Capitulo 1 - A lei

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- Por favor... Tenha piedade...

- Piedade... Irei ter - Digo cortando, com um único golpe, sua garganta fazendo o sangue correr fora de suas veias - Mas não hoje... 

Enquanto o sangue de cor rubra percorre seu corpo, reparo na lâmina coberta pelo sangue impuro de um assassino... 

- Um assassino matando outro assassino, que irônico.

O corpo do homem faz um som ao encostar no chão, um tanto incômodo. O homem sem nome nunca me fez algo de mal, não tenho nada contra ele... Mas ordens são ordens. 

- Mais uma alma para eu carregar.

Olho para fio de minha espada, repleto de sangue ao embainha-la novamente... Cada dia que passa odeio esse pecado, mas não da pra escapar agora. 

Rapidamente coloco o corpo dentro de uma caixa vazia, empurrando ela para dentro de uma trilha na floresta, marcando um X no chão logo em seu inicio.


Retornando a minha guilda, levo-me ao mestre anunciando o fim de minha missão. Entro em sua sala, lotada de seguranças contratados para sua proteção pois: quando se trabalha com assassinos, nada custa proteger a própria cabeça. 

Me ajoelho perante meu lorde, fazendo as devidas reverências. Digo que pus fim a missão que me foi incumbida, porém pergunto qual a necessidade da morte daquele homem.

- Um assassino nunca faz perguntas, apenas cumpre o que lhe foi designado... A morte de quem for... Sendo a lei: um corte, uma morte.

Somos asssassinos, agentes da escuridão. Cada um possui sua tática e sua lei ao qual é decidida pelo chefe e deve ser seguida a todo custo e se não for haveria sérias consequencias.

Como decidido: parte do dinheiro que o homem possuia é meu, sendo o restante para a organização. O conselho do meu chefe repercute em minha mente conforme me afasto da sala principal, até que ouço meu senhor gritando de seu trono: 

- Mande-o para o Açougue! - Essa ordem era acompanhada por lamúrios e uma forte onda de desespero, pois todos ali sabiam o que isto significava. 

O Açougue era uma sala em que até o ar parece se negar a entrar, a própria existência daquele local era uma negação. Uma sala de dor, uma sala de choro... O Açougue é o comodo do palacio de nível mais baixo, assemelhando-sa a uma sala de tortura.. O que não deixava de ser. Eram mandados para lá os assassinos que não tiveram êxito em completar a sua respectiva lei, sendo torturados, mutilados e logo após mandados para o próximo serviço.

Os gritos desesperados do meu amigo percorrem pelos andares até chegar em meus ouvidos, gelando todos os que estão na sala principal. 

- Esse é a penalidade das leis: sigam a sua lei ou terão esse mesmo destino. 



A Mansão dos assassinosOnde histórias criam vida. Descubra agora