fim

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— O coelho está na toca, Harry.

— Numa caixa, você quis dizer.

— Não, ele ficou no meu quarto fechado. Tenho medo de perdê-lo no apartamento, mas também não gosto da ideia de prendê-lo numa caixa. É cruel.

— Cuidado, não pise nele ou abra a porta quando ele estiver atrás. Isso seria cruel. Nunca te daria outro coelho.

— Não diga isso tão alto, ele pode te ouvir. O que está fazendo?

Tentando fazer o jantar.

— Faz um tempo que não cozinha, huh? Desde que terminou a faculdade?

— Quase, eu fiz o jantar quando fui para casa, no ano passado.

— Casa?

— Holmes.

Aqui é minha casa.

— Aqui? Esse apartamento?

— É, com você.

— E o coelho?

— Claro, o nome dele é esse. Coelho.

— Eu fui um intermédio, a ponte que levou ele até você. Ele é seu. Vai levá-lo para Los Angeles ou ele fica comigo?

— Ir sem você?

— Não é isso que vai fazer por meio mês? Não, não me olhe assim.

— Olhar como?

— Eu nem sei o que significa esse olhar, Louis. E agora o que está fazendo?

— Tocando o seu rosto.

— Por que?

— Isso, feche os olhos, curly. Você quer que eu vá?

— Seria egoísta opinar sobre isso.

— Eu não vou.

— O que? Por que?

— Desfiz meus planos.

— Hum. Desfez, é?

— Isso, eu acabei de dizer.

— E Stanley sabe?

— Você pode sorrir, bobo, é como se fosse explodir a qualquer segundo. Suas bochechas ficaram tão vermelhas agora, sabia?

Stanley sabe?

— Sim, nós conversamos. Concordamos que eu não poderia dá-lo uma chance. Então não, você não precisa sentir tanto a minha falta.

— Eu não-

— Não precisa implorar para que eu fique.

— Idiota. Ainda- Louis, estamos conversando aqui. Nós podemos fazer as duas coisas?

— Sim. Quer passar o Natal comigo, rabugento?

— Se eu tivesse outras opções...Louis, vocês mordeu! Por que me mordeu?! Estava dizendo que eu escolheria passar o natal com você, mesmo que essa não fosse a única opção.

— De verdade?

— De verdade.

— Bem, agora você vai aprender a falar um pouco mais rápido.

— Sem graça, doeu. Não adianta me beijar aí, nem aí...Okay, talvez funcione se fizer novamente.

— Seus lábios? Gosta quando eu te beijo? Me deixe fazer outra vez, curly. Tem vergonha?

— Você é terrível.

— Peguei a ofensa, mas tenho certeza que não é sobre os beijos...E você acabou de me dar um. Agora se prepare, vai ficar sem fôlego.

— De que jeito?

— Do melhor possível.

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