Quando eu comecei a me acostumar com aquela dor, algo pior apareceu! A minha mãe dizia muito sobre querer se mudar. Todos os meus dias eu acordava sabendo que um dia eu não estaria mais lá, aonde eu morava.
Ver aquelas pessoas que você ama e saber que um dia você não poderá mais respirar o ar da onde você nasceu, é como recomeçar tudo do zero.. E eu até cheguei em um instante, em acreditar que tudo o que ela me falava era mentira, eu queria muito viver aquela ilusão e transforma-la em algo real, mas a cada dia ela confirmava que iria embora. E o que uma criança poderia fazer? exatamente nada, eu não tinha sequer o privilégio de expor os meus sentimentos e as minhas opiniões.
Eu dizia aos meus melhores amigos que eu iria embora, e o que todos faziam era o mesmo que eu, apenas não acreditava e fugia..
E os dias se passavam, a minha aflição aumentava, o meu humor sempre oscilava, eu simplesmente comecei a sentir angústia e uma raiva constante. Eu dormia pensando como seria a minha vida sem os meus amigos e sem o garotinho que eu gostava ( mesmo sendo criança), inclusive, o que eu pensava
"Mas já não bastava ter levado o meu pai, para longe de mim.. "A partir daquele instante, o meu cérebro virou uma máquina de pensamentos em que eu não conseguia mais controlar.
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Ansiedade de mim
Non-FictionOs sentimentos nos torturam quando não são estudados por nós mesmos. Enquanto não queremos nadar em quem somos iremos se afogar. Não se conhecemos de verdade até procurar a nossa verdadeira essência.. E ainda amar quem somos. Estar doente, não no m...