10.Cal

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"Droga" ela estava fazendo de novo, ele ouviu a conversa deles no ônibus e se sentiu culpado, ele fez com que Tiago garantisse que Jamile e Sofia estivessem ocupadas o suficiente para que ele pudesse se desculpar com Laura por ter confundido os sentimentos dela.

Ele se apaixonar por ela era algo previsível todos estavam sujeito a isso, mas não podia acontecer o contrario, era uma barreira de segurança para todos que ela estivesse longe de qualquer um que ela pudesse manipular tão facilmente como ele, embora não gostasse de admitir ela mexia com todos os sentidos dele e se isso não fosse difícil o suficiente ele ainda tinha que lidar com Jamile que enfim estavam se dando bem.

Cal se recusava a aceitar os sinais, a facilidade que os batimentos dela aceleravam quando ele aparecia, o jeito que ela corava quando ele a flagrava olhando para ele, era algo que ele não poderia considerar, que mesmo cogitar essa hipótese fizesse seu coração esquecer qual o jeito certo de bater.

E lá estava ele, tão perto que podia sentir o perfume de romã dela, tão perto que o cheiro da pele dela o deixava tonto, ela parecia magoada, triste e tão indefesa naquele momento enquanto os dedos acariciavam um livro de titulo o homem invisível.

Ela levantou os olhou e o azul dos olhos dela eram puros e fundos, ela se aproximou um passo com a mão acariciando o próprio pescoço como se ponderasse o que ira fazer e seus dedos macios roçaram o pescoço dele e o fez estremecer, Cal sabia que devia ter saído dali naquele momento, mas seu corpo já não respondia aos seus desejos, cada parte dele queria mais do que era possível naquele momento e em qualquer outro, e antes que ele pudesse se desvencilhar ela pressionou seus lábios contra os dele.

Estava perdido, naquele beijo que pareceu durar uma vida toda, ele puxou ela para mais perto dele preenchendo o espaço entre eles e correspondendo ao beijo urgente dela.

A respiração dela estava entrecorta quando se afastou colocando a mão no peito dele para que ele se afastasse, os lábios de Laura estavam rosados e suas bochechas coradas, ela estava tão linda, tão próxima, tão acessível.

"Merda"

-Esta desculpado !- Ela disse depois de um longo minuto depois daquele beijo, ela o afastou com agilidade e saiu apressada, antes que ele pudesse se recuperar e sair da biblioteca ela já estava na escada rolante onde no final dela Cal pode ver Neylon a aguardando e os olhos dele cheio de ódio cravados em Cal.

-Como as babas tem que alimentar as crianças eu creio que e sua obrigação pagar o meu lanche- Cal ouviu ela dizer quando chegou ao fim da escada e encontrou com ele - Não adianta usar esse olhar assassino pra mim, o seu pai e um grande colaborador da instituição, tenho certeza que você pode pagar algo bem gorduroso- Ela estava sendo sarcástica e divertida, parecia confortável está com ele, mas não parecia haver interesses ali, a pulsação dela foi desacelerando conforme ela entrelaçou o braço no dele estendido e juntos caminhavam para as lojas de alimentação, ate a dele que era pesada foi diminuindo, ter ela ali com ele e em segurança o deixou mais tranquilo.

Cal não conseguia entender como ele podia ser tão imune a ela, Tiago ele sabia que erguia uma barreira em sua mente para repreender tudo que ela causava nele, mas mesmo assim ele percebia o acelerar do coração quando ela chegava, Cal via quando Sofia o puxava para realidade quando ele estava se perdendo, quando ele estremecia por ela esta sentada de costa para ele, Cal via o quanto ele parecia perturbado após cada ronda dele. Mas Neylon parecia ser imune a tudo isso, ele se quer mudava de feição quando ela aparecia, seus batimentos eram sempre normais não importava o quanto ela estivesse próximo.

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A cidade dos vagalumes (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora