Capítulo 4

301 17 0
                                    

Olhei meu guarda roupa e como sempre não encontrei nada para vestir. Abri o meu Instagram e comecei a fuçar as fotos das blogueiras que eu seguia para ver se encontrava algum look que desse pra fazer com as minhas roupas.

Acabei pegando uma saia curtinha de cintura alta jeans com botões na frente, um body preto com as costas abertas e meu vans old skool.

Tomei um banho, sequei um pouco meu cabelo e deixei o restante secar naturalmente. Meu cabelo era castanho ondulado e ia até quase a minha cintura. Coloquei o body sem sutiã mesmo porque eu sempre detestei essas merdas e fui me maquiar.

Fiz uma maquiagem bem básica, apenas rímel, um bronzer e um batom vermelho mate. Coloquei meus brincos de argolas, passei um hidratante nas minhas tatuagens e quando ia borrifar o perfume a Maju entra correndo pelo meu quarto. Tomei um susto.

A Maju era foda, quando meus pais se mudaram ela pegou a chave da minha casa e fez uma cópia, ela simplesmente chega e entra. Esses dias cheguei e ela estava se atracando no meu sofá com um boy que ela conheceu no Tinder. Na hora eu apenas ri e subi pro meu quarto.

Maju: - Nossa ta gata hein mana. Que pena que é pra ver aquele escroto porque o Fê tá suuuper na sua. – Ela disse rindo.

Eu: - Para de ser otária Maju, tô normal. Sabe que lá é cheio de piranha de salto desfilando pra lá e pra cá e eu sou uma pata, mal consigo andar de tênis, quem dirá me equilibrar num troço daqueles. E outra, conheço o Felipe desde de criança, não rola nada entre a gente.

Maju: - É só você dar mole que rola. – Riu e eu fiz careta pra ela.

Eu: - Qual goró você trouxe pra gente beber? Tô precisando dar uma relaxada.

Maju: - Trouxe uma vodkinha porque hoje eu quero ver você bem louca. – Disse ela tirando uma garrafa de Grey Goose da bolsa.

Eu: - O que seria de mim sem você Maju? – Disse abraçando ela e fazendo cosquinhas enquanto ela cantarolava - Vai dar pt, vai dar, vai dar pt, vai dar...

Quando deu 23:40 o segurança da portaria ligou pedindo para autorizar a entrada do carro que o Breno disse que mandaria. Autorizei.

Chegou na minha porta um Ford Fusion preto lacrado de insulfim. Logo desce um cara com o semblante fechado e toca a campainha.

Xxx: Senhorita Larissa?

Eu: Sim, só um momento que já vamos.

Maju pega a garrafa de vodka, dois copos com gelo e corre pro carro. O cara olha para as mãos dela.

Maju: Nem adianta olhar com cara feia, a garrafa vai junto. – Disse rindo.

Rei do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora