Dear Soldier ღ - Acabada.

ღ Capitulo 90 ღ

Música: Jason Mraz ft. Colbie Caillat - Lucky.

«I’m lucky I’m in love with my best friend.»

# Pov Mel on #

É hoje. Sim, é hoje.

Ok… então é hoje? É hoje.

Isso era tudo o que passava na minha cabeça enquanto conduzia em direcção ao aeroporto. Não sei bem ao certo aquilo que sinto, mas sei que estou muito ansiosa e nervosa. O meu corpo parece que está todo dormente, parece que vou vomitar a qualquer momento. A única coisa que me fazia sentir um pouco melhor era saber que levava a Danny comigo e ela parecia estar como eu.

Só de pensar que vou parar de o vir receber e de me despedir dele dá-me vontade de chorar, gritar e saltar de felicidade. Tenho muito orgulho no trabalho que ele e os outros soldados fazem, mas prefiro tê-lo ao meu lado. São e salvo. Prefiro adormecer com ele lá e acordar com ele lá. Prefiro ouvir a sua voz a dois metros de mim no máximo, ouvir o seu riso, ver os seus olhos, o seu sorriso, prefiro beija-lo e abraça-lo.

O aeroporto já estava cheio de gente no local onde eles iam desembarcar, quando chegamos. Tudo o que me restava fazer agora era esperar que ele chegasse e roer as unhas para tentar afastar os nervos. Acabei por desistir de as roer e pus o fones no meu telemóvel, escolhi uma das músicas favoritas do Louis. Assim que carreguei no play senti-me automaticamente mais calma, ouvi-la fazia-me sentir menos sozinha. Quando a música terminou e eu abri os olhos e tirei os fones parecia que quem estava na guerra era eu.

As pessoas corriam para os braços dos soldados, certificavam-se que eles estavam bem de saúde e logo os abraçavam de novo. Os meus olhos abriram com surpresa quando a Danny saiu disparada do meu lado e empurrava tudo e todos para conseguir chegar onde queria, os braços do Liam. Pouco atrás do Liam vinha o meu menino. O seu andar continuava o mesmo de sempre: um pouco desengonçado e preguiçoso, o que me fez deduzir que nas pernas dele não havia qualquer problema. Carregava o saco na mão esquerda e passou-o para a direita, eu suspirei de alívio. Com os braços e com as mãos também não havia problema nenhum. Assim que os nossos olhos se encontraram sorrisos cresceram em ambos os rostos. Foi nesse momento que eu percebi que sentia mais a falta dele do que aquilo que eu pensava. Corri o mais depressa que consegui para junto dele, e assim que ele me viu a fazer a maratona do mês largou o saco no meio do chão e deu largos passos até mim. Agradeci-lhe mentalmente por não ter de correr tanto e saltei para o colo dele, os meus braços rodearam o seu pescoço com tanta força que pensei que o ia sufocar.

Louis: Mel não me estás a deixar respirar – falou e no fim ouvi a sua rouca e melodiosa gargalhada. Soltei-o um pouco do aperto e só nesse momento é que comecei a chorar. Nesse momento é que tu ficou claro na minha cabeça: ele está mesmo aqui, ele voltou de vez – então amor? Não chores – pousou-me no chão e levou as mãos ao meu rosto – eu estou aqui – encostou as nossas testas e eu sorri ao mesmo tempo que soltava um soluço.

Mel: desculpa – ri – sou mesmo uma parva – puxei o lábio inferior dele com os meus dentes e logo nos começamos a beijar. Os braços dele rodearam a minha cintura apertando-me contra ele e os meus braços voltaram a envolver o seu pescoço puxando-o mais para baixo. Continuamos o beijo até ficarmos sem ar e assim que recuperámos algum os nossos lábios voltaram a colar-se. Eram como ímanes.

Liam: será que podem deixar o comilanço para outra altura? Eu quero abraçar a minha melhor amiga – resmungou enquanto nos separava e a gargalhada da Danny fez-se ouvir.

Louis: és um chato Payne – revirou os olhos e logo abraçou a Danny – não sei como o aturas, és uma santa – riu.

Danny: aw também tive saudades tuas Louis – riu e retribui o abraço.