All we made - 1° temporada

5 ° capítulo - Sinta as batidas

O tempo tem se passado rápido, 2016 tem se passado rápido para ser mais clara. Já estava no meu segundo bimestre e tudo estava fluindo nos conformes. Eu tinha minhas melhores amigas, o Pedro, que era meu novo melhor amigo e estava tudo bem, depois de alguns meses. Guilherme continuou indo a minha casa, mas somente nos momentos em que não estava presente. É, esse foi meu pedido a ele no momento, que não interrompesse minha vida mais uma vez depois daquela situação. Já estava entrando na semana de provas e minha dificuldade na área de exatas só aumentava. As amigas de Pedro, Bruna e Gabriela, se ofereceram pra me ajudar, juntamente com ele. Marcamos de estudarmos a tarde, no colégio mesmo.

Por mais que eu estranhasse, Pedro e Giovanna nem estavam tão próximos quanto no primeiro dia de aula, muito pelo contrário, estavam super afastados. Aquilo me despertou certa curiosidade e me fez procurar por novas respostas.

Julia: Pe, e aquele lance da investida na Giovanna, ainda tá de pé? Depois de uns dias você parou de falar sobre ela comigo, aconteceu alguma coisa?

Pedro: Na verdade não, Julia. Eu só perdi o interesse. -ele respondeu enquanto encarava Giovanna-

Julia: É mesmo? Porque não parece. -eu ri enquanto olhava para a cara dele, todo bobo- Tá babando igual a um cachor...

Pedro: Ei, dá pra você parar de encher o meu saco? Vai se ferrar, Julia. -pegou o material e foi embora-

Julia: Eu disse algo de errado?

O sinal tocou e fomos liberados para casa. Sem muita enrolação, meu dia foi o mesmo de sempre, tirando pela parte de ter ido passear com os cães pela praça. Tomei um açaí e continuei o passeio. A única coisa que "estragou" meu dia, foi encontrar o Guilherme e a Tati no gramado, em altos beijos, pique "cena de novela das 9". Ver aquilo me deu um baita embrulho no estômago, mas só de olhar para os meus animais de estimação, a sensação parou, me fazendo seguir caminho, como se nada tivesse ocorrido ali. Aquilo me fez pensar sobre minha atitude, de não contar o que rolou e não abrir meu coração para o Guilherme. Sou apaixonada por esse garoto desde a minha pré-adolescência e por mais que não sejamos os "melhores amigos do mundo", minha família o considerava como filho de criação. Apesar de pouca e ao mesmo tempo muita intimidade, ele era muito importante pra mim. Porém, aquele momento me fez criar certo repulso da sua pessoa, de não querer mais falar, ou olhar na cara. Calma, isso é temporário, logo essa sensação acaba e tudo volta aos conformes. Enfim, chegando em casa, peguei meu celular e mandei mensagem para as meninas, chamando-as para irmos a praia, no lual que ia acontecer. Ambas responderam que não podiam, pois tinham uma festa de aniversário para ir. Estranho, logo as duas? Dei ombros, me arrumei e peguei um táxi para a praia.

Desconhecido: Oi, percebi que você tá sozinha, é...

Julia: Ah, oi -respondi bem animada- Prazer, eu sou a Julia!

Desconhecido: Eu sou Kevin, prazer!

Julia: É, respondendo a sua primeira frase, eu estou sozinha. Minhas amigas viriam comigo, não sei se conhece, Giovanna Martins e Camila Sant'anna.

Kevin: Conheço por nome, não tenho muita intimidade. Mas aí, se quiser, te ajudo a se enturmar rapidinho. A galera aqui é tranquila em relação a isso, todos são de boa.

Julia: Claro, quero sim! Inclusive ia te pedir ajuda com isso. -rimos e ele me levou ao open bar-

Começamos a beber uns drinks e conversar sobre a festa. Tava tudo muito bom, o clima, ver aquele marzão, sentir as batidas da música, conhecer gente nova, era a melhor coisa do mundo. Acho que fazer amizade com Kevin também, apesar do meu segundo interesse nele. Bebemos muito, rimos mais ainda, até que depois de dançarmos e cantarmos várias músicas que foram exibidas, fomos ao lado de fora da casa de praia, onde tinhamos vista para o mar e a iluminação do calçadão. Estávamos em uma espécie de pier, para ser mais clara.