Capítulo 2- Desordem é liberdade

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"Quando os prédios ruirem, as  tecnologias falharem, as moedas desvalorizarem e os bancos falirem. Enfim, quando o caos se instalar na  sociedade, talvez consigamos  perceber a loucura na qual estamos mergulhados. Precisamos de um pouco de desordem para destruir nossa rotina e nos fazer enxergar que viver não significa trabalhar.
Que viver não significa consumir."

  Estamos tão mergulhados na  segurança da rotina, seguindo cegamente os mesmos passos,  repetidamente, de forma rigorosa,  dia após dia com um instinto de rebanho que qualquer coisa que saia  da normalidade habitual cria um caos em nós, nos tira do controle. Vivemos a base de regras que não concordamos, mas que aceitamos para fingir  para os outros que somos cidadãos exemplares. Se alguma dessas regras é burlada por alguém,  esse indivíduo é violentamente criticado e censurado pelos “normais”  que o obrigam a voltar a ignorante  rotina de escravo. DÉSPOTAS!HIPÓCRITAS!

  Nós precisamos dos loucos, aqueles que destrõem essa normalidade habitual dos nossos dias e nos fazem enxergar que estamos seguindo a maioria, e a maioria está estupidamente perdida.

  ENTENDA, os criminosos não são presos porque burlam leis, as leis são apenas o instrumento de controle,  são tutoriais de como se deve viver para que o governo não diminua ainda mais sua liberdade (Ou ilusão  de liberdade, como preferir).  Esses indivíduos são trancados em presídios porque não souberam se adequar à sociedade.  Eles são criminalizados porque não aprenderam a se portar  de forma “normal”, eles não têm instinto de rebanho. E eles podem pôr  toda a estrutura em risco. E isso, os governos não podem admitir.  CORRUPTOS! FASCISTAS!

  Precisamos da desordem,  do caos,  precisamos que tudo saia do controle,  que todo o nosso planejamento de vida exploda em nossa cara,  que fiquemos tão perdidos que só nos restará seguir a nós mesmos.
 
  Precisamos nos perder para que possamos nos  encontrar.

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