Prazer Rebelde

- Capítulo 5 - Histórias de Família

Alice P.O.V.

Eu estava presa no elevador, no escuro, entro em pânico e ainda estou prestes a chorar, até que me jogo nos braços de Matt. O perfume dele invade minhas narinas, era doce, relaxante e único! Me acomodei em seus braços.

"Vai ficar tudo bem ta?"- Matt dizia enquanto fazia carinho na minha cabeça-" Logo virão nos ajudar."

"..."- afirmo com a cabeça.

A escuridão me fazia ter flashes de memórias que eu queria muito esquecer, mas mesmo assim fiz esforço para me manter calma.

"Princesa converse comigo!"- ele diz-" Isso vai fazer com que você de distraia."

"Ok..."- então tento pensar em algo-" Matt há quanto tempo trabalha aqui?"

"Há dois anos!"- ele sorri-" Você tem família aqui?"

"Não.."- respondo meio distante-" sai da minha terra natal para não me lembrar da morte de meus pais, queria mudar de ares, viajar e conhecer o mundo, pessoas novas até mesmo.."

"Até mesmo?"- ele me olha curioso.

"Uma...pessoa especial..."- rio sem graça-" pode rir se quiser, mas nunca namorei na vida, nunca achei ninguém que fosse realmente especial.."

"Eu nunca namorei seriamente"- Matt estica os braços demonstrando preguiça-" porque nunca achei alguém que conseguiria me aturar por muito tempo"

"Não diga isso!"- olho em seus olhos fixamente-" Você é uma pessoa boa e gentil, tenho certeza que a garota que você escolher vai ser a mais sortuda de todas!"

Por estarmos há um tempo no escuro, meus olhos estavam se acostumando e pude perceber que Matt estava com os olhos arregalados, depois desviou o olhar e passou a mão nos cabelos.

"Obrigado..."- ele sussurra.

Matt P.O.V.

Aquela mulher ao meu lado, por algum motivo mexia comigo, ela tem algo que não achei em mulher alguma e ao ouvir que ela não tinha namorado me senti feliz como um adolescente.

"Matt"- Alice me tira do meus pensamentos.

"Fala princesa"

"Quando eu estava na sua casa tinha um quadro com dois meninos e uma mulher, quem são?"- ela me olha curiosa.

"Eu, meu irmão e..."- dou uma pausa-" minha avó."

Alice me olha atentamente esperando que eu continue a falar.

"Meus pais morreram quando eu tinha 6 anos..."- digo-" Desde então minha vó cuidou de mim e do meu irmão."

"Meus pêsames Matt.."- ela pos a mão no meu ombro.

"Está tudo bem.."-dou um sorriso fraco-" eu e meu irmão aprendemos a nos virar, claro que fizemos muitas merdas porque nossa vó não conseguia dar conta de nós dois"

"Entendo.."

" Vivi com meus tios paternos, mas quando consegui um dinheiro organizei tudo para sair da minha cidade."

"De onde é? Você sempre fala da sua cidade, mas nunca diz da onde veio!"- rio.

"Verdade!"- ela ri-" Eu morava no Kansas!"

Meu coração para na hora, aquele nome, algo nele me faz ter um pressentimento ruim.

"Matt?"- Alice me chama.

"Sim?"- volto ao normal.

"Está tudo bem?"- ela pergunta preocupada.

"Sim só...tive um sentimento ruim relaxe.."

"Matt posso perguntar algo meio...estranho?"- Alice me olha estranho.

"Claro princesa!"

"Você acredita em vampiros?"

"Vampiros?"- inclino minha cabeça.

"Sim, sabe? Presas, branquelos.."- ela coloca as mãos na frente do corpo de forma engraçada.

"Esta sua imitação de vampiros é ótima princesa!"- rio.

"Ei!"- ela me da um tapa no braço e ri-" responda a pergunta!"

"Não sei ao certo, por quê?"

"Nada...só curiosidade.."- ela desvia o olhar.

Então as luzes do elevador se acendem e ele volta a funcionar, Alice eu estávamos abraçados o tempo todo, mas havíamos esquecido por causa da conversa e quando as luzes acenderam nos soltamos sem graça. Durante e depois do almoço tudo correu normalmente, falamos mais sobre nossos gostos, rimos, fizemos nosso trabalho, provavelmente vamos terminar antes do marcado.

Era fim do expediente, me despedi das meninas e fui para casa. Sinto que algo de ruim vai acontecer, principalmente porque hoje é noite de lua cheia. Estacionei minha moto, quando fui abrir a porta ela já estava aberta.

"Tenho visita.."-penso sarcasticamente.

Entrei cautelosamente e acendi a luz da sala, estava do mesmo jeito que eu deixei antes de sair menos por uma coisa, alguém no meu sofá. Parecia uma sombra, podia vê-lo, mas não sentia sua presença, ele sempre foi muito bom nisso.

"O que faz aqui?"- pergunto para o homem sentado em meu sofá-" Já disse que não vou voltar!"

Ele deu um sorriso, mostrando levemente suas presas e seus olhos de escarlate, em uma parte de sua pele a mostra dava para ver sua tatuagem de caveira.

"Isso é jeito de me receber? Depois de tantos anos sem me ver"- ele dá uma pausa-" meu irmão."

Então aquele era o meu mal pressentimento, depois de tantos anos conseguindo escapar ele conseguiu me achar.

"O que você quer?"- pergunto com o corpo rígido.

"Só botar o papo em dia com membro da família!"- ele sorri.

"Estou escutando..."