Sou confusão,
Omissão de sentimentos,
Tormentos,
E loucura de verão.
Onde dois amantes se eternizam,
Apenas em um refrão
De letra barroca,
Que desmente a razão
De sentir.
Dó daquele que olhar em meus olhos.
Janelas da alma,
Que de confusão
Resta e sobra.
Castanho esse
Que de tanto observar os outros
Se perdeu no caminho,
De amar ou ser sozinho.
Alma impura,
Moldura as paredes dessa casa
Oca e rachada,
Que é inaugurada
A minha alma.
E apenas por ser minha,
Coitada.
Mal sabe que já foi condenada
A uma eternidade trancada.
Não podendo ser liberada
Por teu dono ser um poeta
Que lamenta a descoberta do amor.
Com fones no último volume,
Acha que o amor se resume
A uma fração matemática.
Que somando 2 + 2 se descobre o 5.
Cinco maneiras de se perder de sua sanidade.
Que por meio da maldade,
Se remete a verdade,
De que na realidade
O amor não passa de uma bela paisagem
Que não se pode tocar.
Logo ela, menina de se pensar,
Se viu frente a um cálculo
Que não tem sentido,
Muito menos é conhecido.
E logo descobriu
Que o amor é sinônimo de sentir.
Logo ela, que mal se permite sorrir,
Se viu quebrar,
Descobrindo uma conta
Que não se sabe arrumar.
Muito menos solucionar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diário de uma anti-social
PoésiePoesias de uma garota que se dá melhor com um papel do que com pessoas Uma aberração Uma garota estranha Apenas uma garota.