Aquele maldito trabalho da escola

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Mais um dia na escola, tediante como os outros. Srta Bella passou um trabalho que deveria ser realizado em grupo, sabendo que havíamos brigado, colocou Alice e eu no mesmo grupo, porém Caleb também era do mesmo grupo, no princípio eu tentei mudar de grupo, mas sem ter argumentos, eu não pude mudar de grupo, o jeito foi fazermos o trabalho.
Decidimos nos reunir numa segunda feira, fomos todos à casa de Raphael.
Começamos a fazer o trabalho, e todo momento Alice ficava encarando Caleb, isso já estava me estressando, então falei.

- Você não vai fazer nada não Alice? Porque se fosse para fazermos sozinhos, fazíamos individual.

- Noah, eu até hoje não entendo o motivo de você estar fazendo isso comigo, e sim, estou fazendo o trabalho.

- (risos) - Ah com certeza, com esses olhinhos, quase engolindo o Caleb.

- Ah já entendi, você está com ciúmes, deve estar apaixonadinho.

- Vai se ferrar Alice. Não faço mais esse trabalho, com essa garota no grupo não. (Saio do quarto e vou para fora)

Caleb vendo a situação, foi atrás de mim para conversar

- Desculpa te incomodar, mas está tudo bem? - disse ele

- Sim, está, eu só fiquei um pouco alterado. Não liga para o que aquela menina falou não.

- Tudo bem, sem problemas, e mesmo que estivesse gostando de mim, não teria problema, eu também gosto de você.

- Mas não dá mesma forma que eu gosto. (Falo baixinho)

- O que você falou?

- E-eu? Nada.

- Hm, vem, vamos lá fazer esse trabalho, já estamos acabando, deixa isso pra lá.

Fui novamente fazer o trabalho, não falei uma palavra se quer com Alice, na verdade, com mais ninguém.
Começou a escurecer, decidi ir embora, o restante iria ficar para fazer um lanche que a mãe do Raphael havia convidado. Então despeço da galera, e vou em direção a porta de saída.

- Eii Noah. Me espera. (Falou alguém do fim do corredor)

Quando olhei para trás, era o Caleb, logo perguntei o que ele estava fazendo.

- Te esperar por que?

- Vou ir embora agora também.

- Mas você não iria ficar?

- Ah, não tem nada para fazer aqui, vou ir junto com você.

- Então vamos, seu pai vai vir te buscar?

- Não, hoje ele está trabalhando.

- Olha, se quiser uma carona, meu pai vai me buscar na pracinha.

- Eu vou querer sim.

- Então vamos lá.

No caminho, ficamos conversando e ele tocou no assunto de mais cedo, falei para ele esquecer tudo isso, que Alice só estava irritada.

- Noah, àquela hora eu ouvi você sussurrando.

- Sério?? (Pergunto com desespero)

- Posso te falar uma coisa?

- Pode sim, desculpa

- Para com isso, eu também gosto de você, só não sabia como falar isso para você.

(Fico sem palavras)

- Você não vai falar nada?

- É-é que eu fiquei, sem reação.

Caleb me deu um selinho rápido, sem que eu esperasse. Eu olhei para ele sem saber o que fazer, dei nele um beijo e ele respondeu ao beijo, não me empurrou. Mas para minha infelicidade, meu pai passou bem na hora.

- Noah??? O que está acontecendo aqui? Entra nesse carro agora. (Disse meu pai, gritando)

- Tchau Caleb.

- Até mais, me dá notícias, agora vai logo antes que piora isso.

Entro no carro, meu pai já irritado, começa a correr com o carro para chegarmos em casa mais rápido.

- Calma Pai. Não precisa disso, que saco!

Ele continuou em silêncio até chegarmos em casa
Como vocês já sabem foi aquele sermão de sempre, mas dessa vez foi pior, ele falou coisas horríveis, minha mãe não estava em casa.

- O que você está esperando Noah? Vai falando oque estava acontecendo.

- Aff, vamos começar de novo? Você viu, não viu? Foi isso eu estava beijando um menino e pronto.

- Enquanto você estiver morando de baixo do meu teto, na minha casa eu não aceito isso.

- Vai ser assim agora?

Ele saiu e foi para o escritório.
Nem esperei minha mãe chegar para contar para ela, fui para meu quarto, peguei algumas roupas e fui embora de lá. Já passada algumas horas que eu havia saído, minha mãe começou a me ligar sem parar, eu não iria atender.
Sem ter para onde ir, procurei uns amigos, todos me disserem que não poderia deixar eu passar uns dias até tudo se acalmar, então procurei o Caleb, ele foi o único que se propôs a me ajudar, deixou eu ficar uns tempos lá.
Uma semana depois, de tanta insistência, resolvi atender minha mãe.

(No telefone)

- Filho, volta para casa. (Chorando)

- Mãe, me desculpa, mas aí eu não piso, se meu pai não me aceita como eu sou, prefiro ficar com quer me aceita.

- Mas o que seu pai te falou?

- Ele não te contou não?

- Ele falou sobre você estar... você sabe.

- Mãe, sim, eu sei o que eu fiz, mas eu não posso evitar, não sou eu que escolho.

- Mas vem para casa, vamos conversar nós todos juntos.

- Conversar? Mais? Por que ele não conversou antes de ter feito isso? Agora quer conversar?

- Ele estava fora de si, não teve controle das suas palavras.

- Eu vou mãe, mas mais uma dessas, eu nunca mais olho na cara dele.

Voltei para casa, tudo parecia estar normal, meu pai me pediu perdão, e disse que não queria ter falado aquelas coisas horríveis para mim. Perdoei meu pai, ele me disse apenas uma coisa, que era para eu ter respeito. Eu exigi o mesmo dele, ele disse que me aceita e que independente dele ser esse cara turrão, ele anda era meu pai.
Começamos a chorar, e nos abraçamos.

Amor à primeira vista ( Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora