Pessoas vão embora.
Sem dar tchau, sem se explicar, sem olhar pra trás.
Algumas saem devagar, como um sumiço que você só percebe quando já virou ausência.
Outras arrancam a porta e batem de vez, como se você fosse fácil de deixar.
E você fica ali, com as mãos vazias, tentando entender em que momento deixou de ser necessário.Coisas acabam.
A festa, o sorriso, o amor.
O que era urgente vira passado.
O que parecia infinito desaparece sem fazer barulho.
Você tenta segurar, tenta consertar, tenta não perder.
Mas escapa.
Sempre escapa.Sentimentos mudam.
O que era amor vira memória.
O que era promessa vira silêncio.
O que doía, uma hora não dói mais —
mas até isso te assusta, porque esquecer também é um tipo de morte.Então, não se agarre.
Não finque os pés num chão que pode desabar a qualquer momento.
Não espere que alguém fique porque prometeu que ia ficar.
Promessas não seguram ninguém.
A vida é um vai-e-vem.
E o que fica é o que você constrói quando tudo o que tinha pra ir, já foi.Fique com você.
O resto?
O resto passa.

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Quando o Silêncio Fala
PoetryEram apenas frases aleatórias que escrevi na adolescência e agora se tornaram textos e poemas. Nesse livros escrevo sobre meus pensamentos e sentimentos mais profundos, aqueles que deixei trancados dentro de mim por muito tempo. São apenas desabafos...