Música: Gavin Mikhail - Some Die Young.
# Pov Zayn On #
Uma das coisas que eu odeio fazer são invasões. Por vezes encontramos cenários horríveis e até somos atacados pelos inimigos que se escondem pelas pequenas aldeias, depois de matarem as famílias. Coloquei o meu, muito pesado, colete à prova de balas, apertei o meu capacete e peguei na minha arma antes de sair da, minúscula, tenda, feita por mim, onde estou a dormir à 3 dias. Cada vez que pego, visto ou olho para este colete lembro-me da Jessie, não por uma razão em especial, mas apenas por ele ser pesado. Acreditem que magra e pequena como ela é era capaz de cair para trás.
Xxx: quero-vos bem atentos e matem se tiverem de matar. Não tenham pena de ninguém ou morrem eles ou morrem vocês e eu não quero soldados mortos estão a ouvir? Fiquem em grupos e não sozinhos estão a ouvir? Protejam os vossos camaradas e que Deus nos proteja a todos miúdos – falou um tenente qualquer antes de nos separarmos e invadirmos a pequena aldeia, assustando quem lá morava. Sem grande tempo para organizações acabamos por nos dividirmos em grupos de três, mas quando eu me apercebi o meu ‘grupo’ era apenas eu e o Gomes. Aquela pequena aldeia estava completamente toda destruída, já foram atacados e disso não há dúvidas. Tenho pena porque tenho a certeza que há por aí muita gente morta e nós podiamos ter chegado antes que isso acontecesse.
Gomes: Malik – bateu com a sua arma na minha para chamar à minha atenção – tem gente ali dentro daquela casa.
Zayn: aconteça o que acontecer não comeces a disparar, lembra-te que podem sem apenas famílias assustadas – respirei fundo e aproximamo-nos da porta. Contei até três e depois de o fazer levei o meu pé a porta deitando-a abaixo com alguma rapidez e facilidade. Assim que o fiz gritos de crianças apavoradas foram ouvidos. A mulher que estava lá dentro, que julgo que seja a mãe daquelas crianças, começou a gritar connosco numa língua que eu não sei qual é – tenha calma estamos aqui para ajudar – tentei falar num inglês perfeito e pausado, talvez ela nos perceba. Dirigi-me a um dos pequenos rapazes que estava encostado a um dos sofás a gritar, as lágrimas escorriam pelas suas bochechas que estavam sujas com terra. Eu pretendia ajuda-lo, mas ao aproximar-me apenas consegui faze-lo encolher-se mais, quase entrando dentro do sofá, e gritar. Bom uma coisa é certa: tem uns óptimos pulmões. Uma voz grossa e bem masculina soou naquela sala e segundos depois apenas consegui ouvir uns quatro ou cinco tiros serem disparados, seguidos por gritos de crianças. Assim que me virei vi o Gomes de pé de arma apontada aos dois corpos entendidos no chão – tu-tu mataste-os Gomes fodasse o que é que eu te disse meu? – berrei bem perto da cara dele e no fim empurrei-o pelos ombros.
Gomes: caralho o homem assustou-me e eu apenas reagi… - berrou-me de volta e senti o meu sangue ferver dentro das veias a medida que o choro e os gritos deles se intensificaram ao ver aos pais caídos no chão mortos.
Zayn: acabaste de os matar à frente das crianças – atirei a arma para o chão e verifiquei se ainda valia a pena chamar alguém, mas os dois corpos já não tinham qualquer pulsação. O pequeno rapaz que estava enroscado perto do sofá à minutos atrás gatinhou até aos dois corpos enquanto gritava os nomes daquelas duas pessoas e chorava. O meu coração apertou ao ver aquilo e rapidamente agarrei os seus dois magros braços e apertei-o contra o meu peito. A reacção dele foi debater-se daquele aperto e assim que eu o soltei ele saiu daquela casa a correr, ainda a chorar, deixando para trás uma bebé que devia ter perto de 1 ano, estava deitada no sofá a chorar também e uma rapariga que aparentava ter uns 3 anos que fazia o mesmo sentada ao lado da irmã. Eu sei o que estamos aqui a fazer e nestas guerras de merda já morreram muitos inocentes, mas eu nunca matei nenhum, nunca e não é agora que o vou fazer. Deixei que a raiva me vencesse, levantei-me da merda do chão e dei um murro no focinho daquele otário. O pobre homem certamente ficou assustado ao ouvir os gritos da mulher e dos filhos e vinha apenas ver o que se estava a passar. Ninguém o ameaçou porque caralhos ele teve de os matar? Matou-os e ainda por cima o miúdo saiu por aqui disparado, não se vai safar, tenho a certeza. Não demorou muito para levar um murro na minha bochecha direita e isso fez com que eu ganhasse, ainda mais, raiva àquele filho de uma puta. Deixei-me cegar e bati-lhe. Bati-lhe a valer, levou murros, pontapés e ainda ouviu alguns insultos. Eu desconfio que não lhe estou a bater, só, por ele ter matado estas duas pessoas. Estou a bater-lhe por tudo aquilo que eu já passei. Sofri quando era criança, sofri por amor, não consigo ser um caralho de um bom namorado para a Jessie e estou aqui contrariado. A minha irmã tinha razão quando dizia que eu não sabia onde me vinha meter mas como bom teimoso, que sempre fui e irei ser, tinha de me enfiar aqui. Quando finalmente acordei daquele meu ‘ataque’ tinha dois soldados a agarrarem-me e outros dois estavam baixados no chão de volta daquele caralho – soltem-me seus merdas – abanei os meus braços até que, finalmente, me soltaram. As lágrimas começaram a querer furar os meus olhos e o meu coração voltou a apertar assim que olhei aqueles dois seres inocentes. Dei passos largos até chegar perto delas duas meninas indefesas, magras e sujas, quando lá cheguei, peguei nas duas ao colo e saí dali disparado. Corri o mais que conseguia e só parei quando cheguei acampamento, deixei as duas crianças entregues às mulheres que estavam na enfermaria.
