III - Sono

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  Estava em um sono profundo. Talvez a morte já a tenha recebido. Talvez já a tenham dito "descanse em paz".
  A queda daquela torre parecia infinita. Ainda sentia seus pés formigando, o vento passando pelas curvas de seu corpo, e seu cabelo em balançar erguido.
  Mas ainda dava para se sentir, as mãos do desconhecido cobrindo seus olhos, e o macio de seu corpo.
  Tentara abrir seus olhos. Não conseguira. Na segunda vez, forçou e conseguiu.
  Se é o céu ou o inferno, pra ela tanto faz, mas bonito era. Em um quarto belíssimo estava. A fazia lembrar daquelas historias de princesas que não mais acreditava.
  O quarto era rustico e luxuoso para ela. A sua patroa tinha quartos como estes, mas ela deveria apenas limpa-los. Havia uma linda pintura surrealista de Salvador Dalí na parede: "A persistência da memória".
  Havia um lampeão apagado em sua cabiceira. Tudo era tão... antigo. Mas tão... moderno.
  Entrou no banheiro, que logo se surpreendeu. Havia uma banheira, que a chamava para banhar. A encheu de água e sabão enquanto se trocava e vestia um roupão.
  Entra na banheira e se pergunta várias vezes se estava, realmente, viva. O que duvidava. A espuma espalhada pelo seu corpo, talvez este seja seu primeiro banho descente.

"Será um sonho? Ou realmente aqui é o paraíso?"

  A vida lhe deu tantas desgraças que não acreditaria que a mesma daria uma grande reviravolta, que ela estaria em um quarto de luxo tomando banho em uma banheira de porcelana.
   Saiu do banheiro de seu quarto, mas se assustou com uma mulher em seu quarto a colocar uma bandeja vom comida ensima da comoda.
  Isabella pergunta quem a mesma é, ainda de roupão.

  - Desculpa, senhorita Isabella. Vim trazer-lhe seu café matinal.

  - Obrigada. - se sente calma.

  - A senhorita deseja algo?

  - Não, apenas... Não! Mas me chame de Isabella. Só Isabella. - ela estende a mão para um comprimento.

  - Mas senhorita!? O chefe... - Isabella desisti do comprimento.

  - Onde estou? Eu... eu, não morri? O que aconteceu?

  - Não se preucupe o patrão lhe esplicará. - diz a empregada a olhar Isabella apoiada na janela.

  - Como assim? - Bella a questiona.

  - Você deve tomar sua refeição.

  Isabella se alimenta com cereal ao leite, biscoito e suco. Merian, a empregada, a recusava responder as suas perguntas.
  O dia se passa, sem querer e poder sair do quarto. Apenas passou o dia a olhar pela janela o capim morto de um campo vaziu, onde apenas o sol brilhava.
  Havia resumido o dia em um canssaço leve e um sono pesado. Tinha adormecido no pequeno sofá sob a janela.
  Ouviu o rangido da porta se abrir. Achou ser Merian, que pela terceira vez a chamou no dia para se alimentar Isabella negava. Dessa vez, não ouviu sua voz, apenas... uma silhueta alta a sua frente.
  Não reconhecia. Suas palpebras não colabora. Mas sabia que essa pessoa é a mesma que a jogara da torre.

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⏰ Última atualização: Feb 22, 2018 ⏰

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