80- O tempo

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Você pensou que ia me esquecer nos braços de outro alguém
Mas outro maloqueiro não vai fazer como eu fiz
Pensou que ia me esquecer assim
Da noite pro dia, em tudo dar um fim

♥♥♥

Já se passou muito tempo, queria dizer que muitas coisas aconteceram, mas não. Falo com o pessoal uma vez na semana ou nem isso. Ele? Não sei, ninguém sabe, não queria nem pensar nisso, mais é inevitável. As crianças estão bem, juh animada como sempre, vive correndo pelos cantos e isso significa muitos joelhos ralados. Ryque está  bem, meu bebê está até quase andando já.

Onde eu estou? Bom meus país tinha uma casa na praia, a gente sempre vinha aqui. E é incrível como o Miguel ainda não veio me procurar aqui ou Respeito minha decisão.

- MÃE!- escurto Júlia grita. Corro feito louca até a sala e encontro Ryque chorando e juh sem saber o que fazer. - Ele queria sair aí...

- Tá tudo bem meu amor- falo pegando ele, não demora muito e ele fica quietinho. - o que aconteceu? - Pergunto.

- Ele viu... Um gatinho- diz. A encaro- aí ele queria ir atrás sabe... Vou beber água- ela sair. Ela tem que aprender a mentir direito... Não, não tem. Rir.

Juh foi brinca em frente de casa, enquanto eu dava mamadeira a o meu menino, lógico que eu não tirava o olho dela né. Ryque dormiu.

- Juh não sai daí, vou colocar o ryque na cama- ela só balança a cabeça entendida.

Quem disse que ele fico quieto. Só depois de uns minutos ele se aquietou. Ia voltando até onde a juh tava, mais escutei um barulho na cozinha e fui dar uma olhadinha.

- Cara essa casa é mal assombrada só pode- falo rindo com medo. Não era nada ou eu não vir nada, as duas coisas. Affs. Volto até onde a Júlia está e ela estava falando com um homem, que estava de terno? - posso ajudar?- Pergunto me aproximando.

- Esse homem estava atrás do papai- juh diz o homem fica pálido.

- Acho que ela não ia falar né- falo- o que você quer?

- Ela é esperta, parabéns! - diz.

- juh vai ver como o Ryque está- ela vai - falar!

- só queria informações sobre o seu marido- diz.- ele está sumido- novidade. Reviro os olhos.

- o que você quer com o meu marido?

- É negócios, passa bem- diz e sair.

•••

~ ligação~ on~

- o que ele queria?- Miguel.

- Ele disse que era negócios- falo- ele estava de terno, cara o que é isso?

- e eu lá sei- diz. Nervoso- Você não diz onde merda está pow, nmrl

- eu sei me cuidar, oh só liguei pra isso tá, fica bem

~ Ligação~ of~

Eu sei me cuidar. Ok que eu estou com duas crianças e só. Mais eu estou tão bem com elas que... Não tão bem, digo,  sem essas coisas, não quero isso pra meus filhos. Mais parece que até aqui tem isso.

•••

Já se passava da onze. As crianças dormia e eu? Nada. To com sono mais não quero dormir. Que loco. Fiquei na rede social. Postei uma foto antiga já.

Sinto falta sabe. Não só dele, do pessoal, da adrenalina que era. Eu sei que era perigoso, mas era divertido. Só que algo mudou em mim, as crianças. Não posso ficar me arriscando. Mas que eu sinto falta eu sinto.

Me alevantei do sofá e fui até o escritório. Até a mesa. Abri uma gaveta que eu deixava trancada por causa das crianças. E tirei a arma de lá. Minha bebezinha. Não podia vir desarmada né.

Voltei por sofá e fiquei com ela. E minha mente invadido por vários fresh. Minhas aventuras com ele. Perigo. O dia em que o morro foi meu.

" Dona da porra toda"

O dia que eu fui pedida em casamento. O baile. O meu primeiro baile. Sorrir. Ele me levou carregada só porque o B3 me deu um beijo. O nosso beijo. E eu achando que tinha sido burrada. Aquele ogro.

Me assusto com um barulho na cozinha. De novo. To quase acreditando em fantasma. Me alevantei com a arma na mão. Se não for nada, bom, não custa nada tá ligada. Tava tudo escuro. Um copo caiu. Meu Deus. A arma caiu e não teve como não grita. Ou quase já que meu grito foi abafado.

- Fechar a matraca- diz com a mão na minha boca. Mas logo em seguida soltando. Coloco a mão no peito.

- Assustei a Patricinha foi- diz ele.

- JR- susurro.

- Oi morena - Fala

- Seu ogro, eu me assustei, você sumiu, Idiota, como pode fazer isso comigo, eu pensei que você tinha morrido, os seus filhos, você não sabe o que eu passei, seu Gasparzinho- falo batendo nele

- Tô bem vivo tá- rir

- JR... Desgraçado.- falo tento bater em seu rosto mas ele segura minha mão.

- Shiii- diz próximo de mim- Oh morena- diz. Logo em seguida sinto sua boca colada a minha.

Eu quis esse beijo. Do mesmo jeito que quis o nosso primeiro beijo. Eu o amodeio. Amo mais. Não tô acreditando o que está acontecendo. O ar né...

- Como? O que?

- Eu vou conta tudo- diz enxugando as lágrimas que eu nem sabia que caia.

- Lógico que vai, seu ogro.

•••

VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora