Red roses.

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Jimin passa a mão em seu avental, e então pega a bandeja que estava na bancada, olhando o número no papel atentamente, e logo depois, focando seu olhar nas mesas, vendo o número da mesma, andando calmamente até a mesa, segurando firmemente a bandeja.

O menor deixa a bandeja em uma de suas mãos, e então coloca cuidadosamente as xícaras de café na mesa, sorrindo em seguida para os clientes, que o correspondem o sorriso. Jimin sai do local, observando que aquele era um dos últimos casais, afinal, já estava quase na hora de fechar o estabelecimento.

—Minhas costas estão doendo.— Chaerin exclama, fazendo com que Jimin soltasse uma risada, encostando sua cabeça no ombro de sua amiga, suspirando.

—Você parece uma velhinha.— Jimin responde, levando um tapa fraco da mesma em seu braço, fazendo com que o mesmo se afastasse, rindo fraco.

—Meninas, tenho notícias novas.— Minhyuk exclama aparecendo na cozinha, fazendo com que os dois rissem, e então dessem a atenção para a fala do mesmo.

—Eu fodi com o Jooheon.— Ele diz, e então Jimin coloca a mão em frente aos seus lábios, e Chaerin sorri, dando um grito fino.

—Mentira? Ontem?— Chaerin pergunta, fazendo com que o maior assentisse e então a garota abraçasse ele. Jimin continua perplexo, e então solta uma risada logo depois.

—Agora só falta você foder com seu boy, Jimin.— Chaerin diz, e Minhyuk concorda instantaneamente, encarando Jimin, que desvia seu olhar para a porta da cafeteria, vendo um homem.

—Se eu ao menos tivesse um.— Jimin diz, e então os dois riem. —Ei, esperem um pouco, tem alguém ali.— Jimin diz, olhando para seu relógio de pulso, vendo a hora. Eram 08:20PM eles já estavam fechados naquele momento.

Jimin leva suas mãos para o laço que fechava seu avental, puxando um fio, desatando o pequeno nó, e finalmente retirando-o.
O menor permanece apenas com a camisa do uniforme e sua saia avermelhada, andando até a porta observando o homem que estava ali; ele parecia familiar.

Jimin leva suas mãos até a maçaneta, e então abre a porta, olhando para o mesmo, que era dono de cabelos encaracolados e vermelhos, extremamente bonitos.

—Uh, já estamos fechados.— Jimin diz, olhando para o garoto, que assente logo após a frase do menor.

—Sim, não sou um cliente, eu vim fazer uma entrega.— o homem diz, indo até seu carro, pegando um buquê de rosas vermelhas, levando até o menor.

—Conhece algum... oh, não tem um nome aqui, mas acho que a inicial da pessoa que deveria receber é S, e de acordo com a pessoa que enviou, trabalha aqui.— O homem diz, fazendo com que Jimin franzisse o cenho, e antes que pudesse responder, o homem entrega o buquê para o mesmo, logo saindo do local, entrando em seu carro, deixando Jimin parado ali.

—Mas o que...— Jimin diz para si mesmo, com um semblante confuso, pegando a cartinha que estava lá, abrindo-a. Ele precisava saber quem é, afinal.
A carta estava escrita com uma letra cursiva extremamente bonita e desenhada, juntamente com uma caneta de tom preto. Depois de perceber certos detalhes -que ninguém perderia seu tempo percebendo- o menor começa a ler a carta.

"Olá. Hoje mais cedo você havia me dito que nunca havia recebido rosas, não é? Aí estão, Sweetie. Espero que goste das mesmas, e aliás eu escolhi uma a uma para você, acho que você vai gostar, de qualquer forma.
E aliás, ouvi a música que você tinha me dito antes, e por mais que não seja meu estilo, achei legal, a letra é... profunda. É que a gente quer crescer, e quando cresce quer voltar do início, porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido.
Enfim, espero que tenha ficado ao menos um pouco mais feliz com isso, Sweetie.
Até logo.
PS: quando chegar me mande mensagem, quero saber se você chegou bem do trabalho.

- Jeon Jungkook."

Jimin termina de ler a carta, e então sorri, colocando a carta novamente no buquê, e observando as rosas, sentindo o cheiro natural das mesmas, sorrindo. Ele não conseguia desmanchar aquele sorriso de jeito algum, o sorriso que Jungkook conseguiu colocar em seus lábios, com um simples ato.

—O que você tinha dito sobre não ter ninguém?— Chaerin diz atrás do garoto, que leva um pequeno susto, e então solta uma risada.

Naquele dia, Jeon havia feito um ato que não fazia a tempos, e Jimin, sentiu algo que nunca havia sentido antes. Eram dois corações partidos, mas e se... mas e se ao invés de eles tentarem curar o coração partido, eles não aprendem a lidar com os cacos, e deixá-los num cantinho. Afinal, eles poderiam criar um novo coração, e talvez até mesmo em outra forma.
É que a gente quer crescer, e quando cresce quer voltar do início, porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido.

Cigarettes after sex - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora