Dia 4 - Inventar

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Inventar uma coisa nova para fazer é mais fácil do que parece, a variedade de opções é imensa. Na dúvida comece várias e vá eliminando o que você não gostar tanto. Eu mesmo comecei uma muito divertida esses dias, desenhar. Claro que as habilidades relacionadas as artes dependem em alguma medida do talento, porém falta de talento não é desculpa suficiente para você não se divertir fazendo algo novo.

Eu era um tipo de aluno problemático, eu até que me virava em humanas e exatas, mas sempre sofria muito para conseguir passar raspando em Educação Artística. Fazer recorte e cole era algo horrível, uma experiência verdadeiramente traumática, meus cartazes eram horríveis! No entanto, o que mais me incomodava era que eu não conseguia passar para o material as ideias que tinha na cabeça. Eram boas ideias, sem capacidade técnica de serem produzidas, levando a frustração e ao bloqueio nessa atividade.

Muitos anos de experiência e alguns cursos de arte depois, aproveito essas ideias com mais qualidade. Claro que o material a que tenho acesso hoje é muito melhor do que tinha na época. Me permito alguns prazeres materiaisusando papel de maior gramatura e fazendo meu acabamento com canetas japonesas. Porém, a confiança de que com alguma insistência e suor vai sair algo no mínimo divertido permitem que minha criatividade possa se expandir livremente.

Outro fator importante é que hoje o repertório de imagens e sentimentos que tenho para abordar são muito maiores, são milhares do rostos, vestidos, ternos e lugares vistos. Bem como centenas de momentos gravados na memória, lembranças que se pudessem ser organizadas por tags seriam completamente loucas. Quem não tem uma história que mistura tensão, expectativa, realização, orgulho alegria? Por vezes algo que você só percebe pelo canto do olho vem a tona no papel, assim como as referências que te influenciam mesmo que você não de conta delas.

Expressar-se por desenhos, fotos, vídeos, pela música, palavra ou oração. Saber colocar para fora é ao mesmo tempo um ato egoísta, de trabalhar seu interior expondo-se ao mundo, e um ato altruísta, pois o melhor que você tem a oferecer ao mundo é você mesmo. Me escondo por medo, vergonha e timidez, mas invariavelmente acabo me exponho. Afinal, sou o melhor que tenho a oferecer. 

100 dias para mudar uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora