Quando chegamos na Drox, ele nos deixou na frente do valet. Descemos já um pouco alteradas por conta da mistura do movimento do carro com as goladas de vodka pura.
Fomos direto para a entrada vip e assim que um dos segurança do Breno me viu, disse para liberar nossa entrada e passamos sem pegar fila.
Estava tocando música eletrônica bem alta, quando olhei pra cima vi o Breno cercado dos seus amigos no camarote cheio de bebida e pra variar... mulher! Ele estava lindo como sempre, sua barba por fazer, um jeans rasgado, uma camiseta básica que marcava todo o seu peitoral, abdômen malhado, os braços fortes tatuados. Aquela beleza me matava.
Me bateu uma sensação de merda de ver aquela cena, ele vivia cheio de vagaba interesseira se esfregando nele. Nossos olhares se cruzaram e ele fez um gesto discreto para que eu subisse.
A Maju avistou um boy dela e disse que depois a gente se encontrava. Subi as escadas e só vi o Breno fazendo sinal para o segurança me liberar. O segurança colocou uma pulseira prateada no meu pulso escrito camarote vip e eu entrei dando de cara com o Gabriel.
Gabriel: - Eae Lari, de boa? – Disse me abraçando e me dando um beijo no rosto.
Eu: - Oi Gabs, tudo sim.
Gabriel: - Se prepara que o cão ta bravo hoje. – Riu olhando para o Breno.
O Gabriel era irmão do Breno e completamente diferente dele, dava pra sentir a bondade do Gabriel só de olhar nos olhos dele. Senti as mulheres me secando, estavam todas super montadas, vestidos coladíssimos, salto alto e eu como sempre, igual uma garota de 15 anos. Fiquei parada observando, o Breno se sentou no sofá e fez um gesto para que eu sentasse no colo dele. Fui em sua direção e fiz o que ele pediu.
Breno: - Sentiu saudades?
Eu: - Para de sacanagem Breno. – Disse.
Breno: - Sacanagem é o que eu vou fazer com você mais tarde. – Sorriu com olhar malicioso.
Eu: - Não acha esquisito me chamar pra vir aqui em cima com você e essas meninas me olhando torto?
Breno: - Você tem que parar com esse seu ciúme morena. Você sabe que eu não sou de ninguém.
Eu: - Do mesmo jeito que eu também não sou de ninguém. – Olhei pra ele com um olhar sarcástico.
Breno: - Você é minha até quando eu quiser Larissa. Quem manda nessa porra sou eu. – Disse me segurando forte pela cintura com o semblante sério.
Eu: - Eu quero descer e ficar com a Maju.
Breno: - Pode ir. Só não esquece que eu tô de olho em você aqui em cima.
Desci puta da vida, mas quieta, meu medo de perder ele era maior do que o meu ciúme. Pelo menos eu nunca mais vi ele com ninguém. Bom, não tinha visto até hoje.
Achei a Maju que já estava sugando uma lata de lança, puxei a lata pra mim e baforei em seguida. Que sensação boa. Estava tocando In The Name Of Love do Martin Garrix, eu amo essa música. Comecei a dançar e a Maju a cantar comigo quando tomei mais uma golada de vodka. Essa noite ia precisar.
A balada foi rolando e ficando cada vez mais lotada, os DJ's estavam tocando freneticamente, estava muito bom. Tomei uma das balas da Maju e fiquei alucinada, tinha até esquecido que o Breno estava lá em cima quando eu vi a Thamires subindo para o camarote.
Me subiu um ódio, eu sabia que não podia fazer nada porque a prima dela estava ficando com o Gabriel. Eu tinha certeza que ela já ia se engraçar pra cima do Breno, essa piranha é caça status, coisa que ela teria se conseguisse fisgar o Breno.
Vi ela rondando ele, mas fingi não me importar, eu não acreditava que ele ia me fazer vir aqui hoje e ficar de graça com alguém na minha frente. Vi ela se aproximando e abraçando ele, soltou mas continuou com os braços nos ombros dele conversando alguma coisa. Nesse momento acho que vejo o Felipe se aproximando de mim, mas eu já estava bem alterada e só consegui confirmar quando ele estava na minha frente.
