Consequências de SETEALEM

242 17 8
                                    

Parei o carro na frente do prédio, peguei o corpo de Katie e entrei.

Ao contrário de quando chegamos, o prédio estava cheio de gente, todas de olhos negros. Elas não pareciam assustadas ao me ver carregando um corpo, acho que para eles aquilo era normal.

Fui caminhando lentamente, apertei o botão do elevador e esperei ele chegar. Ele chegou e quando estava entrando fui surpreendido por uma pancada na cabeça que me faz cair.

Era o amigo de Michael, aquele que estava dirigindo o carro quando fugimos da prisão. Parecia que ele queria vingança. Ele veio pra cima de mim tentando me matar mas eu acerto ele com um chute no peito que faz ele cair para fora do elevador
Ele volta e me acerta na cabeça me fazendo ficar tonto, ele coloca uma arma em minhas mãos e então eu apaguei de vez.

Quando acordei estava na cama de um hospital, minha mãe estava do meu lado. Então perguntei.

- Onde estou? Onde está Katie?

No mesmo momento entra dois policiais e um deles diz.

- Que bom que acordou. Você está no hospital. E logo que sair irá para a cadeia acusado pelo assassinato de Katie Collins.

- Mas eu não matei Katie, foi um psicopata chamado Michael, ele a matou. Matou enquanto estávamos em SETEALEM. Porque acham que fiz isso? Eu falei assustado.

- você e Katie foram encontrados no elevador de seu prédio. Ela estava com um tiro na cabeça e você com a arma do crime em suas mãos. As únicas digitais encontradas na arma foram a suas. Você também está com machucados, provavelmente causados por Katie ao tentar se defender. Respondeu ele.

Eu tentei explicar para eles o que realmente havia ocorrido mas eles obviamente não acreditaram. Achavam que eu estava falando aquilo porque estava drogado graças a grande quantidade daquela substância que eles usavam pra me apagar durante os desafios.

Eu tive que passar por um tribunal pra me darem a pena que eu deveria cumprir. Eu sempre contava a mesma história mas eles nunca acreditavam em mim.

Eu passei por testes psicológicos e vários outros métodos para ver se eu estava louco, mas os exames mostravam que não estava.

Porém todos esses resultados não me ajudaram. Peguei prisão perpétua, passaria o resto da minha vida atrás de grades.

Nesse exato momento estou sentado no canto de minha cela. Junto dos meus grandes amigos: um lápis, um caderno. Tenho escrito nele tudo o que ocorreu em SETEALEM. Provavelmente que  ninguém nunca vai ler isso.

As lembranças daquele tempo que passei por lá ainda me assombra, assim como a voz de Katie ainda está em minha cabeça. Eu tinha uma foto nossa, que eu olhava toda vez antes de dormir, mas um guarda a rasgou e jogou fora dizendo que eu não era digno de ter tido ela.

É pelo jeito acabei de contar minha história. Não tenho mais o que escrever nesse velho caderno.

O que me resta agora?
Esperar a liberdade chegar através da minha morte.

Ass: David Morris

SETEALEMOnde histórias criam vida. Descubra agora