3 - ELEMENTOS

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Pietro levava Hazel para uma caverna próxima a um lago congelado e uma floresta de árvores lilás, por causa da cor da neve. O interior da caverna era bem frio e cheio de desenhos de animais que provavelmente foram feitos com sangue e tintas de frutas batidas. Hazel passava a mão sobre os desenhos e admirava eles.

- Por que tem animais nos desenhos? Não vejo nenhuma pessoa.

- Ah, esqueci de dizer. Elas estão sendo representadas pelo seu espírito interior. Cada uma das pessoas aqui tem um espírito animal dentro de si, algumas conseguem despertá-los, mas outras nem mesmo o sentem.

- Hm... - Hazel continuava vendo os desenhos, mas estava focada em apenas um agora. - Qual animal você é?

- Eu? Eu sou um tigre-da-neve. Mas só o sinto às vezes. Não controlo o seu poder. Existe pessoas que podem controlar o animal e o poder do seu Reino.

- Qual é o meu animal?

- Isso você vai ter que descobrir sozinha, mas o seu elemento eu posso te ajudar.

- Hm... Existe algum espírito raro?

- Há lendas de dois espíritos muito raros e atualmente só tiveram duas pessoas com eles.

- Que animais são?

- Ambos são lobos.

- Como? Não existe espíritos lobos além desses dois?

- Não, eles são os únicos.

- Conte me mais - Hazel encarava Pietro.

- Eu não sei muito, mas tem alguém que pode te dizer.

- Tipo alguém normal como um bibliotecário? Ou um sobrenatural como um vidente?

- Isso não é sobrenatural, não totalmente. E sobre a sua pergunta, acho que um pouco dos dois.

- Ele pode me ajudar a descobrir o meu elemento?

- O elemento? sim, já o animal? não.

***

As ruas do Primeiro Reino são cobertas de neve lilás. As casas do lugar são todas com uma madeira que parece ser velha mas tem um tom moderno ao mesmo tempo. As pessoas de lá não pareciam estar notando Hazel, elas apenas cuidavam da vida dela e do seu espaço.

- Por que tudo é lilás?

- Porque é a cor do nosso Reino.

- Ah... E qual é a cor dos outros Reinos?

- Vermelho o do fogo, verde o da natureza e branco o do céu.

- Entendi, acho que é meio óbvio.

Eles ficaram uns dez minutos andando até que pararam em frente a uma casa de dois andares que aparentava ser mais velha que as demais do local. A porta rangeu e abriu um pouco, Hazel deu uns quatro passos para trás com muita rapidez e então caiu na neve. Ela estava com uma expressão assustada.

- Que diabos é isso?! Chega, não entro aí nem que me paguem! A porta abriu sozinha! I-igual aos filmes de terror!

- Senhores, você é muito medrosa! - Pietro falou segurando a risada. - Claro que a porta não abriu sozinha.

Logo quando Pietro fechou a boca uma sombra apareceu espreitando a porta. Era um pouco maior que Pietro e aparentava ser uma figura masculina.

HONSHU - O RenascerOnde histórias criam vida. Descubra agora