperava que você também compreendesse meu lado...- Ela disse e saiu correndo da sala, passando direto por mim e indo para fora.

Kontos fez pareceu que iria atrás dela, porém continuo parado no meio da sala, próximo ao sofá. Virou-se para Kiel, que respirava fundo atordoada.

_ Meu anjo, eu sei que essa é sua decisão, mas você deveria pens...

_ Kontos vê se não se mete e me deixa em paz! - Kiel gritou. - Você não é meu pai, pare de agir como tal!