12. Trabalho Em Equipe / A Revelação

389 41 12
                                    

Pov HOLLAND

- Achei o garoto. Ele está no andar D, no Palácio da Justiça. Está fortemente armado e bem vigiado. É isso, amiga. Essas são todas as informações que eu tenho.

- Obrigada, Crystal.

- Boa sorte.

Desligo o fone, obtendo a confirmação da Crystal.

Estou escondida dentro de uma van, que roubei mais cedo.

Continuo atenta à câmera na testa do Dylan, enquanto o Dylan anda pelos esgotos, para se infiltrar no Palácio da Justiça, do outro lado da rua.

- Dylan, está me ouvindo ? - Pergunto, atenta à câmera.

- Em alto e bom som.

- A Crystal confirmou: o garoto está aí mesmo.

- Você confia nessa garota ?

- Sim, eu confio. - Fico incomodada. - Você é quem desconfia de todos.

- Esse é o meu trabalho. O nosso, aliás.

- Continua seguindo em frente, e vira à esquerda. - Falo, vendo a planta dos esgotos.

- Pode deixar. Estou adorando rastejar entre a merda dos outros.

- É o único jeito.

- É, é, eu sei. Eu preferia invadir aquele lugar à moda antiga, mas ...

- Mas o meu plano é muito melhor, eu sei.

- Eu não diria melhor, né. Quem tem que aturar esse fedor aqui sou eu.

Olho para as câmeras de dentro do Palácio da Justiça, que estava cheio de seguranças, muitos só vigiando o garoto, dentro da cela.

Entregamos o garoto pros nossos chefes, e Dylan e eu teremos a nossa vida de volta.

- Amor, temos um problema. - Escuto a voz do Dylan.

- O que foi ? - Olho direto pra tela.

- Não tem esquerda.

- Como assim ? A planta dos esgotos mostra que tem uma esquerda.

- Pois é. A sua planta dos esgotos deve estar errada, porque não tem esquerda. Eu posso ir pra frente ou voltar de onde eu vim. Não tem esquerda.

- Fica aí, e espera o meu sinal. - Digito furiosamente no computador, enquanto o Dylan me ignora e começa a seguir em frente. - Dylan, espera o meu sinal !

A planta só pode estar errada.

Droga, gosto de tudo planejado.

Odeio contratempos.

E o Dylan já está fazendo o que ele sempre faz: improvisando.

- Já entrei na prisão.

- Dylan, não. Nós vamos ter que abortar.

- Não vamos abortar, eu já estou aqui.

- Temos que abortar !

- Escuta. Apaga a luz do presídio inteiro, quando eu der o sinal.

- Dylan, volta pra cá !

- Apaga a luz quando eu der o sinal ... Agora ! Vai, agora !

Reviro os olhos e corto a eletricidade do presídio.

Vejo pela câmera toda a carnificina que o Dylan faz.

Ele chuta a porta e vai nocauteando e atirando em vários guardas.

Sr. & Sra. O'BrienOnde histórias criam vida. Descubra agora