Apenas tentar

Cap.9 O seu mistério.

Começamos a falar sobre sua faculdade e ele me disse que tinha muita coisa pra fazer, mas estava com preguiça e que queria ficar ali, eu disse que ele poderia ir, porque pelo visto estava atolado de coisas para fazer, tanto que até levou algumas questões para resolver enquanto estava la, mas mesmo eu estando em silêncio apenas o observando, percebi que ele não estava conseguindo prestar atenção.
Ele parou e disse:

- Quando eu chegar em casa eu faço, preciso do meu transferidor e o esqueci.
- haa, eita... ( pensei no porquê dele estar sendo tão misterioso naquele momento, suas expressões, seu rosto, seu corpo, demonstrava uma pessoa fechada que estava querendo saber algo, ele não estava sendo ele mesmo, e eu percebi.
Ele perguntou:
- Mas e aí, ta tudo bem?, como ta o namoro?
Eu me perguntei: Que namoro meu filho? Ta com amnésia?
- Repeti pra ele que não estava namorando e ele disse...
- Está sim, ele não disse que queria terminar?
- Mas também não disse que queria continuar.
-Ele me deixou no vácuo, não estou em um relacionamento mais, não vou fazer papel de trouxa... Respondi.
- Sei... Ele respondeu.
Conversamos à tarde inteira sobre sua faculdade ainda, até os meninos chegarem com fome nos convidando para dividir uma pizza com eles.
Nós comemos e depois decidimos ir embora.
Nesse momento parecia que todos os Deuses estavam dizendo " fiquem juntos, vocês se amam". Mas o único que não escutava era ele.
Meu melhor amigo queria levar junto com seu namorado nossos outros dois amigos para casa, mas eu não podia ir junto, pois sabia que iria chegar tarde em casa, então disse que não iria e voltaria para casa. Junior disse que faria o mesmo, porque tinha que resolver ainda coisas da faculdade. E assim, ficamos sozinhos novamente e fomos juntos até a nossa estação de ônibus.
Eu ainda podia perceber que ele estava muito fechado, eu não tinha visto seu sorriso ainda e minha paixão por ele não tinha vindo à tona novamente.
Pegamos o mesmo ônibus, sentamos no fundão um do lado do outro. Enquanto o ônibus estava andando eu olhava pela janela e pensava...
Quero está do lado desse homem por o resto da minha vida. Mesmo ele não falando nada, eu me sinto segura ao seu lado. E com esse pensamento, minha cabeça automaticamente se encostou em seu ombro, seguida de uma lágrima e um pensamento vago.

Ele perguntou:
- Ele não vai ficar com raiva?
- Ele não está falando comigo, eu ja disse. Nunca mais irei falar com ele...Eu respondi.
- Ta bom... ele disse.
Chegamos na estação, tivemos que ir cada um para sua parada. Porém ele disse que me levaria na minha e esperaria meu ônibus comigo, pois ja estava muito tarde. Eu concordei e nós fomos.
Éramos os primeiros da fila, estava escuro e apenas tinha um casal atrás de nós. Ele se encostou na divisória da fila que era de ferro e eu fiquei na sua frente. Olhando para ele e ele para mim, eu percebi que estava rolando um clima, percebi que o seu mistério não estava mais cabendo em si. Contando com isso, decidir colocar a mão naquele "lugar proibido" (cap.4) e em seguida ele olhou pra mim, riu e olhou para cima.
Eu pensei que ele ia pedir para eu tirar a mão, mas ele apenas colocou suas mãos na minha cintura e perguntou:
- Tem certeza que você não está namorando?
- Tenho... Eu o respondi com um sorriso meio de lado.
Ele me puxou e me beijou, como se quisesse ter feito aquilo a muito tempo. Lentamente nossos corpos se entrelaçaram junto com nossos lábios e toda aquela paixão que eu sentia por ele apenas aumentou. Nós nos olhamos com um olhar de saudade e eu o abracei. Em seu abraço, parecia que eu ia ficar grudada, eu não queria solta-lo, eu me sentia segura e ele parecia que tinha desabrochado todo aquele mistério nesse abraço, que foi demonstrado pelo seu rosto, pelo seu olhar e seu beijo. E enfim eu tive a certeza de que eu era apaixonada por aquele homem.
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RECADINHO DA ESCRITORA 💜:
Deixem o feedback de vocês por favor, essa historinha está chegando em seus últimos capítulos, espero que estejam gostando até aqui e me desculpem por qualquer falha, beijooos 😘...