Prólogo

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  CPOV  

  Meu cérebro inebriado por desejo rapidamente chegou a uma conclusão: os jeans dela precisavam definitivamente sair do caminho.  

  Agora.  

  O primeiro botão já estava aberto, um pouco de pelos desenhado a partir do vênus, estava como a ponta de uma flecha apontando para o Santo Graal. O prêmio em questão estava atualmente contorcendo-se contra seu confinamento, e a ideia de que era eu quem provocava isso nela me fez estremecer embaixo de seu corpo. 

  "Por favor..." eu implorei, porque ele me reduziu ao ponto em que fiquei incapaz de fazer qualquer outra coisa.  

  Minhas mãos estavam presas sobre a minha cabeça por uma das mãos dela; cada centímetro do corpo dela estava estrategicamente pregado contra meu corpo nu, prendendo-me sobre a cama dela e criando uma fricção deliciosa quando a mesma se movia; transformando-me numa mulher desorientada, desesperada e implorando sob o corpo dela com a habilidade de um talentoso artista.  

  "Por favor, o quê?" Ela falou rispidamente para mim. 

  As veias do pescoço dela estavam sobressaltadas, seu cabelo caramelo estava molhado de suor, os seus lábios inchados, suas narinas tremulavam e seus olhos estavam escurecidos num tom de negro como eu jamais havia visto. Aquele rosto seria assustador caso ela não tivesse passado os últimos quarenta minutos beijando, mordendo, chupando e lambendo cada ponto da minha pele despida. Sendo assim, eu sabia que ela estava simplesmente tentando com incrível esforço não desfazer o zíper de sua calça um pouquinho mais para baixo e finalmente se enterrar em mim.  

  O que era um pouco inconveniente considerando que isso era exatamente o que eu queria.  

  "Por favor... Por favor..." - eram meus argumentos, que pareciam muito coerentes na minha cabeça, e acabavam soando lamúrias deturpadas. "Estou pronta agora..."  

  Ela se ergueu um pouco, certificando-se de que meus olhos focavam sua mão enquanto a descia até o fecho de seu jeans. Ela parou com sua palma aberta contra aquela saliência.  

  "Você está pronta agora?" Ela questionou numa voz rouca, e eu assenti em resposta, ainda com os olhos fixados na mão dela. Quando ela começou a esfregar rudemente seu próprio membro por cima do jeans, eu me ouvi gemer, sem qualquer consciência de que estava realmente fazendo aquele barulho.  

  "Não tenho certeza se acredito em você. Passei a noite toda te convencendo - eu sinto que, de forma bastante eloquente, o quanto eu te quero. Você lembra dos meus argumentos? Aqueles em que usei meus dentes, minha língua e meus dedos?" Ela falava ardilosa comigo, mal conseguindo articular as palavras enquanto sua mão continuava a subir e descer por cima do zíper da calça.  

  Eu assenti colocando mais ênfase no meu movimento dessa vez, encontrando o olhar dela e mostrando todo o desespero através dos meus olhos. Ela ignorou minha crescente frustração e finalizou sua fala, "E tudo o que você consegue dizer é 'estou pronta agora'? Tente de novo, querida."  

  "Eu quero você dentro de mim," eu falei estridente e sem pudores, porque se era isso o que precisava dizer para alcançar o Santo Graal, então eu diria. E no caso de isso não dar certo, eu joguei com artilharia pesada; as palavras que eu sabia que o pegavam de jeito sempre: "Quero que você me faça sua". 

  Os olhos dela, se possível, ficaram ainda mais negros. A respiração dela, pesada antes, acelerou ainda mais até que ela estava resfolegando contra a minha bochecha. Ela se abaixou até que sua testa tocou a minha e eu ouvi seu zíper sendo aberto.  

  "Camz", ela rosnou, "Você é minha". A língua dela correu sobre os meus lábios num gesto irracional de possessão.  

  "Mas, vendo que você parece não perceber isso ainda, acho que posso passar mais algumas horas perfurando a mensagem aí dentro..."  

  E, então, meu alarme me acordou. 

  Meus lençóis estavam enrolados ao meu redor, meu cabelo suado grudando na testa e meu coração disparando no peito. 

  "Que merda." Eu tinha um problema muito, muito sério.  

  Eu estava sonhando com Lauren Jauregui - um problema provavelmente enfrentado por toda a população feminina desde que ela revelou sua intersexualidade – e alguma porção da masculina também – de New York.  

  Não me entendam mal; sonhar com Lauren Jauregui não deveria necessariamente ser uma coisa ruim. Quem não gostaria de passar a noite pensando em como aquela Deusa de cabelos cor de mel lhe tocaria? Pensar nela olhando para você tão possessivamente e tão intensamente a ponto de queimar um buraco no seu peito?  

  Mas, quando eu tinha que enfrentar cara a cara, todo santo dia, a mulher – literalmente – dos meus sonhos, isso se tornava um grande problema.  

  Especialmente quando eu era a secretária da Sra. Jauregui, e ela era minha chefe, totalmente cega à mim.  


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A SECRETÁRIA - Adaptação Camren (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora