Notas do AutorVou confessar uma coisa pra vocês. Saber que Camaustin acabou até me deu inspiração pra continuar escrevendo HAHAHAHA. Apesar dos últimos acontecimentos terem sido meio tensos, não dá pra negar que essa notícia deu um baita alívio pro fandom né? Enfim.
Esse capítulo é um pouco denso, eu procurei deixar bastante claro quais foram as reações de cada uma aos últimos acontecimentos haha.
Leiam e me contem o que acharam! :*Capítulo 10 - Testando Limites
Camila POV.
Eu não havia tido um minuto sequer de sono. A essa hora da manhã, acordada desde o momento em que pisei os pés naquele dormitório, eu deveria estar morta, não é? Com as pálpebras implorando para serem fechadas e meu corpo clamando por descanso. Sim, era exatamente o que deveria estar acontecendo. Se eu não tivesse uma ótima razão pra estar mais desperta do que nunca. As lembranças do que havia acontecido há apenas algumas horas, sem deixarem de atravessar a minha mente nem por um só segundo, tratavam de acender-me e sumir com qualquer tipo de manifestação do meu cansaço físico; a memória daquele beijo colocando-me em alerta absoluto, como se eu tivesse passado a madrugada toda tomando café, energéticos ou seguindo qualquer outro tipo de método para permanecer acordada. Era provável que a minha aparência estivesse lamentável, devido à noite mal dormida. Mas interiormente, eu me sentia mais viva e disposta do que nunca.
Durante toda a noite, me senti divida entre alguns momentos. Ora o fato aparentemente absurdo de eu ter beijado uma mulher me atormentava e me confundia profundamente, visto que eu nunca em toda minha vida havia considerado a possibilidade de me interessar por outra garota. Ora o fato de eu ter beijado uma funcionária do internato me deixava levemente amedrontada, já que as razões pelas quais a monitora havia reagido daquela forma ainda eram desconhecidas por mim e eu pouco sabia sobre o seu caráter ou suas intenções pra me sentir completamente à vontade com aquilo, sem contar que as punições pra qualquer tipo de assédio ou relação entre funcionários e alunos começariam, no mínimo, com uma expulsão. E ora o fato do beijo ter sido estranhamente, irritantemente e absurdamente delicioso me fazia simplesmente esquecer qualquer um dos medos ou tormentos anteriores que eu tinha, deixando-me em um estado engraçado de torpor, quase como se a mera lembrança de sua boca na minha me anestesiasse para qualquer outro tipo de sensação que não fosse a de estar flutuando por fora e queimando por dentro. Nessa repetição eterna de aflições e sentimentos que tomou conta dos meus pensamentos, dormir foi a última coisa que eu pude me lembrar de fazer naquela noite.
Os primeiros raios de sol começavam a tomar conta do quarto, parcialmente iluminando o cômodo por entre as frestas da cortina na janela. Olhei para meu lado esquerdo, onde Dinah dormia feito um anjo, e em seguida para frente, onde Ally enrolava-se entre os cobertores encolhida feito um bebê. Quando voltei ao dormitório na noite anterior, Ally já dormia. Alguns minutos depois, vi Dinah entrar e falseei um sono perfeito, com direito a ronco e tudo mais, para que a garota não resolvesse me questionar sobre o que eu ainda não tinha certeza se gostaria de compartilhar. De qualquer forma, sabia que aquela pergunta chegaria a mim mais cedo ou mais tarde. Por isso, resolvi levantar-me e realizar toda a minha higiene pessoal até que alguma das duas acordasse.
Já que estava com tempo, tomei um banho demorado, deixando que a água quentinha do chuveiro caísse sobre meu corpo por alguns bons minutos, enquanto eu apenas aproveitava a sensação gostosa dos pingos batendo contra minhas costas e escorregando por meus braços, seios, barriga, pernas. Procurei clarear minha mente o máximo que pude, dispersando aqueles pensamentos que insistiam em tomar conta dela. Eu simplesmente não poderia passar o resto do dia lembrando de Lauren ou não conseguiria me concentrar em absolutamente nada durante as aulas. Toda uma noite em claro já havia bastado para aquilo, certo? Pelo menos assim eu esperava.
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O Internato
Teen FictionSinopse: Não havia no país um colégio interno melhor conceituado do que o Internato Jauregui. As famílias, evidentemente poderosas, que, por uma velha tradição, faziam questão de matricularem seus herdeiros lá, dispunham de uma parcela bastante cons...