Felipe: - Eai Lari, linda como sempre né?! – Disse com um sorriso malicioso.
Eu: - Se orienta felipe, já te vi pelado quando éramos criancinhas. – Ri.
Felipe: - Eu não me lembro disso não, mas a gente pode relembrar essa cena quando você quiser. – Disse se aproximando do meu ouvido e me segurando pela cintura.
Eu: - Acha que vai me pegar com essa cantadinha barata? Te conheço Felipe. Eu que te ensinei. – Ri.
Felipe: Você me deixa louco Lari, com você não seria só uma cantadinha não. Sempre quis você pra mim. – Sinto sua respiração no meu pescoço, o som estava muito alto e só conseguíamos conversar perto assim.
Eu: Para de graça Felipe. – Falei rindo sem jeito. Olho pra cima e vejo a Thamires conversar bem colada com o Breno e desacreditei quando ela virou de frente para a grade do camarote fazendo ele encoxa-la por trás e os dois virando os rostos e se beijando. O Felipe nem percebeu minha mudança de humor, ele estava tão louco quanto eu que quando ele virou e disse:
Felipe: - Quer doce Lari? Me mostrando aquele quadradinho minúsculo com desenho psicodélico.
Eu: - Quero!
Felipe: - Só se você me beijar.
Eu estava tão alucinada e com tanta raiva do Breno que a minha única reação foi beija-lo logo em sequência. Ele envolveu a minha cintura pelos braços e continuou me beijando fervorosamente. Por um segundo me imaginei beijando o Breno, quando de repente o Felipe é arrancado de mim e vejo o Breno segurando ele pelo pescoço.
Breno: Tá se divertindo com o que é dos outros? – Felipe olha sem entender nada.
Eu: Solta ele Breno, para de ser louco, ele não tem nada a ver com isso e não tem nada seu aqui. - Breno solta o Felipe que cai no chão. Thamires estava logo atrás fazendo cara de deboche.
Thamires: - Calma Bê, vem, vamos subir. – Ele fuzilou ela com o olhar e rapidamente voltou o olhar para mim.
Breno: Tá me tirando de otário Larissa? Você é minha porra!
Breno sai me puxando pelo braço me em direção a porta de saída.
Eu: Para Breno, me solta meu.
Breno: Solta o caralho! Você vai comigo e ponto final porra!
O manobrista chega com o carro dele, uma Range Rover novinha. Mais um imã de piranha assinado pelo Breno. Ele abre a porta do passageiro e me enfia lá dentro quando vejo a Maju correndo em direção ao carro.
Maju: - Aonde você vai Larissa? Deixa ela seu monstro. - Fala olhando para o Breno.
Vejo o semblante de ódio do Breno e fico com medo.
Eu: - Calma Maria Julia, tá tudo bem! Fica tranquila, eu te ligo.
Breno sai com o carro cantando pneu.
Eu: - Pra onde você tá me levando?
Breno: - Você vai ver! – Disse acelerando o carro na rodovia.
Eu: - O que você quer comigo porra? Você é doente!
Breno: - Eu sou doente por você Larissa! Você me deixa assim!
Eu: - Eu te deixo assim? Em que momento você pensou nisso quando estava se atracando com a Thamires lá em cima?
Breno: - Eu já disse que você tem que acabar com esse ciúme Larissa, nunca fui homem de uma mulher só e não vai ser agora que eu vou ser.
Eu: - Eu te odeio. – Não falamos mais nada até avistar a estradinha da Aldeia da Serra. O que ele estava fazendo? Pra onde ele estava indo?
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Rei do Tráfico
RomanceLarissa sempre deixou sua marca onde passou, mas nunca foi de se prender a nada nem ninguém. O que ela não sabia é que a sua vida se uniria com a de um traficante poderoso de uma forma que ela não pudesse mais alterar seus destinos.