Quase morte

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Akemi-on

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Vinte dias, é o tempo que essa missão está durando até agora e eu estou fazendo o possível para ficar o mais longe possível do príncipe. Ele não larga do meu pé, toda noite me chama para tomar chá e "nos conhecermos melhor", vive falando para eu entrar um pouco na carruagem, e eu sou tecnicamente obrigada a ouvir as conversas dele.

Estamos no caminho para o País dos Pinheiros, vamos chegar ao anoitecer, isso é, se eles não decidirem parar mais uma vez. Acontece que as paradas estão bem mais demoradas já que o pretendente da princesa está junto. Me sentei em um galho ao lado de Yasha e comemos pílulas de comida, os onigiris acabaram no quinto dia.

— Ele pelo menos está sendo legal, dá uma chance para ele. — Yasha disse enchendo minha paciência.

— Primeiro, não. E segundo, não me entenda mal, ele até que é bonito, mas não é meu tipo. — Eu disse e continuei vigiando, essa conversa me estressa.

— E qual é o seu tipo? Deixa eu adivinhar, cabelo grande, relativamente arrogante, olhos perolados, byakugan, Hyuuga. — Yasha disse e eu dei um soco no seu braço enquanto sentia minhas bochechas esquentarem. — Ou pode ser, cabelo preto, olhos ônix, insuportável, sharingan, Uchiha.

— Eu juro que se você não calar a boca, eu vou te fazer calar. — Eu ameacei e ele riu e levantou as mãos em forma de rendição, um sorriso malicioso surgiu no meu rosto assim que tive uma ideia. — Mas e o seu tipo, Yasha?

— Hã?

— Seria... cabelo verde, calmo, gosta de escrever, vidro, Midori.

Minha sugestão fez com que seu rosto ficasse da cor do seu cabelo, ele encarou o chão, coçando a nuca, com um sorriso tímido em seus lábios.

— Você... sabia? — Eu assenti. — Como?

— Sem querer me gabar, só que eu tenho um dojutsu que me permite ver o sentimento das pessoas. Mas, pra ser sincera, nem preciso do Swylagan pra ver que você está apaixonado pelo nosso amigo de cabelos verdes. — Eu cantarolei a última parte, ele virou o rosto, para tentando esconder as bochechas vermelhas.

Era engraçado ver o Yasha daquele jeito, ele sempre era muito extrovertido e despreocupado, mas naquela hora ele estava tão tímido, era tão fofo.

Apertei suas bochechas.

— Não se preocupe com isso, eu apoio vocês dois juntos, posso até te dar uma forcinha. — Dei uma piscadela. Ele riu, com o rosto ainda mais corado.

Um barulho nas árvores fez com que nós voltássemos a prestar atenção ao nosso redor, senti uma forte onda de chakra, Yasha provavelmente estava usando o seu Kekkei Genkai.

— 35º ao norte. — Ele disse e eu ativei o Swylagan olhando na direção em que ele indicou.

— Três pessoas, tem mais três para o lado e mais seis do lado oposto. — Eu disse e Akira passou as informações para Yuko e Aime.

"Ele disse que cada um fica com três." Akira disse para mim e Yasha e nós nos separamos. Eu peguei os três que estavam à direita, me transportei e passei minha katana no pescoço do primeiro, no peito do segundo e Akira cuidou do terceiro.

Voltei para a árvore junto com Yasha e olhei minha katana, suspirei e ele me encarou.

— O que foi? — Yasha perguntou.

— Vou ter que limpar a katana de novo. — Eu disse olhando para a lâmina ensanguentada.

Alguns minutos depois eles arrumaram tudo, voltaram para a carruagem e nós continuamos a viagem. No meio do caminho um guarda sinalizou para mim me aproximar, apareci ao seu lado.

A garota de olhos alaranjados (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora