Capítulo 2 - Lenda

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      Depois de dois dias do ataque, Erick havia terminado mais uma ronda e se encontrava sentado no sofá, olhando para um livro que tinham folhas já gastas pelo uso frequente, porém seus pensamentos não estavam preenchidos pelas palavras impressa...

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      Depois de dois dias do ataque, Erick havia terminado mais uma ronda e se encontrava sentado no sofá, olhando para um livro que tinham folhas já gastas pelo uso frequente, porém seus pensamentos não estavam preenchidos pelas palavras impressas, pois ele as tinha memorizado perfeitamente, de todas as páginas.

O motivo de tamanha concentração eram as recordações que cada página lhe proporcionava, fragmentos de experiências como trechos de um filme que lhe moldavam um pequeno sorriso, mas também faziam com que lágrimas preenchessem o canto dos seus olhos e por fim escorregassem pelo rosto moreno.

Memórias que estavam ligadas a uma pessoa que o fazia ter “o pior dia do ano”. Uma data em que trazia com mais força a dor da perda e que havia eternizado sua mãe como heroína e arrancado a única família de Erick.
Por mais que ele soubesse que sua mãe não concordaria pela forma que o rapaz lidava com sua perda e não se esforçava para superar sua morte, pois havia morrido da forma que sempre desejou: salvando pessoas.

Mesmo que esse pensamento lhe causa-se culpa, não superava a imensa solidão, que parecia ser como pregos cravados cada vez mais fundo e em maior quantidade em seu coração. Ainda mais quando estava em frente seu túmulo.

Imerso na angústia de seus sentimentos o rapaz não notou a presença do seu guardião, que fez questão de se anunciar limpando a garganta, o que fez o guarda esconder rapidamente seu rosto usando o livro, tentando inutilmente esconder as lágrimas e se recompor.

— Eu recebi uma mensagem da ordem. Estão requisitando nossa presença amanhã, no primeiro castelo, o mais cedo possível.

Com sua tentativa de se recompor o jovem demorou algum tempo para processar o que Erwin havia dito. Um chamado ao castelo da ordem não era nada bom, a primeira possibilidade que vinha a mente do guarda era seu pífio desempenho contra o crocodilo, talvez um desligamento rápido da guarda, mas a segunda possibilidade era de precisarem de mais um depoimento à divisão de investigação, como havia feito no dia do ataque.

— Eles falaram qual propósito da minha  visita?

— Não só pediram para você estar lá…
Após transmitir a mensagem, o guardião saiu da sala e Erick esqueceu por completo por aqueles momentos o que o fazia chorar, a curiosidade para saber qual motivo do seu chamado tomou conta de todos os pensamentos do rapaz.

***


Depois de uma noite mal dormida, tanto pelas próprias angústias quanto pela convocação, Erick acordou mais cedo e prontamente se arrumou. Erwin estava ciente da preocupação do rapaz pois não parou, como normalmente fazia no caminho a castelo, para comer as comidas que pareciam mortais até para humanos.

O Grande Castelo ficava no meio da cidade, visível a distância. A medida que eles se aproximavam sua beleza era cada vez mais imponente. Os três edifícios principais – o baixo, o médio e o alto – eram separados por jardim, fossos e torres. Apesar de todos serem feitos com tijolos alaranjados, cada um tinha uma arquitetura diferente, indicando quando e para que foram construídos.

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2020 ⏰

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