As aventuras de Daniela

6ª Parte

Viagens temporais não são algo simples, como ir na feira comprar um pastel, e Dani estava descobrindo isso na prática. 

Ao chegar lá, seu computador de bordo a alertou de sua chegada, o processo da viagem foi como ela mesma descreveu: Uma viagem incrivelmente Psicodélica, todas aquelas coisas que você vê no clipe do sargento pimenta, ela viu cores, aleatoriedades de tons e movimentos, como se fosse paisagem de bordo, ela tinha dentro da porta - luvas da máquina, um item bem prático, toda máquina do tempo deveria ter, um belo e espaçoso porta – luvas, lá continha um tradutor instantâneo de voz e de fala, tudo que ela falava, ele transmitia tudo na linguagem daquele local, e tudo que eles falavam, ela entendia perfeitamente, ela também não precisava se preocupar com combustível, pois a máquina se alimentava de energia solar, como ela soube disso? Ela leu no manual de instruções da máquina, muito prático não? Se as pessoas lessem o manual de instruções das coisas, com certeza se livrariam de muitas enrascadas. 

Mas, quando colocou o seu pé tamanho 37 em terras egípcias, não conseguia segurar sua perplexidade e nem a admiração, por todos os lugares em que sua vista contemplava via apenas riquezas, de um lugar bastante pitoresco à sua volta, o Rio Nilo, a forma com que os egípcios controlavam a vasão do seu tão idolatrado rio, sua agricultura, sua economia, a forma harmonizada como aquelas terras "antigas" funcionavam, ela estava emocionada, e até com alguma "personalidade" antiga, ela fez um tour pelas terras do alto e do baixo Egito, provando das tâmaras, se banhando no Nilo, comendo carne de ganso e outras iguarias de um mundo "novo" de paladares e conhecimento, ela finalmente conhecia um antigo mundo novo, um lugar admirável, sem precisar sair do planeta terra, o que fazia perceber que a Terra não era um lugar tão chato como ela acreditava, o conhecimento brotava do chão, e lhe enchia as entranhas, e foi conhecendo, o reino egípcio dos Ptolomeus teve sua origem na fundação de Alexandria, um centro urbano no que era antes uma aldeia de pescadores. A cidade foi fundada (332 a. C.) pelo conquistador macedônico Alexandre Magno (356-323 a. C.) para ser a principal cidade portuária da Antiguidade.

Ao chegar ao Egito, Alexandre logo tratou de fundar esse novo porto, cujo enorme potencial previu. Batizada como Alexandria, como muitas das outras cidades fundadas pelo conquistador macedônico, essa cidade em breve se tornou uma das maiores de todo o mundo grego. Ela nem sabia por onde começar, admirando o vale das tumbas dos faraós, a antiga esfinge, meio humano, meio animal, nem tão antigo assim, ela simplesmente estava fascinada com tudo aquilo que a cercava, essa viagem tem sido de grande enriquecimento pessoal, tudo relatado ao seu amigo Osvaldo via internet, o que era mais bacana, era ter essa comunicação extra temporal, um sonho se tornando realidade. Diário de bordo O Egito é um país fascinante: a cidade de Alexandria respira ciências e matemática, finalmente encontro NERD'S legítimos, que amam estudar, e não se denominam assim, somente porque leem gibis e assistem desenhos animados, eu adoro essas coisas, mas acho vago se considerar estudioso só por isso, aqui é fascinante, Ptolomeu é o faraó, Deus vivo, e escolheu como capital do Egito, a cidade de Alexandria, e foi em seu governo que ele fundou a biblioteca e o museu. Alexandria é uma cidade efervescente. 

Os Ptolomeus construíram um palácio de mármore com um grande jardim no qual havia fontes e tudo feito do melhor que o homem conhecia nesse tempo! Tudo construído em mármore a que se chamava Museu (μυσειoν). Foi uma inovação do rei Ptolomeu I Sóter e nele se reunia todo o saber da época. O museu tinha uma grande biblioteca. Perto deste edifício erguia-se o templo de Serápis, a nova divindade Greco egípcia. E como sabemos tudo novo é novidade. No centro da cidade encontravam-se a Assembleia, as praças, os mercados, as basílicas, os banhos, os ginásios, os estádios e demais edifícios públicos necessários para os costumes da época...