Cap.6 A paixão.

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Eu estava completamente apaixonada por ele, e agora eu tinha certeza. Cada olhar trocado, cada sorriso, cada toque, cada beijo, fazia meu coração bater mais forte, meu corpo se enchia de adrenalina ao ver sua mensagem toda manhã e meu cérebro só fazia enlouquecer cada vez mais de tanto raciocinar para tentar entender esse novo sentimento.

Foi quando tudo começou a mudar. Ele não me mandava mais mensagens todas às manhãs, não me chamava para sair, não me olhava, tocava ou beijava, apenas nos falávamos quando eu chamava e era sempre o mesmo papo rotineiro. Em troca do meu sono, vinham minhas lágrimas à noite, meu pensamento era nele, e quando eu conseguia dormir, meus sonhos também. Devido à isso decidi que deveria fazer algo para acabar com meu sofrimento adolescente e marquei de encontra-lo no mesmo lugar do nosso segundo beijo, para poder dizer a ele que eu estava gostando dele e que se ele não fosse ser recíproco, que deveríamos acabar com isso, e ser apenas "amigos", não que não fôssemos antes...
Embora me doesse dizer isso, marquei o encontro e ele aconteceu:

- Oi, tudo bom? "Ele perguntou".
-Tudo sim. Demorei muito? O trânsito tava péssimo, argh...
- Não, não, cheguei quase agora também. Bom... o que você tinha pra me dizer... ?
- É... como que eu posso dizer.

Respirei fundo nessa hora e parei por alguns segundos e pensei realmente o que iria falar, e respondi:

- Eu acho que estou gostando de você.
Ele permaneceu em silêncio e fez uma cara de quem não estava entendendo.
E eu respondi:
- Não quero te pressionar ok? Eu só preciso deixar as coisas claras, e se não for isso o que você sente também, eu não quero ficar mais com você.
Foi assim... Fria e... fria.
- Entendi... Olha, eu te admiro muito, mas eu não to procurando isso que você quer nesse momento, e eu entendo o seu lado, então ta tudo bem ok? Amigos ainda?.
- haa, claro, amigos sim.
Meu coração naquele momento tinha se partido ao meio, e a minha vontade era de chorar na minha cama, mas ela não estava ali, então tive que segurar e dizer:
- Bom, eu tenho que ir, eu disse aos meus pais que voltaria logo, então já vou indo...
- Já? Ta bom então.
Nós nos abraçamos e nos demos um "tchau", e eu sai, dei as costas, e a primeira coisa que ocorreu foi uma lágrima escorrendo do meu olho, logo enxuta para ninguém ver.
Cheguei em casa com o coração apertado e percebi que foi muito fácil terminar isso tudo, percebendo que ele realmente estava esse tempo todo me enrolando.

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