Sobre a pressa inexistente

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Estava sentado ali, de costas pra mim, de frente pra Candelária. Mais cabelos brancos despontavam da negrura do coque, hermeticamente amarrado. Me demorei, olhando pras suas costas largas. Pensei em todas as vezes em que me imaginei correndo pros seus braços; e agora, eu ando calmamente ao seu encontro. Nada me dá pressa ou ansiedade. Eu não quero perder nenhum detalhe. Entre nós não existe perder.

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