# Pov Zayn off #
# Pov Jessie on #
Hoje toda a gente acordou muito bem disposta, acreditem que não é normal, até a Jade está de bom humor.
Niall: finalmente estás bem disposta menina Jade – riu.
Harry: mano por favor não abras a boca senão ela irrita-se já – juntou-se a ele, mas logo parou de rir. Não sei o que é que a Jade lhe fez por baixo da mesa, mas resultou, fê-lo calar. O meu telemóvel começou a tocar e quando vi que não era o numero do exercito fiquei um pouco desiludida.
Danny: não vais atender? – espreitou para o meu telemóvel e encolheu o seu nariz.
Jessie: não tenho vontade nenhuma – ri e assim que peguei no telemóvel pararam de me ligar – parece que a pessoa me fez a vontade – rimos e assim que paramos o telemóvel voltou a tocar e o numero era o mesmo.
Mel: deve ser importante é melhor atenderes – disse assim que parou de murmurar uma música qualquer.
Jessie: deve ser da escola de dança – bufei – desde que o espectáculo foi agendado estão ainda mais exigentes – deslizei o meu dedo indicador no ecrã e levei o telemóvel – estou – falei um pouco confusa quando ouvi uma respiração pesada do outro lado e levantei-me da mesa. Estava muito barulho ali dentro, pareciam galinhas, tudo a cacarejar ao mesmo tempo.
Xxx: Jessie? Sou eu babe…
Jessie: Za-Zayn? – falei um pouco chocada e parei de andar. O meu coração disparou assim que a voz dele se fez ouvir através do aparelho e as minhas pernas pareciam gelatina. O silencio instalou-se na sala e a Mel levantou-se. Coscuvilheiros.
Zayn: sim sou eu – suspirou – preciso que me faças um favor.
Jessie: diz – falei um pouco mais baixo do que aquilo que pretendia. Que raio de chamada é esta? Número diferente... porque é que a conversa não começou com um simples e verdedeiro «sinto a sua falta»?
Zayn: preciso que venhas ao aeroporto buscar-me por favor…
Jessie: o quê? – guinchei chocada. Quero dizer chocada, mas feliz. Vou vê-lo?! Porque é que ele já está de volta ainda faltam dois meses – estás bem? Oh meu deus o que aconteceu?
Zayn: importas-te de parar de fazer perguntas de merda e vir-me buscar? Fodasse se te custar muito eu posso ir a pé – e pronto… o Zayn está de volta, está mesmo de volta.
Jessie: hum… eu-eu já estou a caminho – desliguei a chamada e saí dali disparada. Não vou mentir e dizer que não ouvi as perguntas dos outros, mas tudo o que eu queria era ver o Zayn.
Olá lindas *-* então... parece que mais um rapaz está de volta, porque será que o Zayn voltou? Palpites? Acho que não é muito dificil de adivinhar :)
Duas meninas falaram-me num novo Pov de guerra e cá está ele, espero que esteja bom. Hoje não estava muito inspirada, mas prometido é devido e tenho de escrever para vocês.
Comentem e votem muito para eu ser feliz tá bom? :D
Beijinhos a todas, obrigada pelos comentários, pelos elogios, pelos votos e leituras. Adoro-vos Dears ღ
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Dear Soldier ღ - Acabada.
FanficThe girl he left behind is still behind him, supporting her hero. História Completa.