capítulo extra

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— Louis, olhe para mim. (pede calmamente) Um segundo, apenas. (insiste) Você está bem?

— Sim. (seco)

— Não (pausa cautelosa) parece bem.

— Isso é porque eu me sinto muito (enfatiza, sorrindo forçado) bem.

— É natal, sabia?

— Me surpreendo que saiba. (sorrindo ainda mais falso) Parabéns.

— Olha, você não pode ficar assim o dia todo. (suspirando, afetado) Se isso é pelo que aconteceu- Louis, eu sinto muito por cuspir a salada no vaso. (genuinamente arrependido) O problema é que-

— Você cuspiu? (incrédulo) Disse que era muito boa!

Jesus Natalino. (arrependido por suas palavras)

— Ótimo, Harry. (chateado)

— Eu sinto-

— Sente muito. (tentando conter a irritação, acaba falhando) Okay, eu vou ficar no meu quarto. Se precisar, chame. É para isso que amigos servem, afinal.

(silêncio)

— Boa tarde.

— Isso é sobre a ligação? (caindo em realização, falando baixo demais) É sobre a ligação? (bobo, desacreditando) Louis, você ficou chateado por eu ter dito que é meu amigo?

— Boa tarde. (repetindo, fechando a porta)

— Isso é! (segue até a porta fechada, tentando abri-la sem sucesso) Você sabe que eu não- (tentando, pela primeira vez em muito tempo, não rir) Vamos lá, eu não acredito que isso te deixou assim. Minha mãe perguntou como o meu amigo Louis estava e eu, eu apenas repeti as palavras que ela usou.

(silêncio)

— Louis, eu não sabia que se importava com isso. (um pouco mais sério dessa vez)

(mais silêncio)

— Amor. (prensando os lábios, preocupado)

— É do que não pode me chamar quando eu estou tentando ficar irritado com você.

— Eu nunca chamei você assim.

— Bem, (abrindo a porta, seus braços cruzados) talvez chame mais uma.

— De amor? (sério, não entendendo) Se você...

— Como você pode ser tão amável e não ter ideia disso?

Eu? Pensei que era rabugento.

— Você ainda é.

— Eu sinto muito. (sorrindo, não se contendo dessa vez) Se eu soubesse que se chatearia com o nível de relacionamento, teria usado o termo colega de quarto.

— Não me faça fechar a porta mais uma vez.

— Eu sei a palavra mágica para fazê-la abrir. (implicou)

— Claro que sabe. (fechando a porta novamente, seu sorriso crescendo)

— Okay, essa não pode ser tão simples. (quase pressionando os lábios contra a porta, levando a sério) Amor, você pode abrir a porta? (tentou, rolando os olhos porque as bochechas queimavam quando dizia aquilo) Seria legal dormir com você. Eu não acho que tenha mais coisas que eu possa dizer para convencer você, Louis. (pensou sobre isso, suspirando) Pelo menos sabe que eu cuspi a salada.

— Cretino. (abriu a porta, puxando harry pela gola da blusa) Apenas esqueço isso porque é natal.

— Uma mentira honesta. (fechou a porta atrás de si, seu sorriso afundado em covinhas) Você quer me beijar?

(rindo alto, beijando cada canto do rosto de Harry) Quero. (fingindo seriedade, olhando para a confusão que era o rosto do outro) Foi muito educado perguntar. Obrigado, eu quero.

— Tudo bem, você tem meus beijos.

— Todos eles.

— Alguns são para o coelho.

— Mas a maioria-

— Seus. (sussurrando) Não o deixe ouvir, mas quase todos são seus.

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