Me chamo Vitória Estrada e nesse momento estou terminando de arrumar as minhas malas para ir embora com os meus avós que ficaram com a minha guarda após meus pais terem morrido na queda do avião que os levavam para Roraima.
-Estou pronta. -falei descendo as escadas com as malas nas mãos.
-Então...vamos querida? -perguntou meu avô me ajudando com as malas e eu apenas dei um aceno com a cabeça confirmando.
-Como você está minha menina? -minha avó pergunta me dando um abraço acolhedor.
-Indo. -respondi com a cabeça baixa.
Entramos no carro e seguimos estrada rumo a Varenna, a cidade mistério como dizia a minha mãe. -sorri com esse pensamento.
Ao chegar, fui para o mesmo quarto que eu sempre ficava quando vinha visitar meus avós.
-Não mudou nada. -murmurei observando o quarto no qual eu não via a 5 anos. Mas parei assim que olhei pela janela que me dava a visão da mais bela e misteriosa floresta, sempre tive a impressão de que tinha alguém me observando de lá de dentro.
-Está tudo como você deixou! -disse minha avó entrando no quarto e indo em direção a uma comuda que havia encostada em uma parede. - menos os sues desenhos que estavam na parede, com a janela aberta, ventou bastante e tirou todos do lugar, então os guardei. - disse entregando-me um caixa de papelão.
Abri a caixa e minha atenção foi levada diretamente para um colar que havia sobre os papeis.
-Que colar é esse vó? -perguntei ainda sem tira os olhos do pingente roxo que com a luz do sol brilhava.
-Eu não sei, encontrei semana passada aqui enquanto arrumava o quarto para a sua chegada. -disse ela dando de ombros.
Vendo que eu não tirava os olhos do tal colar ofereceu:
-Quer que eu o ponha em você?-ela perguntou e eu a olho pois o colar não era meu -Eu o encontrei nas coisas do seu quarto, ninguém sabe quem é o dono, ninguém deu falta e foi encontrado na minha casa a cinco anos. é seu. - afirmou ela enquanto ponhava o colar em mim.
-Obrigada vó. -disse enquanto ela abria um sorriso para mim.
-E tem esse desenho que vocêfez. - pegou um dos papeis da caixa e me deu. - Se eu não tivesse visto com esses meus olhos, eu não acreditaria que uma menininha daquele tamanho o tinha feito.
Olhei para aquele desenho e meu coração perdeu uma batida, eu tomei um susto pois o mesmo que estava no papel é aquele que me assombra os sonhos.
- Quando você o fez parecia estar em traze pois eu te chamava e parecia não escutar, eu continuei a chamar até que terminaste o desenho e finalmente me desse ouvido. -disse minha avó com um semblante sério e confuso.
Após a conversa desemos para o jantar que Greta a irmã do meu avô havia feito.
Estavam todos na mesa em um completo silencio até Greta puxar assunto:
-Eu já a matriculei no colégio, menina Vitória.
-Só tem um colégio aqui nessa cidade não é, Greta? -perguntei.
-Sim, o colégio Gatlin. -Responde a mesma.
-Você vai gostar de lá. Aqui pode ser uma cidade praticamente isolada, mas o ensino é muito bom e não tem aquela movimentação toda da cidade. -disse meu avô tentando me animar com a nova escola.
-Talvez sim...-disse voltando a comer.
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Ele me espera!
RomanceVitória Estrada, uma menina linda, doce e gentil, tem 16 anos, vai morar com os avos após um acidente horrível que matou seus pais. La na casa de seus avos Vitória se depara com uma floresta assustadora que da de frente a janela de seu quarto a onde...